Caro Leitor
No encerramento do pregão do dia 02 de maio de 2025, o Ibovespa — principal índice da B3 — finalizou as negociações em 135.134 pontos, acumulando uma valorização semanal de 0,29%. Entre os dias 28 de abril e 02 de maio, a carteira de swing trade da QWERTYING registrou uma pequena retração. Das cinco ações selecionadas para o período, duas se destacaram pelo bom resultado:
PETR4: alta de 0,95%
SLCE3: crescimento de 0,10%
Por outro lado, três ações apresentaram desempenho negativo:
RADL3: queda de 0,50%
SUZB3: recuo de 1,27%
PRNR3: desvalorização de 1,46%
No cômputo geral, a carteira fechou a semana com um recuo de 0,41%. Apesar do cenário desafiador, PETR4 figurou como principal destaque, entregando um retorno de 0,95% na semana — fato que reforça a importância de acompanhar de perto as tendências do mercado.
Na recomendação de carteira para o longo prazo, merece menção especial o desempenho de AZZA3, que a exemplo da semana passada continua avançando mais 5%. Isso demonstra que, mesmo em períodos turbulentos, surgem oportunidades relevantes para investidores atentos e bem-informados.
No acumulado de 2025, as estratégias de swing trade da QWERTYING vêm proporcionando um retorno positivo de 10,27%, acompanhando de perto o Ibovespa, que apresenta alta de 11,75% no mesmo intervalo.
Demonstração Gráfica janeiro/25 a maio/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades
Resumo do Mercado – Até a última semana
No global, mercados fecham em alta após dados sólidos de emprego e sinais positivos da China. Os mercados financeiros encerraram o dia em forte alta nesta sexta-feira, impulsionados por dados robustos de emprego nos Estados Unidos e sinais de possível avanço nas relações comerciais com a China.
Em abril, a economia americana criou 177 mil postos de trabalho, segundo o Departamento do Trabalho — superando as expectativas dos economistas. Os maiores avanços ocorreram nos setores de saúde, atividades financeiras e assistência social. Por outro lado, o emprego no governo federal registrou uma queda de 9 mil vagas. Apesar do impacto inicial das tarifas anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump em 2 de abril, durante o chamado “Dia da Libertação”, o mercado de trabalho manteve seu ritmo de crescimento.
No cenário internacional, o Wall Street Journal informou que o governo chinês estaria considerando medidas para abordar as preocupações dos EUA quanto ao papel da China no comércio de fentanil. Essa iniciativa pode abrir caminho para a retomada das negociações comerciais entre os dois países.
Diante dessas notícias, o índice Dow Jones Industrial Average avançou 564 pontos, ou 1,4%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram ganhos de aproximadamente 1,5% cada. No mercado de renda fixa, os títulos do Tesouro dos EUA sofreram forte venda, elevando o rendimento da nota de 10 anos em 0,089 ponto percentual.
Nem tudo, porém, foi positivo. As ações da Apple recuaram 3,7%, mesmo após a empresa divulgar resultados financeiros acima do esperado na quinta-feira à noite. Investidores seguem cautelosos com os possíveis efeitos das tarifas sobre as margens de lucro da companhia, especialmente diante da sua dependência da produção na China.
No cenário brasileiro, ativos com valuations atrativos têm despertado o interesse de investidores estrangeiros, posicionando-se como alternativas seguras para a alocação de capital diante da instabilidade do mercado norte-americano, impactado pelas oscilações da guerra comercial com a China. Apesar da volatilidade, o mercado doméstico já começa a incorporar em seus preços as expectativas em torno do cenário político de 2026 — potencialmente livre das pressões tarifárias dos EUA —, abrindo espaço para a construção de um ciclo positivo e sustentado de investimentos. Com o possível encerramento do ciclo de alta da Selic, o mercado já começa a capturar as oportunidades que emergem nesse novo contexto.
Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3
Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da recente tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.
Natura Cosméticos S.A. (NTCO3)
A Natura é uma das principais empresas brasileiras do setor de higiene e beleza, reconhecida pelo compromisso com práticas ambientais sustentáveis, valorizando matérias-primas naturais e incentivando o comércio justo com cooperativas da Amazônia. Após tentativas recentes de reestruturação – incluindo a nomeação de Fabio Barbosa como presidente da holding –, os resultados do quarto trimestre de 2024 não atenderam às expectativas. Agora, João Paulo Ferreira, CEO da marca, assume o comando do grupo na nova reorganização anunciada. Com desvalorização acumulada de 79% em 47 meses (equivalente a 1,7% de queda média mensal), NTCO3 passa a ser negociada a um patamar bastante atrativo para novos aportes.
Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)
AZZA3 acumula uma baixa de 56% em 46 meses, com média de desvalorização mensal de 1,2%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.
Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 59% nos últimos 51 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 1,2%.
Cosan S.A. (CSAN3)
A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 59% em 53 meses (queda média de 1,1% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.
Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)
Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 58% em 52 meses (média de 1,1% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.
Agora, caso você possua posições nos ativos abaixo, é recomendável avaliar a realização de lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo uma reestruturação de portfólio. A equipe da QWERTYING, com base na análise da B3, selecionou cinco ações que entregaram retornos expressivos nos últimos quatro anos e meio:
Direcional Engenharia (DIRR3)
A Direcional apresentou uma valorização de 172% no período de 53 meses, mantendo uma média de 3,3% de alta mensal. A empresa se destaca no mercado da B3 pela excelente taxa de retorno sobre o capital investido, o que reforça a oportunidade para realização parcial de lucros após tamanha valorização.
Sabesp (SBSP3)
A Sabesp registrou uma valorização de 168% em 53 meses, com um crescimento médio de 3,2% ao mês. Diante desse expressivo desempenho, este pode ser um momento estratégico para capitalizar os ganhos acumulados. Vale ressaltar que a iminente privatização da companhia traz riscos, já que, historicamente, processos dessa natureza tendem a beneficiar majoritariamente os novos controladores, o que pode impactar negativamente o valor para os acionistas atuais.
Marcopolo (POMO4)
Reconhecida como uma das principais fabricantes nacionais de ônibus e micro-ônibus, com atuação em vários segmentos do transporte, a Marcopolo mantém desempenho sólido mesmo em cenários desafiadores. Suas ações cresceram 148% em 53 meses, com retorno médio mensal de 2,8%, consequência de ganhos operacionais consistentes e recuperação de mercados estratégicos como o de carrocerias de aço. Trata-se de uma oportunidade interessante para materializar ganhos após a forte valorização.
PetroRio (PRIO3)
A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 53 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 145%, com média mensal de 2,7%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.
Caixa Seguridade (CXSE3)
Fundada em 2015 como subsidiária da Caixa Econômica Federal, a Caixa Seguridade opera em diversos ramos do setor de seguros, incluindo Habitacional, Prestamista, Vida e Residência. O ativo acumula alta de 119% em 47 meses, com retorno médio mensal de 2,5%. Esse forte desempenho sugere que o papel já atingiu maturidade para eventuais liquidações, especialmente para investidores interessados em rebalancear a carteira ou acessar recursos.
Operações “Swing Trade” Semanais.
ESCOLHAS “QWERTYING” – 02/05/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo: | |||||
ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Alvo | Potencial de valorização | |
1 | WEGE3 | 05/05/25 | 44,42 | 62,00 | 39,58% |
2 | PRNR3 | 05/05/25 | 17,17 | 22,10 | 28,71% |
3 | CXSE3 | 05/05/25 | 15,80 | 18,00 | 13,92% |
4 | NTCO3 | 05/05/25 | 9,49 | 18,00 | 89,67% |
5 | SBFG3 | 05/05/25 | 10,75 | 15,00 | 39,53% |
Conclusão
No atual e dinâmico cenário financeiro, a adaptação contínua é fundamental para alcançar o sucesso. Acompanhando novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias, investidores podem navegar com mais eficácia através de um mercado em constante evolução.
É importante lembrar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2021 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.
Para ingressar no mercado de ações de maneira eficaz, é essencial adotar uma abordagem informada, cautelosa e paciente. Buscar orientação de um especialista em investimentos é recomendado para conselhos personalizados, com base na situação financeira individual e nos objetivos de investimento.
Atualmente, muitos ativos apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com capital que não precisará ser utilizado nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se a manutenção ou venda é mais vantajosa.
É fundamental entender que as informações fornecidas são meramente informativas e devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.
Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.
Investir em ações na Bovespa ou no mercado global implica riscos substanciais, mas também oferece a possibilidade de ganhos significativos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela, aliada à busca contínua por conhecimento, é essencial para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.
Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”
A seguir, apresentamos uma análise detalhada do panorama de várias empresas brasileiras, destacando como suas estratégias, aquisições e estruturas financeiras estão moldando suas perspectivas em um ambiente macroeconômico desafiador. Vamos examinar algumas das 40 empresas acompanhadas pela equipe QWERTYING:
Grupo SBF (SBFG3):
A operação com caixa líquido é um diferencial importante, especialmente em um cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso haja uma recuperação econômica, a SBFG, dona da Centauro, está bem posicionada para aproveitar o momento e acelerar o crescimento de receita no setor de varejo esportivo.
Cosan (CSN3):
Em fevereiro de 2025, a Cosan enfrentou um trimestre desafiador, reportando um prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões, incluindo R$ 4,7 bilhões em baixas contábeis relacionadas ao investimento na Vale e R$ 2,9 bilhões em provisão para imposto de renda diferido. A cobertura de juros foi de 1,1x nos últimos 12 meses, inferior ao 1,2x do trimestre anterior, devido a menor fluxo de dividendos e maiores custos de juros. Em março de 2025, as ações da Cosan (CSAN3) eram negociadas a R$ 7,76, refletindo uma desvalorização de 50,85% nos últimos 12 meses. Os indicadores financeiros mostravam um Dividend Yield de 5,81%, um índice P/L de -1,54 e um P/VP de 0,37. Atualmente, CSAN3 enfrenta desafios financeiros, com prejuízos significativos e alta alavancagem, mas seu preço descontado pode atrair investidores que acreditam em uma recuperação de longo prazo. (Infomoney).
Equipe QWERTYING, 02 de maio de 2025