Caro Leitor,
Apresentamos os resultados de nossa carteira de swing trade referente à semana de 01 a 08 de agosto de 2025. Em um cenário – ainda – de alta volatilidade para os ativos brasileiros, nossa estratégia enfrentou desafios significativos, mais uma vez acertada, mas, não superou o resultado observado no benchmark do mercado.
No encerramento do pregão de 08 de agosto de 2025, o Ibovespa, principal índice da B3, finalizou as negociações em 135.913 pontos, registrando uma valorização semanal de 2,62% — resultado em linha com as expectativas dos investidores e analistas do mercado.
“A alocação estratégica de ativos direcionada ao swing trade registrou um retorno consolidado de 0,29%, abaixo do benchmark de referência. A discussão recorrente acerca da aplicação de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos específicos oriundos do Brasil apresenta impactos ambivalentes: por um lado, acirra as incertezas nas relações comerciais bilaterais; por outro, contribui para a preservação da liquidez doméstica norte-americana, sustentando sua demanda por importações em setores considerados críticos.”
Apesar do cenário adverso, reforçamos a consistência de nossa metodologia de análise e seleção de ativos, que permanece estruturada para identificar oportunidades mesmo em períodos de maior turbulência. Nossa abordagem disciplinada e fundamentada continua sendo o alicerce para navegarmos por momentos de incerteza no mercado.
Do portfólio composto por cinco ações cuidadosamente selecionadas através de rigorosos critérios técnicos e fundamentalistas, três conseguiram bons avanços, evidenciando a diversificação estratégica de nossa carteira.
VALE3: 3,05% lucro
RENT3: 3,00% positivo
B3SA3: 2,30% alta
Dois ativos com resultado negativo:
SBFG3: 0,64% prejuízo
INTB3: 8,08% queda
No geral, a carteira fechou a semana com um avanço de 0,29%. Diante do cenário complicado na geopolítica, os ativos do setor exportador são os que mais vem sofrendo o impacto da imposição de tarifa de 50% pelo governo americano, reforçando a importância de monitorar de perto as tendências do mercado.
No acumulado de 2025, nossas estratégias de swing trade proporcionaram um retorno de 20,22%, superando o Ibovespa, que acumula alta de 13,20% no mesmo período.
Continuamos comprometidos em identificar as melhores oportunidades do mercado, combinando análise técnica rigorosa e visão fundamentalista para maximizar seus resultados.
Demonstração Gráfica janeiro/25 a agosto/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades
Resumo do Mercado—Até a última semana
Resumo da semana anterior:
Mercados de ouro oscilam após anúncio de tarifas; Trump indica Stephen Miran para o Fed
A instabilidade tomou conta dos mercados de ouro na última semana após notícias de que a Suíça seria alvo de uma tarifa de 39% sobre importações de barras do metal. A medida, prevista para entrar em vigor ainda naquela semana, provocou forte alta nos preços na manhã de quinta-feira, que chegaram a novas máximas. No entanto, as cotações recuaram no período da tarde, após um funcionário da Casa Branca afirmar que o presidente Donald Trump emitirá, em breve, uma ordem executiva para “esclarecer informações incorretas” sobre a tarifação do ouro.
Paralelamente, Trump anunciou a nomeação de Stephen Miran, atual chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, para uma vaga temporária no Federal Reserve, válida até janeiro. Conhecido por suas críticas contundentes à autoridade monetária, Miran já acusou o Fed de sofrer de “síndrome do desvario tarifário” e argumenta que não há evidências de que tarifas gerem inflação. Em artigo publicado no ano passado, defendeu que os dirigentes do Fed deveriam poder ser demitidos “a qualquer momento” pela Casa Branca.
Enquanto isso, o presidente amplia a busca por um novo titular para o comando do Fed. Segundo o Wall Street Journal, a lista de candidatos inclui cerca de dez nomes, entre eles Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional; Christopher Waller, diretor do Fed; e Kevin Warsh, ex-diretor da instituição. Novos nomes surgiram: James Bullard, ex-presidente do Fed de St. Louis, e Marc Sumerlin, ex-assessor econômico do presidente George W. Bush.
No mercado acionário, o clima foi de otimismo. O índice Dow Jones avançou 207 pontos, alta de 0,5%. O Nasdaq subiu quase 1%, encerrando o pregão em um novo recorde histórico.
Mercados globais avançam, mas Bolsa brasileira recua em julho com saída de capital estrangeiro
Julho manteve o viés positivo nos mercados internacionais — o índice MSCI ACWI subiu 1,3% —, mas quebrou uma sequência de cinco meses de ganhos para as ações brasileiras. O principal fator de pressão veio das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos do Brasil, medida que provocou saída líquida de R$ 12,5 bilhões em capital estrangeiro no mês.
Confira as orientações e saiba como investir com mais segurança.
Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3
Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da recente tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.
Cosan S.A. (CSAN3)
A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 70% em 56 meses (queda média de 1,3% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.
Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 59% nos últimos 56 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 1,1%.
Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)
AZZA3 acumula uma baixa de 52% em 49 meses, com média de desvalorização mensal de 1,1%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.
Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)
Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 56% em 56 meses (média de 1,0% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.
Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner S.A. é uma varejista brasileira do mercado de moda e utilidades domésticas. Atua com três marcas, sendo uma delas a própria Renner, de moda em geral. Outra marca da companhia é a Camicado, voltada para casa e decoração. A terceira é a Yucon, especializada em moda jovem. Considerando a queda acumunlada de 47% nos últimos 50 meses (média mensal de 0,9%) o ativo merece nossa recomendação de compra.
Caso você já tenha exposição aos ativos listados a seguir, é aconselhável considerar a possibilidade de realizar parte dos lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo revisar a composição do seu portfólio. A equipe da QWERTYING, com base em dados da B3, identificou cinco ações que apresentaram desempenhos destacados nos últimos quatro anos e meio:
Direcional Engenharia (DIRR3)
A Direcional apresentou uma valorização de 208% no período de 56 meses, mantendo uma média de 3,7% de alta mensal. A empresa se destaca no mercado da B3 pela excelente taxa de retorno sobre o capital investido, o que reforça a oportunidade para realização parcial de lucros após tamanha valorização.
Moura Dubeux (MDNE3)
A Moura Dubeux Engenharia S.A. é uma construtora e incorporadora com atuação consolidada na região Nordeste do Brasil, onde opera há mais de três décadas. Com sede em Recife (PE), a empresa mantém presença estratégica nos estados de Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. O papel MDNE3 acumula uma valorização de 169% ao longo dos últimos 50 meses, o que representa uma taxa média de retorno mensal de aproximadamente 3,4%, evidenciando forte desempenho no período analisado.
PetroRio (PRIO3)
A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 56 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 166%, com média mensal de 3,0%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.
Sanepar (SAPR11)
A Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar é responsável pela operação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 345 municípios do estado do Paraná, além da cidade de Porto União (SC) e outras 297 localidades de menor porte. Com investimentos relevantes, como os R$ 1 bilhão alocados em 2018, a empresa mantém um perfil robusto de expansão e modernização operacional. As ações SAPR11 acumularam uma valorização de 113% ao longo de 50 meses, refletindo um retorno médio mensal de 2,3%. Dado o desempenho expressivo no período, uma estratégia de realização parcial de lucros ou rebalanceamento da carteira pode ser considerada oportuna.
Eucatex (EUCA4)
Em 2024, a Eucatex apresentou um crescimento significativo em suas receitas líquidas, alcançando R$ 1.091 milhões, o que representa um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de tintas, pisos e portas, além de uma gestão estratégica eficiente e posicionamento nos pontos de venda. A Eucatex S/A registrou um crescimento notável de 97% em 49 meses, com uma média mensal de 2,0%. Entretanto, realizar lucros agora pode ser uma decisão sábia.
Operações “Swing Trade” Semanais.
ESCOLHAS “QWERTYING” – 08/08/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo: | |||||
ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Alvo | Potencial de valorização | |
1 | INTB3 | 11/08/25 | 12,86 | 21,00 | 66,30% |
2 | SLCE3 | 11/08/25 | 17,32 | 18,60 | 7,39% |
3 | PRIO3 | 11/08/25 | 39,54 | 66,00 | 66,92% |
4 | SAPR11 | 11/08/25 | 33,21 | 19,00 | -42,79% |
5 | CXSE3 | 11/08/25 | 13,40 | 21,00 | 56,72% |
Conclusão
No atual e dinâmico cenário financeiro, a adaptação contínua é fundamental para alcançar o sucesso. Acompanhando novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias, investidores podem navegar com mais eficácia através de um mercado em constante evolução.
É importante lembrar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2021 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.
Para ingressar no mercado de ações de maneira eficaz, é essencial adotar uma abordagem informada, cautelosa e paciente. Buscar orientação de um especialista em investimentos é recomendado para conselhos personalizados, com base na situação financeira individual e nos objetivos de investimento.
Atualmente, muitos ativos apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com capital que não precisará ser utilizado nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se a manutenção ou venda é mais vantajosa.
É fundamental entender que as informações fornecidas são meramente informativas e devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.
Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.
Investir em ações na Bovespa ou no mercado global implica riscos substanciais, mas também oferece a possibilidade de ganhos significativos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela, aliada à busca contínua por conhecimento, é essencial para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.
Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”
Empresas brasileiras enfrentam ambiente desafiador, mas algumas mostram sinais de resiliência
Em meio a um cenário macroeconômico pressionado por juros elevados, consumo retraído e incertezas fiscais, diversas empresas brasileiras vêm ajustando suas estratégias para manter a competitividade. A equipe da QWERTYING acompanha de perto o desempenho de 40 companhias listadas na B3 e destaca, a seguir, duas que merecem atenção: uma pelo bom posicionamento estratégico e outra pelos riscos e oportunidades de turnaround.
Rede D’OR (RDOR3)
Fundado pelo cardiologista Jorge Moll Filho, a Rede D’Or é dona da maior rede independente de hospitais privados do Brasil, com 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranhão, Paraná e Ceará e no Distrito Federal.
O grupo tem como prioridade o segmento de clínicas oncológicas, na qual tem a segunda maior rede, com 39 unidades. Também tem uma parcela grande de seus negócios em laboratórios de análises clínicas e de imagem.
Cosan (CSAN3):
A Cosan teve um início de ano difícil. Em fevereiro de 2025, reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no trimestre, impactado por baixas contábeis de R$ 4,7 bilhões relacionadas ao investimento na Vale, além de uma provisão de R$ 2,9 bilhões para imposto de renda diferido. A alavancagem da companhia aumentou: a cobertura de juros caiu para 1,1x, abaixo do 1,2x observado no trimestre anterior — reflexo de menores fluxos de dividendos e aumento dos custos financeiros. Em março, as ações da Cosan eram negociadas a R$ 7,76, acumulando uma queda de 50,85% em 12 meses. Os múltiplos reforçam o momento delicado: P/L negativo de -1,54, P/VP de 0,37 e Dividend Yield de 5,81%. Apesar das dificuldades, analistas apontam que o preço descontado pode atrair investidores dispostos a apostar em uma recuperação de longo prazo. (Fonte: InfoMoney)
Equipe QWERTYING, 08 de agosto de 2025