As Melhores Oportunidades na Bovespa – Análise 4ª Semana de Novembro 2025

Caro leitor,

Desempenho da Carteira de Swing Trade — Semana de 17 a 21 de novembro de 2025

A leitura QWERTYING da semana que marcou a pior sequência de quedas desde julho

A semana de 17 a 21 de novembro foi marcada por um ambiente mais carregado no mercado brasileiro. O corte das tarifas extras impostas pelos EUA aos produtos brasileiros — decisão anunciada por Donald Trump — derrubou ações ligadas ao setor de alimentos, que reagiram à perspectiva de preços menores. O movimento se somou a uma trégua no fluxo estrangeiro e à pior sequência de quedas desde julho, levando o Ibovespa de volta à casa dos 154 mil pontos, movimento contrário às projeções otimistas para o final do ano.

Desempenho da Carteira

Com o cenário mais defensivo e redução das entradas de capital, nossa carteira acompanhou o movimento negativo do mercado. O resultado da semana foi um recuo de 4,56%, desempenho inferior ao benchmark, reforçando a necessidade de pequenos ajustes metodológicos — sem abrir mão da disciplina operacional que caracteriza a estratégia QWERTYING.

O Ibovespa encerrou o dia 21/11 aos 154.774 pontos, acumulando queda de 1,92% na semana, reflexo direto do humor mais cauteloso tanto de investidores institucionais quanto estrangeiros.

Mesmo assim, o modelo da carteira, focado em operações de curto prazo e ajustes táticos, conseguiu mitigar parte dos danos. A volatilidade moderada e a seletividade dos fluxos exigiram atenção redobrada, mas também mostraram a resiliência do sistema de gestão, que segue apoiado em controle de risco, leitura de comportamento de preço e disciplina operacional.

Perspectivas — A Semana à Frente no Fio da Prudência Monetária

O ambiente doméstico continua guiado pela combinação de inflação mais comportada e atividade moderada. É um equilíbrio frágil, mas que começa a reforçar que a política monetária restritiva do Banco Central está fazendo efeito.

A Selic segue em 15% ao ano, não por dogma, mas pelo receio persistente de que a inflação volte a ameaçar a meta. Esse patamar elevado continua mantendo atração por títulos indexados ao IPCA, como os IPCA+, que se destacam como instrumentos de proteção de longo prazo em tempos de incerteza.

A economia avança, sim — mas com passo medido. Não há euforia, tampouco pessimismo. Há prudência. E como diria Rui Barbosa, “a moderação é o equilíbrio da razão”. É exatamente nesse equilíbrio que o mercado caminha agora.

Comportamento das Ações da Carteira

Todas as cinco posições encerraram a semana no campo negativo — comportamento alinhado ao clima geral do mercado:

GGBR4: –1,44%

PSSA3: –2,30%

IRBR3: –2,55%

RDOR3: –3,48%

GMAT3: –10,88%

A diversificação ajudou a diluir impactos, mas não impediu o fechamento semanal negativo de –4,56%.

As tensões comerciais entre Brasil e EUA continuam no radar, mas a remoção das tarifas extras deve pressionar o setor de alimentos a reprecificar produtos, impactando margens e gerando acomodação nos preços das ações.

Desempenho no Ano — Até 21 de Novembro de 2025

No acumulado de 2025, a carteira QWERTYING registra +23,02%, desempenho próximo ao do Ibovespa, que avança +26,42% no ano.

A diferença — cerca de 13% abaixo do índice — reflete episódios de volatilidade intensa e ajustes táticos, mas mantém a estratégia dentro da zona de coerência operacional.

Conclusão

Mesmo diante da semana mais dura desde julho, a carteira demonstrou solidez. A metodologia QWERTYING — fundamentada em:

análise técnica rigorosa,

leitura de fluxo,

gestão disciplinada de risco,

e ajustes táticos bem executados —

segue firme para capturar oportunidades à medida que o mercado reencontra seu eixo.

Continuaremos atentos ao fluxo estrangeiro, à política monetária e aos desdobramentos das decisões comerciais entre Brasil e EUA — que hoje estão no centro da formação dos preços.

Demonstração Gráfica janeiro/25 a novembro/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades

Resumo do Mercado—Até a última semana

QWERTYING — 5 pontos que importam nesta semana

📈 Ações em Alta: Semana Fecha com Respiro em Wall Street

Após uma semana marcada por fortes oscilações, os mercados americanos fecharam a sexta-feira no azul. Segundo o Wall Street Journal, investidores voltaram a assumir risco enquanto revisavam as altas avaliações do setor de tecnologia e o ritmo acelerado de investimentos em inteligência artificial — temas que permanecem no centro do debate global.

O discurso de John Williams, presidente do Federal Reserve de Nova York, ajudou a acalmar parte dos temores. Williams afirmou que um corte de juros no curto prazo está no radar, reforçando a expectativa de um ciclo menos restritivo daqui para frente.

📌 Destaques Corporativos

Alphabet ultrapassa Microsoft e assume o posto de 3ª maior empresa do mundo, atrás de Nvidia e Apple.

Oracle despenca quase 6%, liderando as quedas do S&P 500; analistas seguem preocupados com o alto endividamento e a dependência crescente da OpenAI.

📊 Índices americanos — Sexta-feira

• Nasdaq: +0,9%

• S&P 500: +1,0%

• Dow Jones: +1,1%

• Russell 2000 (small caps): +2,8% — o melhor desempenho, indicando volta do apetite por risco.

💥 Criptomoedas: Bitcoin Entra em Rota de “Pior Mês Desde 2022”

Enquanto as bolsas mostraram força, o mercado cripto viveu uma nova tempestade.

O bitcoin continuou sua queda acentuada, operando abaixo de US$ 85 mil. Em apenas 24 horas, mais de US$ 2 bilhões em posições alavancadas foram liquidadas, empurrando o ativo momentaneamente para menos de US$ 81 mil.

Depois do pico histórico acima de US$ 126 mil em 6 de outubro, o ativo caminha para seu pior desempenho mensal desde o “inverno cripto” de 2022, quando o colapso da Celsius Network abalou todo o setor.

📉 Consumidor Pressionado, Atividade Empresarial Forte

Dados econômicos divulgaram um cenário misto:

🔻 Sentimento do Consumidor — Universidade de Michigan

• Índice caiu para 51, um dos menores níveis já registrados.

• A leitura final ficou levemente acima da prévia, mas abaixo dos 53,6 de outubro.

• A percepção das famílias segue fragilizada.

🔺 PMI S&P — Atividade do Setor Privado

• Subiu para 54,8 em novembro (vs. 54,6 em outubro).

• Marca o maior ritmo de expansão desde julho, reforçando que empresas seguem produzindo em ritmo sólido.

O contraste é claro: consumidor pessimista, empresas acelerando — um padrão típico de fim de ciclo de aperto monetário.

📉 CPI de Outubro Cancelado — Shutdown Atrapalhou Coleta

• O Bureau of Labor Statistics informou que não publicará o CPI de outubro devido à impossibilidade de coleta dos dados durante o fechamento do governo federal.

• O último CPI (setembro) apontou inflação de 3%.

• A próxima leitura, referente a novembro, será divulgada em 18 de dezembro, e deve influenciar diretamente a trajetória dos juros.

🌏 Nvidia, China e Geopolítica: A Nova Batalha da IA

O governo Trump avalia permitir que a Nvidia exporte o chip avançado H200 para a China — um movimento surpreendente após semanas de resistência por motivos de segurança nacional.

A decisão é estratégica:

• Para a Nvidia, trata-se de manter acesso ao 2º maior mercado do mundo.

• Para Washington, é uma disputa por supremacia tecnológica em IA.

A incerteza derrubou as ações da empresa em 1% na sessão.

O cenário atual mostra três vetores centrais:

1. Tecnologia ainda domina o fluxo global, mesmo com valuations pressionados.

2. Cripto sente o aperto da liquidez global, típico em fases finais de alta de juros.

3. Indicadores divergentes (consumo fraco / atividade forte) sugerem que o Fed está chegando ao limite do aperto monetário.

Na prática, Wall Street vive um ambiente de transição:

• Menos medo de juros altos;

• Mais atenção à qualidade dos resultados e ao caixa das empresas;

• Forte diferenciação entre vencedores (mega caps) e pressionados (Oracle, small players de IA).

🌎 Paralelo EUA–Brasil — O que os movimentos lá fora sinalizam para cá

O panorama norte-americano descrito acima — volatilidade em tecnologia, desvalorização das criptos, indicadores mistos e debates sobre juros — encontra ecos importantes no Brasil. Ainda que as dinâmicas sejam diferentes, alguns pontos convergem e ajudam a entender o comportamento recente dos ativos brasileiros.

1️⃣ Juros: Fed discute corte — e o Brasil?

Nos EUA:

John Williams (Fed NY) voltou a sinalizar corte de juros no curto prazo, um alívio importante após o ciclo mais agressivo de aperto em décadas.

No Brasil:

O Banco Central também caminha para uma temperatura mais morna, mas o debate aqui é mais complexo.

• A Selic ainda está elevada,

• o risco fiscal segue no radar,

• e o câmbio continua sensível a qualquer ruído externo.

Enquanto o Fed avalia quando cortar, o BC brasileiro avalia se pode continuar cortando — especialmente após preocupações sobre o arcabouço fiscal e despesas crescentes.

➡️ Impacto direto:

Se o Fed realmente iniciar cortes, o Brasil tende a ganhar tração:

• melhora o apetite por emergentes,

• reduz pressão no câmbio,

• abre espaço para queda adicional da Selic.

Por outro lado, qualquer frustração lá fora impacta nossas taxas longas instantaneamente — algo visto nas últimas semanas.

2️⃣ Tecnologia domina nos EUA; no Brasil, quem faz esse papel?

Wall Street:

Alphabet, Nvidia e Apple movem índices inteiros. O setor de IA dita os humores dos mercados. Oracle tropeça e arrasta parte do S&P 500.

Brasil:

Não temos gigantes tech capazes de mover o Ibovespa. Aqui, o papel equivalente é dividido por:

• Commodities (Vale, Petrobras, Suzano),

• Serviços financeiros (Itaú, Bradesco, BTG),

• Varejo e consumo interno (Arezzos, Weg, Ambev, Localiza).

A volatilidade de tech lá fora costuma refletir no Brasil de modo indireto:

• via fluxo estrangeiro,

• via apetite global por risco,

• via impacto sobre emergentes.

Quando o Nasdaq sobe forte (como na sexta), o Ibovespa normalmente acompanha no dia seguinte, especialmente se houver entrada de capital externo.

3️⃣ Cripto em queda: reflexo no apetite local

O mergulho do bitcoin tende a:

• esfriar o humor de investidores mais jovens,

• reduzir liquidez em plataformas,

• diminuir o apetite por ativos de risco no curto prazo.

No Brasil, o impacto é mais emocional do que estrutural:

• a classe institucional investe pouco em cripto,

• mas o varejo está cada vez mais exposto.

Quedas profundas — como a que joga o bitcoin abaixo de US$ 85 mil — provocam realização de lucros no mercado financeiro local e aumento da volatilidade em techs brasileiras e small caps.

4️⃣ Confiança do consumidor: EUA e Brasil com sintomas parecidos

Nos EUA:

O índice de confiança da Universidade de Michigan caiu para 51, um dos menores da série histórica.

No Brasil:

O índice de confiança do consumidor vem oscilando, mas segue pressionado:

• inflação acumulada ainda pesa,

• renda disponível é limitada,

• endividamento das famílias está perto de recorde.

Aqui como lá, o consumidor está mais cauteloso — o que ajuda a explicar:

• desaceleração do varejo,

• margens mais apertadas nas empresas,

• destaque maior para serviços essenciais em vez de bens duráveis.

5️⃣ Atividade empresarial surpreende — ponto de convergência direta

O PMI americano subiu para 54,8, o maior ritmo desde julho.

No Brasil, o PMI de serviços também tem mostrado força, impulsionado:

• pelo mercado de trabalho resiliente,

• pela reabertura de crédito em algumas faixas,

• e pela resiliência do setor de serviços, que segue como motor da economia.

Ou seja:

O que se vê é uma economia global que se ajusta:

consumidores cautelosos, empresas produzindo mais.

É um padrão típico de transições monetárias.

6️⃣ Geopolítica da IA: implicações para o Brasil

A novela entre Nvidia – China – governo americano não é apenas internacional.

Ela repercute aqui de duas formas:

a) Via fluxo global:

Qualquer tensão entre EUA e China tende a:

• pressionar commodities,

• derrubar emergentes,

• fortalecer dólar,

• gerar aversão a risco.

b) Via adoção tecnológica:

A IA está acelerando nos EUA — e essa distância tende a aumentar.

O Brasil ainda depende de chips importados para:

• data centers,

• startups de IA,

• aplicações corporativas,

• infraestrutura digital do setor financeiro.

A eventual liberação do chip H200 para a China pode acelerar um ciclo de preços e disponibilidade que afetaria empresas brasileiras.

— O Que Isso Significa Para o Investidor Brasileiro

O paralelo EUA–Brasil aponta três conclusões práticas:

1. A rotação global influencia mais o Brasil do que o noticiário doméstico.

Quando tech sobe lá fora → Ibovespa respira.

Quando cripto derrete → fluxo para emergentes retrai.

2. A discussão sobre juros nos EUA será o principal vetor de 2025.

Se o Fed cortar →

• dólar enfraquece,

• Selic pode cair mais,

• bolsa brasileira ganha força,

• small caps ficam mais atrativas.

Se o Fed demorar a cortar →

• juros longos sobem aqui,

• dólar pressiona,

• volatilidade aumenta.

3. O Brasil segue vulnerável ao risco fiscal.

Mesmo com indicadores positivos, qualquer ruído envolvendo orçamento, gastos ou arcabouço fiscal pesa mais aqui do que nos EUA.

Confira as orientações e saiba como investir com mais segurança.

Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3

Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da longa tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.

Cosan S.A. (CSAN3)

A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 70% em 59 meses (queda média de 1,2% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.

Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)

AZZA3 acumula uma baixa de 58% em 52 meses, com média de desvalorização mensal de 1,1%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.

Lojas Renner (LREN3)

A Lojas Renner S.A. é uma varejista brasileira do mercado de moda e utilidades domésticas. Atua com três marcas, sendo uma delas a própria Renner, de moda em geral. Outra marca da companhia é a Camicado, voltada para casa e decoração. A terceira é a Yucon, especializada em moda jovem. Considerando a queda acumulada de 52% nos últimos 53 meses (média mensal de 1,0%) o ativo merece nossa recomendação de compra.

Grupo SBF (SBFG3)

O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 49% nos últimos 59 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 0,9%.

Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)

Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 48% em 59 meses (média de 0,8% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.

Caso você já tenha exposição aos ativos listados a seguir, é aconselhável considerar a possibilidade de realizar parte dos lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo revisar a composição do seu portfólio. A equipe da QWERTYING, com base em dados da B3, identificou cinco ações que apresentaram desempenhos destacados nos últimos quatro anos e meio:

Moura Dubeux (MDNE3)

A Moura Dubeux Engenharia S.A. é uma construtora e incorporadora com atuação consolidada na região Nordeste do Brasil, onde opera há mais de três décadas. Com sede em Recife (PE), a empresa mantém presença estratégica nos estados de Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. O papel MDNE3 acumula uma valorização de 233% ao longo dos últimos 53 meses, o que representa uma taxa média de retorno mensal de aproximadamente 4,4%, evidenciando forte desempenho no período analisado.

Nubank (ROXO34) – BDR

O Nubank foi fundado no Brasil em maio de 2013 pelo colombiano David Vélez, o americano Edward Wible e a brasileira Cristina Junqueira. A empresa surgiu como uma fintech e recebeu oito rodadas de investimento e mais duas extensões, com a participação de fundos de investimento e empresas de venture capital, tendo entre seus investidores a Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett. O ativo acumula alta de 117% em 28 meses, com retorno médio mensal de 4,2%. Esse forte desempenho sugere que o papel já atingiu maturidade para eventuais liquidações, especialmente para investidores interessados em rebalancear a carteira ou acessar recursos.

IRB Brasil Resseguros (IRBR3)

A IRB Brasil Resseguros é uma empresa brasileira do setor financeiro e subsetor de previdência e seguros, que ocupa posição de liderança na América Latina. A companhia opera com soluções abrangentes para cobertura de riscos, posicionando-se entre as 10 maiores resseguradoras do mundo. Sua estrutura conta com escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo, além de bases internacionais em Londres e Buenos Aires. O desempenho do IRB Brasil no período analisado demonstra robustez: valorização acumulada de 119% em 35 meses, o que equivale a uma taxa média mensal de 3,4%.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 59 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 160%, com média mensal de 2,7%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.

Sanepar (SAPR11)

A Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar é responsável pela operação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 345 municípios do estado do Paraná, além da cidade de Porto União (SC) e outras 297 localidades de menor porte. Com investimentos relevantes, como os R$ 1 bilhão alocados em 2018, a empresa mantém um perfil robusto de expansão e modernização operacional. As ações SAPR11 acumularam uma valorização de 119% ao longo de 53 meses, refletindo um retorno médio mensal de 2,2%. Dado o desempenho expressivo no período, uma estratégia de realização parcial de lucros ou rebalanceamento da carteira pode ser considerada oportuna.

Operações “Swing Trade” Semanais.

REPETINDO DA SEMANA ANTERIOR – ESCOLHAS “QWERTYING” – 21/11/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo:
ATIVOSDataPreço de EntradaPreço AlvoPotencial de valorização
1GMAT324/11/255,019,0079,64%
2BRBI1124/11/2519,3321,008,64%
3PRNR324/11/2515,1722,1045,68%
4CSAN324/11/255,8512,30110,26%
5MDNE324/11/2528,6028,50-0,35%

Conclusão

No contexto financeiro atual, marcado por elevada dinamicidade e constante transformação, a capacidade de adaptação contínua torna-se elemento essencial para a geração de valor e mitigação de riscos. O acompanhamento sistemático de novas tendências, instrumentos financeiros inovadores e estratégias de investimento possibilita que agentes de mercado naveguem de maneira mais eficiente em um ambiente sujeito a rápidas mudanças.

É relevante destacar que o desempenho histórico da carteira QWERTYING, desde janeiro de 2021, não constitui garantia de resultados futuros. O mercado acionário é influenciado por múltiplos vetores, como variáveis macroeconômicas, fatores geopolíticos e eventos extraordinários — incluindo pandemias e desastres naturais — que podem alterar significativamente a dinâmica dos preços.

A inserção no mercado de capitais exige uma postura informada, criteriosa e pautada pela disciplina. A consulta a profissionais especializados é altamente recomendada, uma vez que permite alinhar recomendações personalizadas à realidade financeira individual e aos objetivos de longo prazo do investidor.

No cenário atual, diversos ativos encontram-se com valuations atrativos, configurando oportunidades para investidores dispostos a alocar recursos de caráter não imediato, com horizonte de liquidez de um a dois anos. Ainda assim, torna-se imprescindível adotar uma gestão paciente e monitorar de forma recorrente a performance desses ativos, avaliando periodicamente a conveniência de mantê-los em carteira ou realizar sua alienação.

Cumpre reforçar que as informações aqui apresentadas possuem caráter meramente informativo e não devem ser interpretadas como recomendações definitivas de investimento. A atividade de investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, sendo fortemente aconselhável buscar assessoria profissional antes da tomada de decisões.

A volatilidade dos mercados, comparável à instabilidade das nuvens em movimento, reforça a necessidade de atualização constante. Nesse sentido, consultar fontes confiáveis e diversificadas é uma prática prudente, que auxilia na construção de uma visão crítica e balanceada.

A participação em mercados acionários — tanto na B3 quanto em bolsas internacionais — está associada a riscos relevantes, mas também ao potencial de retornos expressivos. Em um ambiente caracterizado por alta complexidade, a conjugação entre prudência e busca contínua por conhecimento constitui a base para decisões fundamentadas e bem-sucedidas.

Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”

Empresas brasileiras enfrentam ambiente desafiador, mas algumas mostram sinais de resiliência

Em meio a um cenário macroeconômico pressionado por juros elevados, consumo retraído e incertezas fiscais, diversas empresas brasileiras vêm ajustando suas estratégias para manter a competitividade. A equipe da QWERTYING acompanha de perto o desempenho de 40 companhias listadas na B3 e destaca, a seguir, duas que merecem atenção: uma pelo bom posicionamento estratégico e outra pelos riscos e oportunidades de turnaround.

Cosan (CSAN3):

A Cosan teve um início de ano difícil. Em fevereiro de 2025, reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no trimestre, impactado por baixas contábeis de R$ 4,7 bilhões relacionadas ao investimento na Vale, além de uma provisão de R$ 2,9 bilhões para imposto de renda diferido. A alavancagem da companhia aumentou: a cobertura de juros caiu para 1,1x, abaixo do 1,2x observado no trimestre anterior — reflexo de menores fluxos de dividendos e aumento dos custos financeiros. Em março, as ações da Cosan eram negociadas a R$ 7,76, acumulando uma queda de 50,85% em 12 meses. Os múltiplos reforçam o momento delicado: P/L negativo de -1,54, P/VP de 0,37 e Dividend Yield de 5,81%. Apesar das dificuldades, analistas apontam que o preço descontado pode atrair investidores dispostos a apostar em uma recuperação de longo prazo. (Fonte: InfoMoney)

Arezzo & Grupo Soma (AZZA3):

O portfólio diversificado de marcas e a atuação em múltiplos segmentos de consumo — calçados, vestuário masculino e feminino, acessórios — permitem à AZZA3 atravessar o ambiente macroeconômico instável com potencial de valorização. Em termos de tendência, se espera uma recuperação de sobrevenda, mas nenhum fundo foi encontrado entrando no mercado durante a recuperação. O volume de capital não é suficiente para sustentar avanços contínuo no mercado. Há um certo grau de estagflação. A continuidade na entrega de bons resultados pode ser benéfica para seus investidores.

Equipe QWERTYING, 21 de novembro de 2025

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