As Melhores Oportunidades na Bovespa – Análise 2ª Semana de Abril 2024

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Caro Leitor

O primeiro trimestre de 2024 apresentou resultados decepcionantes para os ativos de risco, com o Ibovespa acumulando uma queda de 5,51%, marcando uma notável reversão da euforia vista no final de 2023. Apesar da grandiosidade do Brasil, os contínuos desafios econômicos e as pressões tanto internas quanto externas resultaram em uma volatilidade incompreensível, levando a uma fuga de capital estrangeiro estimada em R$ 22 bilhões.

Esta queda significativa deixou os ativos de risco com preços descontados, o que alimenta a expectativa de que investidores estrangeiros em breve retornem para especular, como têm feito historicamente. Em meio a essa incerteza, prevê-se que 2024 seja marcado por uma redução nas taxas de juros, tanto a nível nacional quanto internacional. Esta conjuntura torna os ativos de risco mais atraentes, embora o Ibovespa tenha flutuado entre 124.000 e 131.000 pontos, revelando uma notável falta de impulso para superar este período de estagnação.

Além disso, o primeiro bimestre de 2024 testemunhou um aumento notável na distribuição de dividendos por parte das empresas de capital aberto. Os acionistas receberam um total de US$ 5,5 bilhões (equivalente a R$ 27,36 bilhões), seja na forma de dividendos ou Juros sobre Capital Próprio (JCP), superando a marca histórica de US$ 4,4 bilhões (R$ 21,93 bilhões) observada no mesmo período de 2020.

Com a redução da taxa básica de juros no Brasil (Selic) para 10,75%, espera-se que os investimentos em renda variável, como ações, se tornem mais atrativos em comparação aos retornos da renda fixa. Diante desta perspectiva, os investidores locais tendem a buscar alternativas mais rentáveis, especialmente no mercado de ações.

A equipe da QWERTYING realiza pesquisas aprofundadas com o objetivo de compartilhar as oportunidades identificadas em ativos de risco com investidores, com potencial para oferecer retornos positivos tanto a longo prazo (entre dois e cinco anos) quanto a curto prazo (até dois anos). Em um mercado em constante evolução, investidores institucionais, devidamente informados, podem aproveitar esses momentos para obter lucros. Por outro lado, os investidores individuais, muitas vezes sobrecarregados pela falta de tempo para acompanhar os ciclos do mercado, correm o risco de perder oportunidades de investimento em ativos mais seguros e rentáveis. Portanto, as orientações da nossa equipe visam auxiliar os leitores nas decisões de investimento.

Como mencionado anteriormente, de janeiro a março, houve uma retirada de aproximadamente R$ 22 bilhões por parte de investidores estrangeiros da Bolsa de Valores de São Paulo, refletindo o impacto da incerteza política no Brasil. Esta mudança de humor por parte dos estrangeiros, antes acostumados com recordes na bolsa local, ressalta a instabilidade política que, por sua vez, pode afetar negativamente a reputação e desacelerar a economia.

O índice de preço ao produtor (PPI) nos EUA apresentou um aumento de 0,6%, após registrar uma alta de 0,3% em janeiro. Esse crescimento levou os preços pagos aos produtores norte-americanos ao seu patamar mais elevado em seis meses, impulsionado principalmente pelos custos crescentes dos combustíveis e alimentos, destacando uma persistente pressão inflacionária. Em resposta, o mercado financeiro reduziu consideravelmente suas expectativas de um corte de juros por parte do Federal Reserve (FED).

No Brasil, é provável que o Banco Central adote uma abordagem semelhante, segurando um pouco mais a trajetória de redução das taxas de juros. Esta postura pode ser uma resposta à persistência da inflação ou às pressões inflacionárias decorrentes de aumentos nos preços de commodities ou outros fatores externos.

Enquanto a expectativa inicial de cortes de juros mais rápidos impulsionou os preços dos ativos de risco, a revisão dessa perspectiva pode resultar em ajustes nos valores. Atualmente, prevê-se que os cortes de juros ocorram, porém em um ritmo mais gradual do que inicialmente antecipado, o que pode ter implicações em diversos setores da economia.

O ano de 2024 se delineia como um período caracterizado pela redução das taxas de juros globalmente, reconfigurando o cenário de ativos para proporcionar retornos sólidos aos investidores. Os cortes nas taxas de juros, tanto no Brasil quanto nos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, são eventos raros e positivos, indicando a possibilidade de o Ibovespa manter sua trajetória ascendente, potencialmente superando recordes e atingindo a estimativa de 142 mil pontos. Com a flexibilização monetária e o ciclo de queda de juros tanto no Brasil quanto no exterior, os investimentos em renda fixa tornam-se menos atrativos em comparação com as oportunidades em renda variável, como ações.

No contexto nacional, o ano de 2024 estará fortemente ligado à política fiscal do governo Lula, que atingiu o recorde de US$ 98,8 bilhões em 2023, representando um aumento de 60,6% em relação ao ano anterior. Nos Estados Unidos, ao longo de 2023, os bancos regionais enfrentaram desafios significativos que quase resultaram na quebra do sistema financeiro americano. Nesse cenário crítico, o Federal Reserve (FED) interveio, restaurando a estabilidade com dados extremamente positivos relacionados à inflação ao consumidor (CPI) e à inflação ao produtor (PPI). Surpreendentemente, os pedidos de auxílio-desemprego indicaram uma desaceleração na inflação americana, fortalecendo a perspectiva de que as taxas de juros não devem ultrapassar os 5% em breve.

Nos EUA, houve um aumento menor do que o esperado no índice de preços PCE (Personal Consumption Expenditures), que subiu 0,3% de janeiro a fevereiro, em comparação com a expectativa dos economistas de um aumento de 0,4%. No entanto, o núcleo do índice, que exclui os componentes voláteis, também subiu 0,3%. Os mercados de ações e títulos fecharam a semana com sentimento otimista, impulsionado pela crença de que o Federal Reserve (FED) pode conter a inflação sem causar uma recessão. Esse sentimento positivo ajudou o S&P 500 a alcançar máximos recordes.

Em relação aos títulos do tesouro dos EUA, a nota de referência do Tesouro de 10 anos fechou em 4,192% na tarde de quinta-feira, ligeiramente abaixo dos 4,195% do dia anterior. Este cenário sugere um equilíbrio delicado entre o controle da inflação e a sustentação do crescimento econômico, com os investidores observando de perto as políticas do FED e as movimentações nos mercados financeiros.

O aumento do desemprego na China pelo terceiro mês consecutivo, conforme relatado, é uma preocupação significativa. Embora os dados econômicos recentes mostrem sinais positivos, como o aumento da produção industrial e o investimento em fábricas, o aumento da taxa de desemprego indica que a recuperação econômica pode não estar sendo distribuída de forma equitativa.

O retorno da taxa oficial de desemprego ao nível de julho, após aumentos em dezembro e janeiro, sugere uma reversão de quase meio ano de progresso constante no mercado de trabalho. Isso pode ter implicações para o consumo interno, pois os trabalhadores desempregados têm menos capacidade de gastar, o que poderia afetar negativamente outros setores da economia.

No cenário econômico brasileiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2023 em 4,62%. As projeções para a inflação em 2024 indicam um valor de 3,7%, enquanto para 2025, a expectativa é de 4,0%. No que diz respeito à Taxa Selic, as projeções apontam para 9,00% em 2024, marcando o final do ciclo de cortes.

Nossas escolhas semanais – 14 semanas – de operações “short” em 2024 vêm apresentando resultados menores que o do “benchmark” Ibovespa. Na última semana, o Ibovespa teve uma queda de -0,99%. Das cinco ações sugeridas pela equipe QWERTYING, apenas uma  registrou pequena alta  (CPLE6 0,93%)  e quatro registraram quedas ( TGMA3 -1,12%, EQTL3 -2,33%, HYPE3 -5,56%, SIMH3 -6,53%). Isso resultou em um saldo líquido negativo de -2,99%%, em comparação com o desempenho do Ibovespa, que teve uma queda de -0,99%.

O primeiro trimestre do ano não atendeu às expectativas dos investidores mais otimistas para as ações, com o índice Ibovespa acumulando uma queda de -5,51% em 2024. Esse desempenho é atribuído a questões locais, como os desafios fiscais no Brasil, e ao fraco entusiasmo em relação ao início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. A equipe QWERTYING busca acertar a tendência do preço dos ativos de risco, não está sendo fácil.

Figura gráfica – jan24 a mar24.

Estamos atentos aos impactos da redução nos rendimentos dos Treasuries, que, até o momento, têm sido favoráveis, enquanto a curva de juros continuou a declinar em toda a sua estrutura a termo. Este artigo é especialmente relevante para investidores interessados em oportunidades na Bovespa. Através da análise semanal das “QWERTYING Dicas”, proporcionamos uma visão abrangente das ações com desempenho positivo e negativo desde janeiro de 2020, oferecendo uma base sólida para suas decisões de investimento.

Ao longo do tempo, mantivemos uma perspectiva otimista em relação aos ativos brasileiros, assumindo riscos mais substanciais. Atualmente, com o índice Ibovespa fixado em 126 mil pontos, os investidores que seguiram nossas orientações estão conseguindo ganhos  importantes  no ciclo 2023 a 2024, especialmente em operações “short” com duração de cinco dias.

A seguir, realizaremos uma análise detalhada de cinco ações atualmente subvalorizadas na Bovespa. Esses ativos apresentam um potencial considerável para se tornarem excelentes adições à sua carteira de investimentos, destacando-se pela capacidade de gerar lucros em um horizonte de até dois anos.

Análise Detalhada de Cinco Ações com Bom Potencial de Compra na Bovespa:

Neste artigo, realizaremos uma análise detalhada de cinco ações atualmente listadas na Bovespa, destacando uma tendência de desvalorização que pode atrair investidores em busca de oportunidades em empresas com potencial de recuperação. Vamos examinar o desempenho de cada empresa em diferentes intervalos de tempo, calculando a média mensal correspondente de perda de valor nominal investido.

1. Intelbras (INTB3)

   A Intelbras (INTB3) experimentou uma desvalorização significativa de 24% nos últimos onze meses, com uma média mensal de depreciação de 2,2%. Reconhecida como a principal fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica, painéis de sistemas solares e sistemas de comunicação, a Intelbras busca expandir sua atuação, o que pode impulsionar sua recuperação. A exclusividade no mercado brasileiro para soluções de internet reforça a atratividade do ativo, respaldando nossa sugestão de compra.

2. Centauro Grupo SBF (SBFG3)

   O Grupo SBF (SBFG3), associado à Centauro, enfrentou uma desvalorização considerável de 45% ao longo de vinte e sete meses, exibindo uma média mensal de queda de 1,5%. Dado seu papel destacado no setor esportivo no Brasil, a Centauro tem o potencial de se recuperar à medida que supera os desafios, especialmente relacionados ao ajuste de estoques acumulados. Apesar do momento desafiador na bolsa, a atratividade do grupo pode proporcionar bons retornos, justificando nossa recomendação de compra.

3. Lojas Renner (LREN3)

   A Lojas Renner (LREN3) registrou uma desvalorização de 62% ao longo de quarenta e três meses, com uma média de queda mensal de 1,4%. Considerando sua presença consolidada no mercado varejista de moda, a empresa pode se recuperar à medida que a confiança do consumidor aumenta. Apesar do período desafiador, a atratividade da Lojas Renner sugere um potencial de retorno, justificando nossa recomendação de compra.

4. Vale SA (VALE3)

   O Vale SA é uma empresa brasileira que atua nos setores de mineração, logística, energia e siderurgia, criada como em 1942. Ela vem sofrendo uma desvalorização interessante de 36% nos últimos trinta e um meses, apresentando uma média mensal de queda de 1,2%. Portanto, nossa recomendação é de COMPRA.

5. Santander BR (SANB11)

   O Santander Brasil é o único banco internacional com escala no país, sendo o terceiro maior banco privado, enfrentou uma desvalorização significativa de 38% nos últimos trinta e cinco meses, apresentando uma média mensal de queda de 1,1%. Portanto, nossa recomendação é de COMPRA.

Cinco ações que merecem consideração para venda, dada a expressiva valorização na Bovespa:

Se você mantém posições nos ativos mencionados a seguir, é aconselhável ponderar a possibilidade de realizar lucros por meio de vendas ou recompor a carteira. Apresentamos agora cinco ações que vivenciaram notáveis aumentos de valor nos últimos dois anos, criteriosamente selecionadas pela equipe da QWERTYING através da BOVESPA.

1. Petrobras (PETR4)

A Petrobras (PETR4) testemunhou um marcante aumento de 50% em onze meses, registrando uma média mensal de 4,6%. Diante desse crescimento substancial, é prudente considerar a oportunidade de vender e colher os lucros acumulados durante esse período.

2. Petrorio (PRIOR3)

A Petrorio (PRIOR3) apresentou uma notável valorização de 50% em doze meses, com um incremento médio mensal de 4,2%. Para aqueles que obtiveram ganhos substanciais em um período relativamente curto, pode ser sensato considerar a venda para assegurar os lucros conquistados.

3. Direcional Engenharia (DIRR3)

A Direcional Engenharia (DIRR3) registrou uma valorização de 57% em quatorze meses, correspondendo a um aumento médio de 4,1% por mês. Nossa campeã em retorno de valor investido, dentre as quarenta que nossa equipe acompanha.

3. Tegma (TGMA3)

Ao longo de treze meses, a Tegma (TGMA3) experimentou um expressivo crescimento de 50%, com um aumento médio mensal de 3,8%. Diante desse rápido aumento de valor, alguns investidores podem estar considerando a possibilidade de realizar lucros e explorar outras oportunidades de investimento.

5. BTG Pactual (BPAC11)

O BTG Pactual Banco (BPAC11) valorizou-se em 67% em trinta meses, apresentando um aumento médio de 2,3% por mês. Dada a magnitude dessa valorização, pode ser oportuno considerar estratégias de venda para capitalizar os lucros acumulados ao longo desse período substancial de apreciação.

DICAS “QWERTYING” – 05/04/2024 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “curto prazo”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo:
ATIVOS Data Preço de Entrada Preço Justo Potencial de valorização 
SIMH308/04/24 7,0118,40162,42% 
CSAN308/04/24 15,2731,80108,25% 
ARZZ308/04/24 56,9990,0057,92%
ASAI308/04/24 13,7319,0038,38% 
GMAT308/04/24 8,229,009,49% 

Conclusão:

O contexto dinâmico do mercado financeiro exige uma adaptação constante, sendo crucial manter-se atualizado sobre as novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias para navegar com sucesso nesse ambiente em constante evolução.

É importante ressaltar que, ao analisar o desempenho passado das ações recomendadas desde janeiro de 2020, não há garantias de resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma ampla gama de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, políticos e situações imprevisíveis, como pandemias.

Ao entrar no mercado de ações, é essencial adotar uma abordagem informada, prudente e paciente. Recomenda-se buscar orientação de um especialista financeiro para conselhos personalizados, considerando a situação financeira e os objetivos de investimento individuais, sempre que possível.

É relevante observar que muitos ativos estão atualmente com preços atrativos. Para investidores com disposição para assumir riscos com fundos não necessários nos próximos um ou dois anos, o momento pode ser oportuno para compras. No entanto, uma abordagem paciente e monitoramento cuidadoso do desempenho desses ativos são imperativos, avaliando posteriormente se mantê-los na carteira de investimentos é a decisão mais adequada ou se a venda é mais vantajosa.

É crucial entender que as orientações fornecidas neste contexto são exatamente isso – orientações. Elas devem ser interpretadas como tal. O investimento no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.

Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.

Investir em ações na Bovespa ou no mercado global apresenta riscos substanciais que podem impactar o capital investido. No entanto, também oferece a oportunidade de obter ganhos expressivos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela aliada à busca constante por conhecimento é fundamental para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.

Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”

Intelbras (INTB3)

A trajetória da Intelbras teve início em 1976, em Santa Catarina, com um enfoque inicial na fabricação de centrais e dispositivos eletrônicos. Atualmente, de acordo com pronunciamento da própria empresa, a Intelbras é reconhecida como a principal fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica e sistemas de comunicação. Alega ter presença em 98% dos municípios com potencial de consumo eletrônico no Brasil, além de exportar para diversas nações. Sua extensa rede de distribuição abrange 370 distribuidores e quase 80 mil revendedores.

Centauro (SBFG3)

A Centauro denominada Grupo SBF  S/A é um grupo empresarial que controla as lojas Centauro, Bytennis, Almax Sports, Studio 78 e, atualmente, firmou um acordo inédito com a Nike para expansão das lojas Nike Store no país. A empresa foi fundada em 1981, em Belo Horizonte, por Sebastião Bomfim Filho.

Desejamos a você ótimos negócios e sucesso em suas decisões de investimento!

EQUIPE QWERTYING, 05/04/24.

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