As Melhores Oportunidades na Bovespa – Análise 3ª Semana de Setembro 2023

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Não comprar ações de empresas que não entregam um bom retorno do capital investido (em inglês, return on investment ou a sigla ROI) isso é fundamental para a sobrevivência da companhia.

Caro leitor,

O mês de agosto de 2023 não deixou boas lembranças para os investidores. Iniciou-se com uma perspectiva otimista devido à redução da taxa de juros pelo Banco Central, mas, ao contrário do esperado, muitos ativos sofreram desvalorização devido à tendência negativa dos mercados globais. O encerramento do mês foi marcado por um sentimento generalizado de frustração entre os investidores.

É importante destacar que a recuperação das ações após um declínio é um fenômeno comum em mercados saudáveis. No entanto, é fundamental ressaltar que o desempenho das ações varia de empresa para empresa, com algumas superando as expectativas e outras ficando abaixo da média.

Observa-se que a China, principal importadora de diversas commodities, viu seu Yuan se valorizar em relação a um dólar enfraquecido na semana passada. Isso alterou as perspectivas para a moeda chinesa, que começou a se fortalecer em relação ao dólar, levando os investidores a considerar a compra de ações e outros ativos de maior risco.

O petróleo voltou a gerar preocupações, conforme relatório da OPEP, devido aos impactos nas perspectivas de inflação tanto nos Estados Unidos quanto nos mercados globais e domésticos. O controle da inflação pode abrir espaço para o crescimento das ações que atualmente estão com preços mais baixos. O mercado está atento à evolução dos preços do petróleo, aos estoques americanos e aos ajustes na economia dos EUA.

O índice IPCA apresentou um bom desempenho, com uma aceleração de 0,23% entre julho e agosto, ficando abaixo da projeção de 0,28% do mercado. A desaceleração da inflação está alinhada com a meta estabelecida. No acumulado do ano, o IPCA registra um aumento de 3,23%, e a expectativa é que permaneça abaixo de 5% para o ano de 2023.

Acreditamos que nosso conteúdo desempenha um papel crucial na melhoria das decisões de investimento, oferecendo uma visão mais clara do universo do mercado financeiro. Durante o mês de agosto, o índice à vista da Bovespa enfrentou sua pior sequência histórica, com 13 sessões consecutivas de quedas, em grande parte devido à apresentação e subsequente reação negativa do mercado ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), causando um impacto desfavorável recente no país.

No entanto, até o momento, nossas recomendações semanais de operações “short” têm apresentado resultados positivos. Na última semana, o Ibovespa cresceu 3,11%, enquanto as cinco ações recomendadas pela equipe QWERTYING tiveram uma performance de 3,58%. Devemos considerar a atipicidade de agosto passado como uma lição aprendida. As flutuações do mercado proporcionam oportunidades valiosas para investidores adquirirem ações de ativos afetados pelas quedas na bolsa.

Se você busca oportunidades de investimento na Bovespa, este artigo é particularmente relevante. Através de nossa análise semanal das “QWERTYING Dicas”, oferecemos uma visão abrangente das ações que tiveram desempenho positivo e negativo desde janeiro de 2020, fornecendo uma base sólida para suas decisões de investimento.

Após uma melhoria na percepção geral de risco no Brasil, refletida na redução das taxas reais de juros de longo prazo de 6,2% em março para 5,2% em julho, o Banco Central iniciou um afrouxamento monetário em agosto. Isso, juntamente com a perspectiva da reforma tributária, aumenta a expectativa de que mais pessoas físicas invistam em ativos brasileiros. No entanto, também levanta questões sobre a capacidade do Ministério da Economia de aumentar a arrecadação de impostos de forma escalável.

É importante observar que, na semana anterior, quatro das cinco sugestões apresentaram desempenho negativo no acumulado dos últimos sete dias. Reconhecemos que nem sempre acertamos em nossas previsões, portanto, é essencial acompanhar essas informações de perto.

Ao longo do tempo, mantivemos uma postura otimista em relação aos ativos brasileiros, o que nos levou a assumir riscos mais substanciais. O índice Ibovespa ultrapassou os 115 mil pontos, e investidores que seguiram nossas sugestões estão com ganhos acumulados nos últimos meses em operações “short” com duração de cinco dias.

A seguir, realizaremos uma análise de cinco ações atualmente subavaliadas na Bovespa. Esses ativos têm o potencial de ser excelentes adições à sua carteira de investimentos, com a capacidade de gerar lucros em um horizonte de até dois anos.

As cinco ações com bom potencial de compra na Bovespa

Neste artigo, conduziremos uma análise detalhada de cinco ações atualmente listadas na Bovespa, que apresentam uma tendência de desvalorização. Essa situação pode se revelar atrativa para investidores em busca de oportunidades em empresas com potencial de recuperação. Avaliaremos o desempenho de cada empresa em diferentes intervalos de tempo, calculando a média mensal correspondente de perda.

1. Intelbras (INTB3):

   A Intelbras (INTB3) apresentou uma desvalorização significativa de 17% nos últimos quatro meses, com uma média mensal de depreciação de 4,2%. A média do múltiplo de preço sobre lucro, hoje negociado abaixo de 12 vezes, historicamente sempre fora negociado por 16 vezes. Apesar da MP 1185, que poderá aumentar a sua carga tributária em função de uma série de benefício fiscal que subvenciona a sua alíquota do imposto ICMS mantido próximo à zero, mesmo assim, o papel INTB3 se encontra barato. Essa é uma empresa, amplamente reconhecida como a maior fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica, painéis de sistemas solares e sistemas de comunicação.

2. Méliuz (CASH3):

   O Méliuz é uma empresa mineira que opera programas de cashback, criada em 2011. Sua principal fonte de receita provém dos anúncios das lojas parceiras que oferecem cashback por meio de sua plataforma. Nos últimos oito meses, enfrentou uma desvalorização significativa de 32%, apresentando uma média mensal de queda de 4,0%. No entanto, à medida que a economia se estabiliza e o crédito no varejo aumenta, existe um potencial de recuperação em seu preço. Portanto, nossa recomendação é de COMPRA.

3. ASSAÍ (ASAI3):

   A Sendas Distribuidora, operando sob a marca ASSAÍ, registrou uma desvalorização de 23% nos últimos sete meses, resultando em uma média mensal de queda de 3,3%. As ações desse grupo têm sido caracterizadas por alta volatilidade, devido, em parte, à sua alavancagem mais elevada (3,7xDL/Ebitda). Diante da possibilidade de mudanças nas taxas de juros domésticas e um processo iminente de desalavancagem, a recomendação de COMPRA se destaca como uma sugestão atraente.

4. Centauro Grupo SBF (SBFG3):

   O Grupo SBF (SBFG3), associado à Centauro, enfrentou uma desvalorização considerável de 67% ao longo de vinte meses, exibindo uma média mensal de queda de 3,4%. Dado seu papel destacado no setor esportivo no Brasil, a Centauro tem o potencial de se recuperar à medida que supera os desafios, especialmente relacionados ao ajuste de estoques acumulados em seus depósitos devido a apostas anteriores durante a última Copa do Mundo de Futebol. Assim, é possível vislumbrar a valorização à medida que a economia se estabiliza.

5. Hapvida Saúde (HAPV3):

   A Hapvida Saúde (HAPV3) sofreu uma desvalorização de 31% ao longo de onze meses, resultando em uma média mensal de queda de 2,8%. Com expectativas de cortes mais expressivos nas taxas de juros, os investidores terão a oportunidade de aumentar sua exposição ao setor de saúde em suas carteiras. A HAPV está com um desconto significativo e oferece um potencial de alta de 25%.

As cinco ações para vender, que estão bem valorizadas na Bovespa:

Por outro lado, se você detém posições nos ativos listados a seguir, pode ser pertinente considerar a oportunidade de realizar lucros vendendo. Apresentamos agora cinco ações que experimentaram os maiores aumentos de valor no período, selecionadas pela equipe da QWERTYING através da BOVESPA.

1. Petrorio (PRIOR3):

   Em apenas cinco meses, a Petrorio (PRIOR3) acumulou uma notável valorização de 47%, apresentando um incremento médio mensal de 9,4%. Para aqueles que experimentaram ganhos significativos em um período relativamente curto, pode ser prudente considerar a venda a fim de garantir os lucros obtidos.

2. Petrobras (PETR4):

   A Petrobras (PETR4) viu seu valor subir 33% em apenas quatro meses, com um aumento médio mensal de 8,4%. Diante desse crescimento substancial, é sensato considerar a venda para colher os lucros acumulados durante esse período.

3. Tegma (TGMA3):

   Ao longo de seis meses, a Tegma (TGMA3) experimentou um notável crescimento de 42%, com um aumento médio mensal de 7,1%. Diante desse rápido aumento de valor, alguns investidores podem estar ponderando a oportunidade de realizar lucros e explorar outras possibilidades de investimento.

4. Simpar (SIMH3):

   A Simpar (SIMH3) registrou um impressionante crescimento de 35% ao longo de cinco meses, com um aumento médio mensal de 5,8%. Para os investidores que mantêm posições na empresa e desfrutaram de retornos substanciais, a venda para garantir os lucros pode ser uma alternativa atrativa.

5. Direcional Engenharia (DIRR3):

   A Direcional Engenharia (DIRR3) registrou uma valorização de 25% em um período de apenas sete meses, resultando em um aumento médio mensal de 3,6%.

DICAS “QWERTYING” – 15/09/23 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “curto prazo”, seguem abaixo
ATIVOSDataPreço de EntradaPreço JustoPotencial de valorização
1CASH315/09/236,1111,2083,31%
2HYPE315/09/2337,9749,4030,10%
3SANB1115/09/2326,3034,0029,28%
4DIRR315/09/2319,7822,0011,22%
5TRPL415/09/2324,0526,008,11%

Conclusão

Ingressar no mercado de ações no Brasil pode se revelar uma jornada desafiadora, especialmente para aqueles acostumados com a segurança oferecida pela caderneta de poupança. Exercer cautela torna-se crucial ao seguir as orientações de analistas independentes e autônomos, uma vez que nem sempre essas diretrizes resultam em retornos positivos, como evidenciado pelas ações recomendadas desde janeiro de 2020, que experimentaram quedas significativas na Bovespa.

No entanto, é válido observar que muitos ativos estão atualmente com preços atrativos. Para investidores dispostos a assumir riscos com fundos que não necessitarão nos próximos um ou dois anos, o momento pode ser propício para realizar compras. No entanto, é imperativo adotar uma abordagem paciente e monitorar atentamente o desempenho desses ativos, determinando posteriormente se mantê-los em sua carteira de investimentos é a decisão mais apropriada ou se a venda é mais vantajosa.

É crucial reter a ideia de que as orientações fornecidas neste contexto são exatamente isso – orientações. Elas devem ser interpretadas como tal. O investimento no mercado financeiro, invariavelmente, envolve riscos, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.

Lembre-se de que informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis, considerando uma variedade de opiniões.

Investir em ações na Bovespa ou no mercado global envolve riscos substanciais, podendo afetar a totalidade do capital investido. No entanto, também oferece a oportunidade de obter ganhos expressivos.

ESCOLHAS DA EQUIPE “CARTEIRA QWERTYING”

A Intelbras (INTB3) teve sua origem em 1976, em Santa Catarina, inicialmente centrando-se na produção de centrais e dispositivos eletrônicos. Hoje, conforme a própria empresa declara, é a principal fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica e sistemas de comunicação. A Intelbras alega estar presente em 98% dos municípios com potencial de consumo eletrônico no Brasil e exportar para diversas nações. Sua extensa rede de distribuição engloba 370 distribuidores e quase 80 mil revendedores.

O Grupo Hapvida (HAPV3) controla o Hapvida Saúde, o maior operador de planos de saúde nas regiões Norte e Nordeste, ocupando o terceiro lugar no país em número de beneficiários. A empresa adota um modelo verticalizado com ênfase em inovação e tecnologia, direcionado para a medicina preventiva e odontologia. Contando com sua própria rede de atendimento, o grupo mantém cerca de 26 hospitais, prontos-atendimentos, 75 clínicas e 84 laboratórios. Em 2019, adquiriu o Grupo São Francisco, com operações no Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Essa transação conferiu à Hapvida uma presença relevante nas principais regiões do país. A Ppar Pinheiro Participações S.A. detém o controle acionário da Hapvida, possuindo mais de 77% das ações ordinárias (HAPV3) da controlada. A operadora de planos de saúde realizou seu IPO em 2018 e está listada no Novo Mercado da B3.

Desejamos a você bons negócios e sucesso em suas decisões de investimento!

EQUIPE QWERTYING, 15/09/23.

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