As Melhores Oportunidades na Bovespa – Análise 1ª Semana de Agosto 2024

Conteúdo

Caro Leitor

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em 125.854 pontos, registrando uma correção significativa. O ambiente nacional está bastante desafiador para o mercado de ações, com estagnação de capital, perspectivas econômicas pouco otimistas, altas taxas de juros e resultados financeiros fracos, criando um cenário difícil para os investidores.

O conturbado cenário político e econômico do primeiro semestre, aliado ao comprometimento do governo em controlar melhor as contas públicas, parece ter surtido efeitos positivos no mercado financeiro. O início da temporada de resultados corporativos trouxe otimismo aos investidores, resultando em um bom desempenho dos principais índices locais em julho. O Ibovespa registrou uma alta significativa de 3% nesse período, refletindo a confiança do mercado nas medidas adotadas pelo governo e nas perspectivas de crescimento das empresas.

É crucial que o ambiente econômico doméstico permaneça estável. Se a economia brasileira conseguir evitar grandes turbulências, como crises políticas ou econômicas, isso pode apoiar uma tendência positiva. Melhorias em indicadores como inflação, desemprego e crescimento econômico também podem reforçar a confiança dos investidores.

Na última semana, o Ibovespa caiu de 127.492 para 125.854 pontos, refletindo a preocupação dos investidores brasileiros, que preferem se afastar da bolsa nacional. Com a taxa Selic mantida em 10,50%, espera-se que os investimentos em renda variável percam atratividade em comparação aos retornos da renda fixa. Diante dessa perspectiva, os investidores locais tendem a buscar alternativas mais seguras, especialmente no mercado de renda fixa e fundos imobiliários.

Recentemente, o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) decidiu manter as taxas de juros no intervalo de 5,25% – 5,50%. Durante a coletiva de imprensa que se seguiu à decisão, o presidente do Fed expressou mensagens mais otimistas. Complementando essa visão, os dados do mercado de trabalho americano ficaram abaixo das expectativas, o que pode sinalizar uma desaceleração na necessidade de aumentos futuros nas taxas de juros.

Em outros lugares, os bancos centrais do Japão e da Inglaterra também tomaram decisões importantes sobre suas taxas de juros. No Japão, a decisão de aumentar os juros contribuiu para a depreciação do Real nesta semana. Já no Reino Unido, o banco central optou por reduzir a taxa referencial, justificando que ela havia permanecido restritiva por tempo suficiente.

No Brasil, o Banco Central manteve a taxa Selic em 10,50%, mas indicou um balanço de riscos assimétrico para cima, sugerindo preocupações com a inflação. Além disso, o dólar superou a marca de 5,75 reais nesta semana, movimento influenciado tanto por fatores domésticos quanto externos. Esses desenvolvimentos indicam uma volatilidade contínua nos mercados financeiros, refletindo as diferentes políticas monetárias e as condições econômicas globais.

Na sexta-feira, o índice Nasdaq Composite, focado em alta tecnologia, caiu 2,4%, colocando-o em território de correção. Isso significa que o índice caiu mais de 10% em relação ao seu recente máximo de fechamento, atingido em 10 de julho. O Nasdaq foi o mais impactado pela recente volatilidade no mercado de ações, em grande parte devido às preocupações dos investidores sobre uma possível sobrevalorização das ações de empresas de tecnologia, especialmente aquelas envolvidas com inteligência artificial.

Uma nova rodada de resultados financeiros das gigantes da tecnologia levou alguns investidores a questionar se a empolgação em torno da inteligência artificial foi exagerada. Na sexta-feira, uma das maiores quedas no Nasdaq foi da Intel, cujas ações despencaram 26% após a divulgação de seus últimos lucros. A fabricante de chips anunciou planos de demitir milhares de funcionários este ano e suspender o pagamento de dividendos como parte de uma ampla campanha de redução de custos. Essas medidas refletem os desafios enfrentados pela Intel e a necessidade de se adaptar a um ambiente de mercado em rápida mudança.

Esses eventos sublinham a vulnerabilidade do setor de tecnologia às mudanças nas expectativas dos investidores e às pressões econômicas mais amplas, destacando a necessidade de monitorar de perto os desenvolvimentos dentro das principais empresas do setor.

A interação entre as políticas monetárias dos mercados emergentes e a postura do Fed é um equilíbrio delicado. Os bancos centrais do Brasil e do México estão enfrentando desafios ao tentar equilibrar a necessidade de controlar a inflação com a necessidade de promover o crescimento econômico, enquanto lidam com a influência significativa das decisões do Fed. A capacidade de ajustar e adaptar suas políticas em resposta às condições globais será crucial para navegar por esses desafios econômicos complexos. A manutenção de taxas altas pelo Fed pode fortalecer o dólar, enfraquecendo as moedas dos mercados emergentes, como o real brasileiro e o peso mexicano. Isso já aumentou a pressão inflacionária nesses países, já que os produtos importados se tornaram mais caros, com o câmbio no Brasil cotado em US$ 5,73.

As seleções semanais de operações “short” da QWERTYING em 2024 apresentaram resultado acumulado tecnicamente empatado com o índice de referência Ibovespa. Na semana de 26/07 a 02/08, o Ibovespa registrou uma queda de -1,28%. Das cinco ações sugeridas pela equipe, três subiram (ASAI3 3,34%, RRRP3 3,14%, SUZB3 2,30%) e duas tiveram queda (SMFT3 -2,64%, GOAU4 -4,41%), resultando em um saldo líquido positivo de 0,39%, portanto, melhor que o desempenho do Ibovespa.

Arte Gráfica – jan24 a ago24

Em 2024, o desempenho do Ibovespa tem melhorado o humor dos investidores, mas ainda apresenta um resultado medíocre entre as bolsas do mundo, com uma queda de 2,37% no ano. Esse resultado é atribuído a desafios fiscais locais e à falta de entusiasmo com o início do ciclo de corte de juros, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A equipe da QWERTYING está comprometida em identificar tendências de preço dos ativos de risco, apesar dos desafios, especialmente diante dos conflitos geopolíticos e da recente tragédia humanitária causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Esses eventos impactam significativamente os ativos de risco, potencialmente resultando na retirada de capital estrangeiro em busca de proteção.

Estamos monitorando de perto os impactos da redução nos rendimentos dos Treasuries, que até agora têm sido desfavoráveis, enquanto a curva de juros continua a se inclinar para cima. Este artigo é particularmente relevante para investidores interessados em oportunidades na Bovespa. Através da análise semanal das “Escolhas da equipe QWERTYING”, oferecemos uma visão abrangente das ações com desempenho positivo e negativo desde janeiro de 2020, em uma carteira composta por quarenta empresas acompanhadas, fornecendo uma base sólida para suas decisões de investimento.

Mantivemos uma perspectiva otimista em relação aos ativos brasileiros, assumindo riscos substanciais. Com o índice Ibovespa fixado em 127 mil pontos, os investidores que seguiram nossas orientações proporcionaram ganhos significativos no ciclo de 2023, especialmente em operações “short” com duração de cinco dias. No entanto, em 2024, nossos resultados ainda apresentam um acumulado de 3,98%, ante um Ibovespa negativo de -2,37%. A seguir, apresentamos uma análise detalhada de cinco ações (dentre as 40 que acompanhamos) atualmente subvalorizadas na Bovespa. Esses ativos demonstram um potencial considerável para se tornarem excelentes adições à carteira de investimentos, destacando-se pela capacidade de gerar lucros em um horizonte de até dois anos.

Análise Detalhada de Cinco Ações com Bom Potencial de Compra na Bovespa

Neste artigo, realizaremos uma análise aprofundada de cinco ações atualmente listadas na Bovespa, destacando a tendência de desvalorização que pode atrair investidores em busca de oportunidades em empresas com potencial de recuperação. Avaliaremos o desempenho de cada empresa em diferentes períodos, calculando a média mensal de perda de valor nominal investido.

1. Stone (STOC31)

A Stone, uma fintech brasileira, tem passado por uma reforma na gestão e está expandindo sua plataforma de banking. Nos últimos seis meses, a ação sofreu uma desvalorização de 17%, resultando em uma média mensal de 2,8%. Apesar da penalização recente, a ação está subvalorizada, oferecendo uma oportunidade de compra com a esperada queda dos juros, que pode favorecer a recuperação da empresa.

2. Suzano S.A. (SUZB3)

A empresa se destaca no setor de commodities como um produtor de menor custo. Nos últimos quatro meses, a ação caiu 10%, resultando em uma média mensal de 2,6%. Seus pontos relevantes incluem:

a) Expansão do Projeto Cerrado: A conclusão da expansão do Cerrado, com previsão de início de produção no segundo semestre de 2024, reforça a abordagem da empresa de otimização de custos por meio de um projeto de alto retorno. A taxa interna de retorno (TIR) desse projeto é superior ao custo de capital em diferentes cenários.

b) Valuation Atrativo: A empresa apresenta uma avaliação atraente em diferentes métricas, como um FCF Yield de aproximadamente 11% para 2025 e um múltiplo EV/EBITDA de 5,3x para 2024, excluindo o projeto Cerrado. Este múltiplo representa um desconto de 25% em relação à média histórica de 7,0x.

Diante desses fatores, Suzano se apresenta como uma opção atraente para os investidores que buscam exposição ao mercado de celulose com uma empresa eficiente em custos e bem posicionada para capturar valor em um cenário de preços favoráveis.

3. Assaí (ASAI3)

A Sendas Distribuidora, operando como Assaí, registrou uma desvalorização de 42% nos últimos dezoito meses, resultando em uma média mensal de queda de 2,3%. A companhia opera no Brasil sob a bandeira “Assaí” e é atualmente o maior player puro no segmento de cash and carry. Apesar da queda das ações no acumulado do ano, impactada também pela desaceleração da inflação dos alimentos, o Assaí tem apresentado um desempenho superior aos seus principais concorrentes, mostrando boa recuperação pós-pandemia. Além disso, o Assaí tem sido beneficiado por diversos fatores:

a) Conversões do Hipermercado Extra: Os efeitos iniciais positivos das conversões do hipermercado Extra para o formato atacarejo têm mostrado maior crescimento.

b) Redução da Alavancagem: Potencial redução da alavancagem nos próximos trimestres. A alavancagem foi gerada para financiar o negócio com o GPA e a conversão das lojas, mas com as lojas prontas e maduras, a geração de caixa deverá beneficiar esse cenário.

Diante desses fatores, temos uma recomendação de compra para o Assaí.

4. Cosan S.A. (CSAN3)

O grupo Cosan, o maior fabricante de etanol e exportadora de cana-de-açúcar do mundo, também é a maior operadora de ferrovia da América Latina e mantém a liderança na distribuição de gás natural e de combustíveis e lubrificantes no Brasil. Sofreu uma desvalorização de 40% ao longo de trinta e um meses, com média mensal de 1,3%. O que merece a nossa recomendação de compra.

5. Lojas Renner (LREN3)

As Lojas Renner registraram uma desvalorização de 59% ao longo de quarenta e sete meses, com uma média de queda mensal de 1,3%. A recomendação de compra baseia-se na perspectiva de melhoria gradual na rentabilidade e no potencial de crescimento, especialmente com a possível redução das taxas de juros, beneficiando seu negócio de financiamento ao consumidor.

Ações com Potencial de Realização de Lucros

Agora, se você mantém posições nos ativos mencionados a seguir, é aconselhável ponderar a possibilidade de realizar lucros por meio de vendas ou recompor a carteira. Apresentamos cinco ações que vivenciaram notáveis aumentos de valor nos últimos dois anos e meio, criteriosamente selecionadas pela equipe da QWERTYING através da Bovespa.

1. Direcional Engenharia (DIRR3)

A Direcional Engenharia registrou uma valorização de 99% em dezoito meses, correspondendo a um aumento médio de 5,5% por mês. Essa performance faz da empresa uma das melhores em retorno de valor investido entre as quarenta ações que nossa equipe acompanha.

2. Embraer (EMBR3)

Ao longo de dezessete meses, a Embraer experimentou um crescimento expressivo de 90%, com um aumento médio mensal de 5,3%. Diante dessa rara valorização dentre os ativos brasileiros, alguns investidores podem considerar a realização de lucros e a busca por novas oportunidades de investimento.

3. Sabesp (SBSP3)

A Sabesp valorizou-se em 84% em dezessete meses, apresentando um aumento médio de 5,0% por mês. Dada a magnitude dessa valorização, pode ser oportuno considerar estratégias de venda para capitalizar os lucros acumulados ao longo desse período.

4. Petrobras (PETR4)

A Petrobras testemunhou um aumento significativo de 66% em quinze meses, com uma média mensal de 4,4%. Considerando esse crescimento substancial, é prudente avaliar a venda para realizar os lucros acumulados. Adicionalmente, a empresa está sob pressão do governo federal, seu maior acionista, para não distribuir lucros, o que pode impactar negativamente os acionistas minoritários.

5. Smartfit (SMFT3)

A Smartfit, uma rede de academias de ginástica que atua em 13 países da América Latina e conta com 928 academias, valorizou-se em 36% em dezesseis meses, representando 2,2% de média mensal. Dado o resultado relevante, é uma opção para realização de lucro caso o investidor queira trocar de ativo em sua carteira.

Operações Short’s Semanais.

ESCOLHAS “QWERTYING” – 02/08/24 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo:
ATIVOSDataPreço de EntradaPreço JustoPotencial de valorização
1CSAN305/08/2413,0031,80143,31%
2PETR405/08/2435,7845,1026,05%
3STOC3105/08/2471,5284,0017,45%
4TRAD305/08/243,564,0012,36%
5EMBR305/08/2439,3142,006,84%

Conclusão

No dinâmico cenário financeiro atual, a adaptação constante é essencial para o sucesso. Manter-se atualizado sobre novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias é crucial para navegar com êxito em um mercado em contínua evolução.

Vale destacar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2020 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por diversos fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.

Ao ingressar no mercado de ações, é fundamental adotar uma abordagem informada, prudente e paciente. Recomenda-se buscar orientação de um especialista em investimentos para conselhos personalizados, considerando a situação financeira e os objetivos individuais de investimento.

Muitos ativos atualmente apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com fundos que não precisarão ser usados nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial manter uma abordagem paciente e monitorar cuidadosamente o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se mantê-los na carteira é a decisão mais adequada ou se a venda é mais vantajosa.

É fundamental compreender que as informações fornecidas são apenas isso – informações. Elas devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.

Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.

Investir em ações na Bovespa ou no mercado global apresenta riscos substanciais, mas também oferece a oportunidade de obter ganhos expressivos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela aliada à busca constante por conhecimento é fundamental para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.

Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”

Suzano S.A. (SUZB3)

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose de mercado, detendo 30% do market share de celulose de fibra curta, e uma das maiores produtoras de papel da América Latina. A empresa está dividida em dois segmentos principais:

Divisão de Celulose: Representa cerca de 90% do Ebitda total.

Divisão de Papel: Representa os 10% restantes do Ebitda total.

Mais de 80% do faturamento total da Suzano provém das exportações para mais de 108 países, com produtos essenciais para higiene, educação e bem-estar da sociedade. Com suas 11 fábricas e a operação conjunta Veracel, a empresa possui uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papel por ano. A Suzano conta com mais de 37 mil colaboradores diretos e indiretos e, há mais de 90 anos, investe em soluções inovadoras baseadas em árvores plantadas.

Em 2019, a Suzano fundiu-se com a Fibria, em uma das transações mais marcantes do setor de papel e celulose. Após a fusão, a Suzano triplicou sua capacidade de produção de celulose, embora a alavancagem resultante tenha restringido a capacidade de crescimento da empresa por alguns anos. Em 2021, a empresa iniciou uma nova fase de crescimento com o Projeto Cerrado, que envolve a construção de uma nova fábrica de celulose de mercado, com entrada em operação prevista para o segundo semestre de 2024 e capacidade de produção anual de 2,55 milhões de toneladas. Além disso, em 2022, a Suzano aumentou sua exposição no setor de tissue ao adquirir as operações da Kimberly Clark Brasil.

A Suzano também é reconhecida por seus projetos de inovação e sustentabilidade, incluindo melhoramento genético, proteção de cultivos, biomassa, entre outros. A empresa possui ampla pesquisa por meio de seus centros de tecnologia, que utilizam laboratórios internos, plantas piloto e equipamentos de última geração para fornecer soluções inovadoras e sustentáveis.

Desejamos a você ótimos negócios e sucesso em suas decisões de investimento!

EQUIPE QWERTYING, 02 de agosto de 2024

COMPARTILHAR:

Facebook
Twitter
LinkedIn

ARTIGOS RELACIONADOS:

Autor:

Assine A Nossa Newsletter

Informe o seu nome e email