Caro Leitor
Temos a satisfação de apresentar os resultados da semana de 26 a 30 de maio de 2025, período em que nossa carteira de swing trade sofreu pequena retração em um cenário muito negativo aos ativos brasileiros. No encerramento do pregão de 30 de maio de 2025, o Ibovespa, principal índice da B3, finalizou as negociações em 137.027 pontos, registrando uma desvalorização semanal de 0,58%.
Nossa carteira de swing trade apresentou um importante acréscimo consolidado de 2,95%, em acima do benchmark do mercado. Das cinco ações selecionadas, três registraram desempenho positivo, e uma ficou não moveu:
AZZA3: lucrou 14,08%
NTCO3: retorno de 1,55%
RADL3: subiu 1,23%
CYRE3: ficou neutra 0,00%
Apenas um ativo apresentou resultado negativo:
BBAS3: prejuízo de 4,10%
No geral, a carteira fechou a semana com um prejuízo de 2,95%. Apesar do cenário desafiador, AZZA3 se destacou, proporcionando um retorno de 14,08% na semana, reforçando a importância de monitorar de perto as tendências do mercado.
Em nossa carteira de longo prazo, ressaltamos de novo o desempenho importante da AZZA3, que só neste mês valorizou 38,66%, reiterando seu potencial como um investimento estratégico mesmo em cenários de maior volatilidade.
No acumulado de 2025, nossas estratégias de swing trade proporcionaram um retorno de 15,97%, relativamente acima do Ibovespa, que acumula alta de 13,17% no mesmo período.
Continuamos comprometidos em identificar as melhores oportunidades do mercado, combinando análise técnica rigorosa e visão fundamentalista para maximizar seus resultados.
Demonstração Gráfica janeiro/25 a maio/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades
Resumo do Mercado – Até a última semana
O acordo comercial entre Estados Unidos e China está ameaçado de não se concretizar. O presidente Donald Trump, junto com seu representante de comércio, fez duras críticas a Pequim por não cumprir as obrigações assumidas. A demora da China nas exportações de terras raras tem intensificado as acusações dos EUA de que os chineses estão descumprindo o pacto, segundo informou o The Wall Street Journal.
Trump deve discursar em um comício realizado em uma siderúrgica próxima a Pittsburgh. Investidores, trabalhadores da indústria e autoridades políticas aguardam que ele apresente mais informações sobre as condições que pretende impor para aprovar a venda da U.S. Steel para a japonesa Nippon Steel — negócio que ele vem descrevendo como uma “parceria”.
As ações da Ulta Beauty dispararam 12%, após a rede de cosméticos e perfumes divulgar vendas superiores às projeções no primeiro trimestre e revisar para cima suas expectativas para o ano. Foi o papel com melhor desempenho no S&P 500 no dia. Por outro lado, a Regeneron Pharmaceuticals teve queda de 19%, liderando as perdas do índice, depois que dois testes de fase avançada de um de seus medicamentos experimentais entregaram resultados apenas parcialmente satisfatórios.
No ambiente doméstico
“Os investidores institucionais estrangeiros estão retomando suas aplicações no Brasil. Com o dólar em patamar mais baixo e a taxa Selic mantida no nível mais elevado do ciclo, o ambiente econômico se mostra mais favorável, estimulando o ingresso de capital externo. Somente até maio, a bolsa brasileira já recebeu um aporte de R$ 21 bilhões provenientes de investidores estrangeiros.”
“A elevação das tarifas acende um alerta entre políticos e economistas, que veem como um erro estratégico o Brasil não intensificar negociações com os Estados Unidos. As medidas impactam diretamente o poder de compra do consumidor americano, enquanto o superávit comercial brasileiro com os EUA mantém-se historicamente consistente e positivo.”
Na quarta-feira, o Ibovespa interrompeu uma sequência de três pregões consecutivos de alta. A divulgação de dados econômicos no Brasil, os debates em torno do IOF e as dúvidas sobre o cenário fiscal interno levaram os investidores a adotarem uma postura mais cautelosa, resultando em um mercado com movimentação lateral.
Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3
Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da recente tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.
Natura Cosméticos S.A. (NTCO3)
A Natura é uma das principais empresas brasileiras do setor de higiene e beleza, reconhecida pelo compromisso com práticas ambientais sustentáveis, valorizando matérias-primas naturais e incentivando o comércio justo com cooperativas da Amazônia. Após tentativas recentes de reestruturação – incluindo a nomeação de Fabio Barbosa como presidente da holding –, os resultados do quarto trimestre de 2024 não atenderam às expectativas. Agora, João Paulo Ferreira, CEO da marca, assume o comando do grupo na nova reorganização anunciada. Com desvalorização acumulada de 77% em 47 meses (equivalente a 1,6% de queda média mensal), NTCO3 passa a ser negociada a um patamar bastante atrativo para novos aportes.
Cosan S.A. (CSAN3)
A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 58% em 53 meses (queda média de 1,1% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.
Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)
Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 56% em 52 meses (média de 1,1% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.
Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 53% nos últimos 51 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 1,1%.
Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)
AZZA3 acumula uma baixa de 40% em 46 meses, com média de desvalorização mensal de 0,9%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.
Agora, caso você possua posições nos ativos abaixo, é recomendável avaliar a realização de lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo uma reestruturação de portfólio. A equipe da QWERTYING, com base na análise da B3, selecionou cinco ações que entregaram retornos expressivos nos últimos quatro anos e meio:
Cury (CURY3)
A Cury é uma empresa subsidiária da Cyrela, especializada no desenvolvimento de empreendimentos residenciais voltados para o público de baixa renda. Fundada em 7 de maio de 1963, passou a se chamar Cury Construtora e Incorporadora em 2007, após a formação de uma joint venture entre a Cyrela e a Cury Empreendimentos. Esse ativo já acumula um retorno de 278% no período de 46 meses, numa excelente média mensal de 6,1%.
Direcional Engenharia (DIRR3)
A Direcional apresentou uma valorização de 206% no período de 53 meses, mantendo uma média de 3,9% de alta mensal. A empresa se destaca no mercado da B3 pela excelente taxa de retorno sobre o capital investido, o que reforça a oportunidade para realização parcial de lucros após tamanha valorização.
PetroRio (PRIO3)
A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 53 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 162%, com média mensal de 3,1%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.
Caixa Seguridade (CXSE3)
Fundada em 2015 como subsidiária da Caixa Econômica Federal, a Caixa Seguridade opera em diversos ramos do setor de seguros, incluindo Habitacional, Prestamista, Vida e Residência. O ativo acumula alta de 108% em 47 meses, com retorno médio mensal de 2,3%. Esse forte desempenho sugere que o papel já atingiu maturidade para eventuais liquidações, especialmente para investidores interessados em rebalancear a carteira ou acessar recursos.
Banco do Brasil (BBAS3)
Se você acredita nas perspectivas de crescimento contínuo do Banco do Brasil e tem um portfólio diversificado, manter um investimento parcial pode ser vantajoso. Entretanto, realizar lucros e procurar novas oportunidades também pode ser uma decisão sábia. O Banco do Brasil registrou um crescimento notável de 75% em 53 meses, com uma média mensal de 1,4%.
Operações “Swing Trade” Semanais.
ESCOLHAS “QWERTYING” – 30/05/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo: | |||||
ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Alvo | Potencial de valorização | |
1 | SUZB3 | 02/06/25 | 49,65 | 92,00 | 85,30% |
2 | BRSF3 | 02/06/25 | 20,30 | 29,20 | 43,84% |
3 | BBAS3 | 02/06/25 | 23,42 | 36,69 | 56,66% |
4 | VALE3 | 02/06/25 | 52,10 | 66,00 | 26,68% |
5 | CURY3 | 02/06/25 | 28,66 | 37,00 | 29,10% |
Conclusão
No atual e dinâmico cenário financeiro, a adaptação contínua é fundamental para alcançar o sucesso. Acompanhando novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias, investidores podem navegar com mais eficácia através de um mercado em constante evolução.
É importante lembrar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2021 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.
Para ingressar no mercado de ações de maneira eficaz, é essencial adotar uma abordagem informada, cautelosa e paciente. Buscar orientação de um especialista em investimentos é recomendado para conselhos personalizados, com base na situação financeira individual e nos objetivos de investimento.
Atualmente, muitos ativos apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com capital que não precisará ser utilizado nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se a manutenção ou venda é mais vantajosa.
É fundamental entender que as informações fornecidas são meramente informativas e devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.
Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.
Investir em ações na Bovespa ou no mercado global implica riscos substanciais, mas também oferece a possibilidade de ganhos significativos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela, aliada à busca contínua por conhecimento, é essencial para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.
Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”
A seguir, apresentamos uma análise detalhada do panorama de várias empresas brasileiras, destacando como suas estratégias, aquisições e estruturas financeiras estão moldando suas perspectivas em um ambiente macroeconômico desafiador. Vamos examinar algumas das 40 empresas acompanhadas pela equipe QWERTYING:
Grupo SBF (SBFG3):
A operação com caixa líquido é um diferencial importante, especialmente em um cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso haja uma recuperação econômica, a SBFG, dona da Centauro, está bem posicionada para aproveitar o momento e acelerar o crescimento de receita no setor de varejo esportivo.
Cosan (CSN3):
Em fevereiro de 2025, a Cosan enfrentou um trimestre desafiador, reportando um prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões, incluindo R$ 4,7 bilhões em baixas contábeis relacionadas ao investimento na Vale e R$ 2,9 bilhões em provisão para imposto de renda diferido. A cobertura de juros foi de 1,1x nos últimos 12 meses, inferior ao 1,2x do trimestre anterior, devido a menor fluxo de dividendos e maiores custos de juros. Em março de 2025, as ações da Cosan (CSAN3) eram negociadas a R$ 7,76, refletindo uma desvalorização de 50,85% nos últimos 12 meses. Os indicadores financeiros mostravam um Dividend Yield de 5,81%, um índice P/L de -1,54 e um P/VP de 0,37. Atualmente, CSAN3 enfrenta desafios financeiros, com prejuízos significativos e alta alavancagem, mas seu preço descontado pode atrair investidores que acreditam em uma recuperação de longo prazo. (Infomoney).
Equipe QWERTYING, 30 de maio de 2025