Caro Leitor
Na última semana, a crescente inflação nos serviços tem suscitado preocupações entre os investidores, incitando reflexões sobre a direção que as taxas de juros podem tomar. O Ibovespa, enfrentando pressões decorrentes das flutuações nos preços de ações vinculadas às taxas, registrou uma ligeira queda de 0,2%, encerrando-se em 129.180 pontos, tanto devido a fatores internos no Brasil quanto a influências dos Estados Unidos.
Simultaneamente, as apreensões acerca da atividade econômica na China continuam a impactar negativamente os preços do minério de ferro, prejudicando as empresas mineradoras. Diante desse cenário, há uma perspectiva geral de que 2024 será um ano de redução nas taxas de juros, tanto nacional quanto internacionalmente. Essa conjuntura torna mais atrativo o investimento em ativos de risco, embora o Ibovespa flutue entre os 124.000 e 131.000 pontos, revelando uma notável falta de impulso para superar esse período de estagnação.
Conforme uma recente pesquisa do Bank of America, a confiança dos gestores na América Latina em relação à Bolsa de Valores do Brasil sofreu uma diminuição. A porcentagem daqueles que acreditavam que o índice da bolsa alcançaria os 140 mil pontos neste ano caiu de 63% em janeiro para 47% em fevereiro.
Antevendo a redução da taxa básica de juros no Brasil (Selic), a expectativa é que os investimentos em renda variável, como ações, se tornem mais atrativos em comparação aos retornos da renda fixa. Diante dessa perspectiva, os investidores locais tendem a buscar alternativas mais rentáveis, especialmente no mercado de ações.
A equipe QWERTYING realiza pesquisas aprofundadas com o intuito de apresentar oportunidades em ativos de risco aos investidores, com potencial para oferecer retornos positivos tanto a longo prazo (entre cinco e dez anos) quanto a curto prazo (até dois anos). O mercado está em constante evolução, e investidores institucionais, mais bem informados, podem capitalizar esses momentos para obter lucros. Por outro lado, os investidores individuais, frequentemente sobrecarregados com a falta de tempo para acompanhar os ciclos do mercado, correm o risco de perder oportunidades de investir em ativos mais seguros e rentáveis. Portanto, as orientações de nossa equipe buscam auxiliar nosso estimado leitor nas decisões de investimento.
De janeiro a fevereiro, observou-se uma retirada de aproximadamente R$ 10 bilhões por parte de investidores estrangeiros da Bolsa de Valores de São Paulo, refletindo o impacto da incerteza política no Brasil. Recentemente, a bolsa tem operado abaixo da média histórica (jan16 a dez23), situando-se abaixo de 8 vezes o lucro, um patamar interessante, conforme dados do Safra. Essa retirada não se limitou ao Brasil, mas afetou todos os mercados emergentes, indicando uma aversão aos ativos de risco. A instabilidade política não favorece, pois, no cenário político, tudo é possível, inclusive prejudicar reputações e frear a economia.
No entanto, há notícias positivas; recentemente, o CMN decidiu restringir a oferta de títulos incentivados (LCIs, LCAs, CRIs e LIGs), o que pode redirecionar os investidores desses ativos para opções de renda variável. No cenário atual, o mercado não mais considera a possibilidade de cortes de juros ocorrerem no curto prazo, o que representa uma perspectiva desfavorável. As expectativas que impulsionaram os preços entre novembro e dezembro estão passando por ajustes, sinalizando que os cortes de juros programados para este ano ocorrerão, mas de maneira intermitente.
O índice de preço ao produtor (PPI) subiu 0,3% em relação a dezembro, superando a expectativa dos analistas consultados pelo FactSet, que previam um avanço de 0,1% no último mês. O mercado financeiro reduziu significativamente a expectativa de corte de juros do Federal Reserve (FED). No Brasil, a tendência é seguir o mesmo caminho, segurando um pouco mais a trajetória de queda nas taxas de juros.
Enquanto a expectativa inicial de cortes de juros mais rápidos impulsionou os preços dos ativos de risco, a revisão dessa perspectiva pode resultar em ajustes nos valores. Atualmente, prevê-se que os cortes de juros ocorram, porém em um ritmo mais gradual do que inicialmente antecipado, o que pode ter implicações em diversos setores da economia.
O ano de 2024 se delineia como um período caracterizado pela redução das taxas de juros globalmente, reconfigurando o cenário de ativos para proporcionar retornos sólidos aos investidores. Os cortes nas taxas de juros, tanto no Brasil quanto nos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, são eventos raros e positivos, indicando a possibilidade de o Ibovespa manter sua trajetória ascendente, potencialmente superando recordes e atingindo a estimativa de 142 mil pontos. Com a flexibilização monetária e o ciclo de queda de juros tanto no Brasil quanto no exterior, os investimentos em renda fixa tornam-se menos atrativos em comparação com opções em renda variável, como ações.
No contexto nacional, o ano de 2024 estará fortemente ligado à política fiscal do governo Lula, que atingiu o recorde de US$ 98,8 bilhões em 2023, representando um aumento de 60,6% em relação ao ano anterior. Nos Estados Unidos, ao longo de 2023, os bancos regionais enfrentaram desafios significativos que quase resultaram na quebra do sistema financeiro americano. Nesse cenário crítico, o Federal Reserve (FED) interveio, restaurando a estabilidade com dados extremamente positivos relacionados à inflação ao consumidor (CPI) e à inflação ao produtor (PPI). Surpreendentemente, os pedidos de auxílio-desemprego indicaram uma desaceleração na inflação americana, fortalecendo a perspectiva de que as taxas de juros não devem ultrapassar os 5% em breve.
A etapa final do combate à inflação, nos EUA, acontece na categoria de serviços (como planos de saúde e mensalidades escolares), a resistência desse grupo em cair tem levado o mercado a revisar suas apostas para o início do corte de juros e vêm também pressionando as taxas dos Títulos do Tesouro americano de dez anos aplicadas atualmente em 4,3% anuais contra 3,9%, no final de janeiro. Essa alta também provocou um ajuste geral na precificação das ações ao redor do mundo, não raro, percebe-se a reversão do fluxo de recursos trazidos pelos investidores americanos retirando da bolsa brasileira cerca de R$ 10 bilhões, em fevereiro.
O pacote de dados de atividade na China apresentou resultados mistos, alinhados com as tensões comerciais persistentes, relacionadas à desaceleração e reequilíbrio gradual dos fatores de crescimento. Esperava-se que a economia chinesa se recuperasse em 2023, mas estagnou ao ponto de ser considerada (pelo FMI) um empecilho para a produção mundial. Apesar dos muitos problemas, como uma crise imobiliária, investimentos fracos e elevado desemprego juvenil, a maioria dos economistas acredita que a segunda maior economia mundial deva crescer cerca de 5% este ano, atingindo assim a sua meta oficial. Esse desempenho evidencia uma expansão econômica contínua, reduzindo o risco de uma desaceleração mais acentuada, o que seria especialmente prejudicial para o mercado de commodities e teria impacto direto sobre o Brasil.
No cenário econômico brasileiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2023 em 4,62%. As projeções para a inflação em 2024 indicam um valor de 3,7%, enquanto para 2025, a expectativa é de 4,0%. No que diz respeito à Taxa Selic, as projeções apontam para 9,00% em 2024, marcando o final do ciclo de cortes.
Nossas recomendações semanais de operações “short” têm consistentemente apresentado resultados positivos. Na última semana, o Ibovespa teve uma leve queda de -0,18%. Das cinco ações sugeridas pela equipe QWERTYING, quatro registraram pequenos ganhos (TRPL4 1,10%, SANB11 0,28%, B3SA3 0,16%, RRRP3 0,00%), enquanto uma teve uma significativa queda (RAIL3 -2,41%). Isso resultou em um saldo líquido negativo de -0,14%, em comparação com a performance do Ibovespa, que teve uma queda de -0,18%.
O início do ano não atendeu às expectativas dos investidores mais otimistas para as ações, com o índice Ibovespa acumulando uma queda de -3,73% em 2024. Esse desempenho é atribuído a questões locais, como os desafios fiscais no Brasil, e ao fraco entusiasmo em relação ao início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos.
Estamos atentos aos impactos da redução nos rendimentos dos Treasuries, que, até o momento, têm sido favoráveis, enquanto a curva de juros continuou a declinar em toda a sua estrutura a termo. Este artigo é especialmente relevante para investidores interessados em oportunidades na Bovespa. Através da análise semanal das “QWERTYING Dicas”, proporcionamos uma visão abrangente das ações com desempenho positivo e negativo desde janeiro de 2020, oferecendo uma base sólida para suas decisões de investimento.
Ao longo do tempo, mantivemos uma perspectiva otimista em relação aos ativos brasileiros, assumindo riscos mais substanciais. Atualmente, com o índice Ibovespa fixado em 129 mil pontos, os investidores que seguiram nossas orientações estão desfrutando de ganhos acumulados nos últimos meses, especialmente em operações “short” com duração de cinco dias.
A seguir, realizaremos uma análise detalhada de cinco ações atualmente subvalorizadas na Bovespa. Esses ativos apresentam um potencial considerável para se tornarem excelentes adições à sua carteira de investimentos, destacando-se pela capacidade de gerar lucros em um horizonte de até dois anos.
Análise Detalhada de Cinco Ações com Bom Potencial de Compra na Bovespa:
Neste artigo, realizaremos uma análise detalhada de cinco ações atualmente listadas na Bovespa, destacando uma tendência de desvalorização que pode atrair investidores em busca de oportunidades em empresas com potencial de recuperação. Vamos examinar o desempenho de cada empresa em diferentes intervalos de tempo, calculando a média mensal correspondente de perda.
1. Intelbras (INTB3)
A Intelbras (INTB3) experimentou uma desvalorização significativa de 20% nos últimos dez meses, com uma média mensal de depreciação de 2,0%. Reconhecida como a principal fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica, painéis de sistemas solares e sistemas de comunicação, a Intelbras busca expandir sua atuação, o que pode impulsionar sua recuperação. A exclusividade no mercado brasileiro para soluções de internet reforça a atratividade do ativo, respaldando nossa sugestão de compra.
2. Centauro Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF (SBFG3), associado à Centauro, enfrentou uma desvalorização considerável de 45% ao longo de vinte e seis meses, exibindo uma média mensal de queda de 1,7%. Dado seu papel destacado no setor esportivo no Brasil, a Centauro tem o potencial de se recuperar à medida que supera os desafios, especialmente relacionados ao ajuste de estoques acumulados. Apesar do momento desafiador na bolsa, a atratividade do grupo pode proporcionar bons retornos, justificando nossa recomendação de compra.
3. Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner (LREN3) registrou uma desvalorização de 62% ao longo de quarenta e dois meses, com uma média de queda mensal de 1,5%. Considerando sua presença consolidada no mercado varejista de moda, a empresa pode se recuperar à medida que a confiança do consumidor aumenta. Apesar do período desafiador, a atratividade da Lojas Renner sugere um potencial de retorno, justificando nossa recomendação de compra.
4. Santander BR (SANB11)
O Santander Brasil é o único banco internacional com escala no país, sendo o terceiro maior banco privado, enfrentou uma desvalorização significativa de 37% nos últimos trinta e quatro meses, apresentando uma média mensal de queda de 1,1%. Portanto, nossa recomendação é de COMPRA.
5. Bradesco (BBDC4)
O Bradesco, atrás do Itau-Unibanco, é o segundo maior banco privado, apresentou resultados fracos que resultaram em uma desvalorização importante de 11% nos últimos dez meses, com uma média mensal de queda de 1,1%. Portanto, nossa recomendação é de COMPRA.
Cinco ações que merecem consideração para venda, dada a expressiva valorização na Bovespa:
Se você mantém posições nos ativos mencionados a seguir, é aconselhável ponderar a possibilidade de realizar lucros por meio de vendas. Apresentamos agora cinco ações que vivenciaram notáveis aumentos de valor nos últimos dois anos, criteriosamente selecionadas pela equipe da QWERTYING através da BOVESPA.
1. Petrobras (PETR4)
A Petrobras (PETR4) testemunhou um marcante aumento de 58% em apenas dez meses, registrando uma média mensal de 5,8%. Diante desse crescimento substancial, é prudente considerar a oportunidade de vender e colher os lucros acumulados durante esse período.
2. Direcional Engenharia (DIRR3)
A Direcional Engenharia (DIRR3) registrou uma valorização de 51% em apenas treze meses, correspondendo a um aumento médio de 3,9% por mês.
3. Tegma (TGMA3)
Ao longo de doze meses, a Tegma (TGMA3) experimentou um expressivo crescimento de 46%, com um aumento médio mensal de 3,8%. Diante desse rápido aumento de valor, alguns investidores podem estar considerando a possibilidade de realizar lucros e explorar outras oportunidades de investimento.
4. Petrorio (PRIOR3)
A Petrorio (PRIOR3) apresentou uma notável valorização de 32% em apenas onze meses, com um incremento médio mensal de 2,9%. Para aqueles que obtiveram ganhos substanciais em um período relativamente curto, pode ser sensato considerar a venda para assegurar os lucros conquistados.
5. BTG Pactual (BPAC11)
O BTG Pactual Banco (BPAC11) valorizou-se em 70% em vinte e nove meses, apresentando um aumento médio de 2,4% por mês. Dada a magnitude dessa valorização, pode ser oportuno considerar estratégias de venda para capitalizar os lucros acumulados ao longo desse período substancial de apreciação.
DICAS “QWERTYING” – 01/03/2024 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “curto prazo”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo: | |||||
ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Justo | Potencial de valorização | |
1 | CSAN3 | 04/03/24 | 16,77 | 31,80 | 89,62% |
2 | COCE5 | 04/03/24 | 42,23 | 66,00 | 56,29% |
3 | RAIL3 | 04/03/24 | 22,20 | 32,00 | 44,14% |
4 | ASAI3 | 04/03/24 | 14,02 | 19,00 | 35,52% |
5 | PRIO3 | 04/03/24 | 44,33 | 56,00 | 26,33% |
Conclusão:
O contexto dinâmico do mercado financeiro requer uma adaptação constante, sendo vital manter-se atualizado sobre novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias para navegar com êxito nesse ambiente em evolução constante.
É imperativo ressaltar que, ao analisar o desempenho passado das ações recomendadas desde janeiro de 2020, não há garantias de resultados futuros. O mercado de ações está sujeito a uma miríade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, políticos e situações imprevisíveis, como pandemias.
Ao ingressar no mercado de ações, adotar uma abordagem informada, prudente e paciente é essencial. Recomenda-se buscar a orientação de um especialista financeiro para conselhos personalizados com base na situação financeira e nos objetivos de investimento, sempre que possível.
É relevante observar que muitos ativos estão atualmente com preços atrativos. Para investidores dispostos a assumir riscos com fundos não necessários nos próximos um ou dois anos, o momento pode ser propício para compras. No entanto, uma abordagem paciente e o monitoramento cuidadoso do desempenho desses ativos são imperativos, avaliando posteriormente se mantê-los na carteira de investimentos é a decisão mais apropriada ou se a venda é mais vantajosa.
É crucial reter a ideia de que as orientações fornecidas neste contexto são precisamente isso – orientações. Elas devem ser interpretadas como tal. O investimento no mercado financeiro inevitavelmente envolve riscos, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.
Lembre-se de que informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis, considerando uma variedade de opiniões.
Investir em ações na Bovespa ou no mercado global envolve riscos substanciais, podendo impactar a totalidade do capital investido. No entanto, também oferece a oportunidade de obter ganhos expressivos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela aliada à busca constante de conhecimento é a chave para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.
Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”
Intelbras (INTB3)
A trajetória da Intelbras teve início em 1976, em Santa Catarina, com um enfoque inicial na fabricação de centrais e dispositivos eletrônicos. Atualmente, de acordo com pronunciamento da própria empresa, a Intelbras é reconhecida como a principal fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica e sistemas de comunicação. Alega ter presença em 98% dos municípios com potencial de consumo eletrônico no Brasil, além de exportar para diversas nações. Sua extensa rede de distribuição abrange 370 distribuidores e quase 80 mil revendedores.
Centauro (SBFG3)
A Centauro denominada Grupo SBF S/A é um grupo empresarial que controla as lojas Centauro, Bytennis, Almax Sports, Studio 78 e, atualmente, firmou um acordo inédito com a Nike para expansão das lojas Nike Store no país. A empresa foi fundada em 1981, em Belo Horizonte, por Sebastião Bomfim Filho.
Desejamos a você ótimos negócios e sucesso em suas decisões de investimento!
EQUIPE QWERTYING, 01/03/24.