Caro leitor,
Desempenho da Carteira de Swing Trade — Semana de 08 a 12 de dezembro de 2025
QWERTYING | Leitura de Mercado — Semana de 08 a 12 de dezembro
A leitura QWERTYING aponta para um ambiente construtivo, porém com cautela tática. Ao longo da semana, o mercado global operou sob um viés mais confiante em relação às perspectivas da economia americana. O corte de juros promovido pelo Federal Reserve serviu como principal catalisador, levando diversos mercados a renovarem máximas históricas.
No cenário internacional, os preços do petróleo recuaram, enquanto a China voltou ao radar de risco: a situação financeira da incorporadora Vanke reacendeu temores de uma nova rodada de estresse no setor imobiliário, com potenciais efeitos sobre o sistema financeiro. Na Europa, o quadro segue morno — crescimento fraco e inflação baixa mantêm o Banco Central Europeu em compasso de espera. O pano de fundo global permanece positivo no curto prazo, mas ainda carregado de riscos localizados por setor e região.
No Brasil, a expectativa de cortes da Selic ao longo do próximo ano ajudou a animar especialmente o setor de varejo. Em um mês marcado por sucessivos recordes, o Ibovespa avançou 1,88% na semana e voltou à faixa dos 160 mil pontos, em linha com os cenários mais otimistas para o encerramento do ano.
Desempenho da Carteira QWERTYING
Com um ambiente mais favorável à entrada de capital, nossa carteira acompanhou o movimento positivo do mercado. O desempenho da semana foi +1,01%, levemente abaixo do benchmark, refletindo ajustes metodológicos pontuais — sem renunciar à disciplina operacional que define a estratégia QWERTYING.
O Ibovespa encerrou o dia 12/12 aos 160.465 pontos, consolidando o retorno à região dos 160 mil, sustentado pelo otimismo tanto de investidores institucionais quanto estrangeiros.
Nosso modelo, focado em operações de curto prazo e ajustes táticos, conseguiu capturar parte relevante da onda positiva dos mercados globais. A volatilidade moderada e a seletividade dos fluxos exigiram atenção redobrada, mas também evidenciaram a resiliência do sistema de gestão, ancorado em controle de risco, leitura de preço e execução disciplinada.
Em síntese: o jogo segue favorável, mas não é momento de descuido. O cenário recompensa método, seletividade e gestão ativa — pilares centrais da abordagem QWERTYING.
Comportamento das Ações da Carteira
Das cinco posições selecionadas três encerraram a semana com resultados positivos — comportamento defensivo ao clima geral de desconfiança do mercado:
BBDC4: +3,26%
LREN3: +1,36%
MDNE3: +1,27%
Dois ativos com resultados negativos:
BRBI11: -0,83%
AZZA3: -0,90%
A diversificação resultou o fechamento semanal positivo de +1,01%.
As tensões comerciais entre Brasil e EUA continuam no radar, mas a remoção das tarifas extras deve pressionar o setor de alimentos a reprecificar produtos, impactando margens e gerando acomodação nos preços das ações.
Desempenho no Ano — Até 12 de dezembro de 2025
No acumulado de 2025, a carteira QWERTYING registra +27,96%, desempenho próximo ao do Ibovespa, que avança +30,09% no ano.
A diferença — cerca de 7% abaixo do índice — reflete episódios de volatilidade intensa e ajustes táticos, mas mantém a estratégia dentro da zona de coerência operacional.
Conclusão
Continuamos comprometidos em identificar as melhores oportunidades do mercado, combinando análise técnica rigorosa e visão fundamentalista para maximizar seus resultados — fundamentada em:
análise técnica rigorosa,
leitura de fluxo,
gestão disciplinada de risco,
e ajustes táticos bem executados —
segue firme para capturar oportunidades à medida que o mercado reencontra seu eixo.
Continuaremos atentos ao fluxo estrangeiro, à política monetária e aos desdobramentos das decisões comerciais entre Brasil e EUA — que hoje estão no centro da formação dos preços.
Demonstração Gráfica janeiro/25 a dezembro/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades
Resumo do Mercado—Até a última semana
QWERTYING | Mercados Internacionais — Fonte: The Wall Street Journal
Wall Street encerrou o pregão sob forte pressão, com o setor de tecnologia liderando as perdas. O S&P 500 recuou 1,1%, puxado por quedas expressivas nas big techs, enquanto o Nasdaq Composite afundou 1,7%. O Dow Jones perdeu 245 pontos (–0,5%), refletindo um ambiente de aversão ao risco mais amplo.
No micro, a Broadcom esteve no epicentro do estresse. O balanço da fabricante de chips reacendeu dúvidas sobre o fôlego das vendas e a sustentabilidade das margens futuras no setor de tecnologia, provocando um tombo de 11,4% nas ações. A correção também alcançou o universo ligado à inteligência artificial fora da bolsa. Títulos corporativos de empresas expostas ao “capex de IA” sofreram abertura relevante de spreads: o prêmio exigido para os bonds da Oracle sobre os Treasuries saltou, sinalizando maior percepção de risco. No mercado acionário, a Oracle caiu 4,5%.
No campo macro, o Federal Reserve segue dividido. Declarações de dirigentes na sexta-feira não trouxeram clareza sobre a continuidade do ciclo de cortes de juros. Em resposta, os Treasuries de 10 anos avançaram levemente, com o rendimento em torno de 4,19%, adicionando pressão sobre os ativos de risco. Em contraponto, ações ligadas ao consumo mostraram resiliência. Empresas como Chipotle, McDonald’s e Coca-Cola figuraram entre as melhores performances do S&P 500, em um momento em que o mercado segue atento à saúde financeira do consumidor — especialmente o mais jovem.
No noticiário corporativo, a Lululemon Athletica destoou positivamente. As ações saltaram quase 10% após a confirmação da saída do CEO e a sinalização de uma possível reestruturação liderada pelo fundador, conforme revelou o Wall Street Journal.
Confira as orientações e saiba como investir com mais segurança.
Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3
Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da longa tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.
Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)
AZZA3 acumula uma baixa de 65% em 53 meses, com média de desvalorização mensal de 1,2%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.
Cosan S.A. (CSAN3)
A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 70% em 60 meses (queda média de 1,2% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.
Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner S.A. é uma varejista brasileira do mercado de moda e utilidades domésticas. Atua com três marcas, sendo uma delas a própria Renner, de moda em geral. Outra marca da companhia é a Camicado, voltada para casa e decoração. A terceira é a Yucon, especializada em moda jovem. Considerando a queda acumulada de 55% nos últimos 54 meses (média mensal de 1,0%) o ativo merece nossa recomendação de compra.
Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 51% nos últimos 60 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 0,9%.
Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)
Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 47% em 60 meses (média de 0,8% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.
Caso você já tenha exposição aos ativos listados a seguir, é aconselhável considerar a possibilidade de realizar parte dos lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo revisar a composição do seu portfólio. A equipe da QWERTYING, com base em dados da B3, identificou cinco ações que apresentaram desempenhos destacados nos últimos quatro anos e meio:
Nubank (ROXO34) – BDR
O Nubank foi fundado no Brasil em maio de 2013 pelo colombiano David Vélez, o americano Edward Wible e a brasileira Cristina Junqueira. A empresa surgiu como uma fintech e recebeu oito rodadas de investimento e mais duas extensões, com a participação de fundos de investimento e empresas de venture capital, tendo entre seus investidores a Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett. O ativo acumula alta de 131% em 29 meses, com retorno médio mensal de 4,5%. Esse forte desempenho sugere que o papel já atingiu maturidade para eventuais liquidações, especialmente para investidores interessados em rebalancear a carteira ou acessar recursos.
IRB Brasil Resseguros (IRBR3)
A IRB Brasil Resseguros é uma empresa brasileira do setor financeiro e subsetor de previdência e seguros, que ocupa posição de liderança na América Latina. A companhia opera com soluções abrangentes para cobertura de riscos, posicionando-se entre as 10 maiores resseguradoras do mundo. Sua estrutura conta com escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo, além de bases internacionais em Londres e Buenos Aires. O desempenho do IRB Brasil no período analisado demonstra robustez: valorização acumulada de 144% em 36 meses, o que equivale a uma taxa média mensal de 4,0%.
Moura Dubeux (MDNE3)
A Moura Dubeux Engenharia S.A. é uma construtora e incorporadora com atuação consolidada na região Nordeste do Brasil, onde opera há mais de três décadas. Com sede em Recife (PE), a empresa mantém presença estratégica nos estados de Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. O papel MDNE3 acumula uma valorização de 207% ao longo dos últimos 54 meses, o que representa uma taxa média de retorno mensal de aproximadamente 3,8%, evidenciando forte desempenho no período analisado.
PetroRio (PRIO3)
A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 60 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 164%, com média mensal de 2,7%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.
Sanepar (SAPR11)
A Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar é responsável pela operação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 345 municípios do estado do Paraná, além da cidade de Porto União (SC) e outras 297 localidades de menor porte. Com investimentos relevantes, como os R$ 1 bilhão alocados em 2018, a empresa mantém um perfil robusto de expansão e modernização operacional. As ações SAPR11 acumularam uma valorização de 138% ao longo de 54 meses, refletindo um retorno médio mensal de 2,6%. Dado o desempenho expressivo no período, uma estratégia de realização parcial de lucros ou rebalanceamento da carteira pode ser considerada oportuna.
Operações “Swing Trade” Semanais.
| REPETINDO DA SEMANA ANTERIOR – ESCOLHAS “QWERTYING” – 12/12/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo: | |||||
| ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Alvo | Potencial de valorização | |
| 1 | AZZA3 | 15/12/25 | 25,95 | 55,00 | 116,11% |
| 2 | SBFG3 | 15/12/25 | 12,88 | 15,00 | 16,46% |
| 3 | ITUB4 | 15/12/25 | 39,63 | 43,00 | 8,50% |
| 4 | CYRE3 | 15/12/25 | 33,11 | 30,00 | -9,39% |
| 5 | SANB11 | 15/12/25 | 31,95 | 35,00 | 9,55% |
Conclusão
No contexto financeiro atual, marcado por elevada dinamicidade e constante transformação, a capacidade de adaptação contínua torna-se elemento essencial para a geração de valor e mitigação de riscos. O acompanhamento sistemático de novas tendências, instrumentos financeiros inovadores e estratégias de investimento possibilita que agentes de mercado naveguem de maneira mais eficiente em um ambiente sujeito a rápidas mudanças.
É relevante destacar que o desempenho histórico da carteira QWERTYING, desde janeiro de 2021, não constitui garantia de resultados futuros. O mercado acionário é influenciado por múltiplos vetores, como variáveis macroeconômicas, fatores geopolíticos e eventos extraordinários — incluindo pandemias e desastres naturais — que podem alterar significativamente a dinâmica dos preços.
A inserção no mercado de capitais exige uma postura informada, criteriosa e pautada pela disciplina. A consulta a profissionais especializados é altamente recomendada, uma vez que permite alinhar recomendações personalizadas à realidade financeira individual e aos objetivos de longo prazo do investidor.
No cenário atual, diversos ativos encontram-se com valuations atrativos, configurando oportunidades para investidores dispostos a alocar recursos de caráter não imediato, com horizonte de liquidez de um a dois anos. Ainda assim, torna-se imprescindível adotar uma gestão paciente e monitorar de forma recorrente a performance desses ativos, avaliando periodicamente a conveniência de mantê-los em carteira ou realizar sua alienação.
Cumpre reforçar que as informações aqui apresentadas possuem caráter meramente informativo e não devem ser interpretadas como recomendações definitivas de investimento. A atividade de investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, sendo fortemente aconselhável buscar assessoria profissional antes da tomada de decisões.
A volatilidade dos mercados, comparável à instabilidade das nuvens em movimento, reforça a necessidade de atualização constante. Nesse sentido, consultar fontes confiáveis e diversificadas é uma prática prudente, que auxilia na construção de uma visão crítica e balanceada.
A participação em mercados acionários — tanto na B3 quanto em bolsas internacionais — está associada a riscos relevantes, mas também ao potencial de retornos expressivos. Em um ambiente caracterizado por alta complexidade, a conjugação entre prudência e busca contínua por conhecimento constitui a base para decisões fundamentadas e bem-sucedidas.
Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”
Empresas brasileiras enfrentam ambiente desafiador, mas algumas mostram sinais de resiliência
Em meio a um cenário macroeconômico pressionado por juros elevados, consumo retraído e incertezas fiscais, diversas empresas brasileiras vêm ajustando suas estratégias para manter a competitividade. A equipe da QWERTYING acompanha de perto o desempenho de 40 companhias listadas na B3 e destaca, a seguir, duas que merecem atenção: uma pelo bom posicionamento estratégico e outra pelos riscos e oportunidades de turnaround.
Cosan (CSAN3):
A Cosan teve um início de ano difícil. Em fevereiro de 2025, reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no trimestre, impactado por baixas contábeis de R$ 4,7 bilhões relacionadas ao investimento na Vale, além de uma provisão de R$ 2,9 bilhões para imposto de renda diferido. A alavancagem da companhia aumentou: a cobertura de juros caiu para 1,1x, abaixo do 1,2x observado no trimestre anterior — reflexo de menores fluxos de dividendos e aumento dos custos financeiros. Em março, as ações da Cosan eram negociadas a R$ 7,76, acumulando uma queda de 50,85% em 12 meses. Os múltiplos reforçam o momento delicado: P/L negativo de -1,54, P/VP de 0,37 e Dividend Yield de 5,81%. Apesar das dificuldades, analistas apontam que o preço descontado pode atrair investidores dispostos a apostar em uma recuperação de longo prazo. (Fonte: InfoMoney)
Arezzo & Grupo Soma (AZZA3):
O portfólio diversificado de marcas e a atuação em múltiplos segmentos de consumo — calçados, vestuário masculino e feminino, acessórios — permitem à AZZA3 atravessar o ambiente macroeconômico instável com potencial de valorização. Em termos de tendência, se espera uma recuperação de sobrevenda, mas nenhum fundo foi encontrado entrando no mercado durante a recuperação. O volume de capital não é suficiente para sustentar avanços contínuo no mercado. Há um certo grau de estagflação. A continuidade na entrega de bons resultados pode ser benéfica para seus investidores.
Equipe QWERTYING, 12 de dezembro de 2025



