As Melhores Oportunidades na Bovespa – Análise 2ª Semana de Maio 2025

Caro Leitor

No encerramento do pregão de 9 de maio de 2025, o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou as negociações em 136.512 pontos, somando uma valorização semanal de 1,02%. Entre os dias 5 e 9 de maio, a carteira de swing trade da QWERTYING experimentou uma ligeira retração. Das cinco ações selecionadas para o período, duas se destacaram:

  • CYRE3: crescimento de 7,18%
  • SBFG3: avanço de 5,95%

Por outro lado, três ações apresentaram um desempenho negativo:

  • NTCO3: queda de 3,58%
  • CXSE3: recuo de 4,81%
  • WEGE3: desvalorização de 5,92%

No geral, a carteira fechou a semana com uma retração de 0,21%. Apesar do cenário desafiador, CYRE3 se destacou, proporcionando um retorno de 7,18% na semana, reforçando a importância de monitorar de perto as tendências do mercado.

Na recomendação de carteira a longo prazo, destaca-se o desempenho notável de AZZA3, que, assim como na semana anterior, avançou mais 20,67%. Isso demonstra que, mesmo em períodos turbulentos, surgem oportunidades relevantes para investidores atentos e bem-informados.

No acumulado de 2025, as estratégias de swing trade da QWERTYING têm proporcionado um retorno positivo de 10,06%, acompanhando de perto o Ibovespa, que apresenta alta de 12,77% no mesmo período.

Demonstração Gráfica janeiro/25 a maio/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades

Resumo do Mercado – Até a última semana

Tensões comerciais aumentam: exportações da China aos EUA despencam e Trump cogita nova tarifa

As exportações da China para os Estados Unidos registraram uma queda acentuada em abril, em meio à escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Dados divulgados por Pequim mostram que os embarques chineses para o mercado norte-americano caíram 21% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A retração é atribuída à política tarifária agressiva adotada pela gestão do presidente Donald Trump, que tem forçado a China a redirecionar seu comércio para outros mercados. O movimento, no entanto, vem sendo compensado por avanços expressivos em outras regiões: as exportações chinesas para os países do Sudeste Asiático (Asean) aumentaram 21%, enquanto os envios para a América Latina cresceram 17% e, para a África, dispararam 25%.

Em meio ao aumento das restrições, Trump voltou a alimentar o clima de incerteza ao sugerir, nas redes sociais, a aplicação de uma tarifa de 80% sobre produtos chineses. “Tarifa de 80% sobre a China parece justa! Está nas mãos do Scott B.,” escreveu, referindo-se ao secretário do Tesouro, Scott Bessent. A medida representaria, na prática, uma redução frente às tarifas de até 145% impostas desde o início de seu atual mandato.

As declarações precedem um encontro diplomático marcado para este fim de semana na Suíça, onde autoridades americanas e chinesas buscarão abrir caminho para novas negociações. O principal objetivo, segundo representantes dos dois lados, é conter o aumento das tensões.

Um dos sinais mais claros da importância estratégica dessas conversas é a composição da delegação chinesa. O presidente Xi Jinping determinou o envio de Wang Xiaohong, ministro da Segurança Pública e figura-chave do Conselho de Estado, reforçando a prioridade dada à questão do tráfico de fentanil no diálogo com Washington. A delegação será liderada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, um dos principais conselheiros econômicos de Xi.

Mercados reagem de forma mista

A incerteza geopolítica teve reflexos variados nos mercados. O índice Dow Jones recuou 0,3% após ganhos iniciais, enquanto o Nasdaq Composite e o S&P 500 encerraram o pregão praticamente estáveis. O destaque ficou por conta de ações de tecnologia, com a Tesla registrando valorização de 4,7%. Na Europa, as bolsas tiveram desempenho levemente positivo, incluindo o índice alemão DAX.

Fed vê economia dos EUA em posição confortável

Apesar das turbulências externas, o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, avaliou que a economia americana segue em uma posição sólida. Em entrevista à Bloomberg TV, Williams afirmou que o banco central está observando atentamente o comportamento dos consumidores, mais do que suas declarações. “O consumidor americano nunca nos decepciona”, declarou.

Segundo ele, os gastos se mantiveram fortes ao longo de 2022, mesmo diante de uma política monetária mais rígida, contrariando previsões de desaceleração. Para Williams, o cenário atual justifica a continuidade de uma abordagem cautelosa em relação às taxas de juros.

“Habemus mercado em alta!” A semana foi marcada por uma série de eventos relevantes, incluindo a surpreendente escolha de um novo Papa — que agitou os noticiários e pegou a todos de surpresa. Nos mercados globais, o clima foi de otimismo, alimentado por diversos fatores positivos. No Brasil, o destaque ficou para a forte valorização dos ativos, impulsionada pela percepção crescente de que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim. O tom mais suave adotado pelo Copom reacendeu as apostas em cortes de juros já em 2025. Esse movimento, somado a um ambiente externo mais favorável, reforçou o apetite dos investidores por ativos de maior risco.

Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3

Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da recente tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.

Natura Cosméticos S.A. (NTCO3)

A Natura é uma das principais empresas brasileiras do setor de higiene e beleza, reconhecida pelo compromisso com práticas ambientais sustentáveis, valorizando matérias-primas naturais e incentivando o comércio justo com cooperativas da Amazônia. Após tentativas recentes de reestruturação – incluindo a nomeação de Fabio Barbosa como presidente da holding –, os resultados do quarto trimestre de 2024 não atenderam às expectativas. Agora, João Paulo Ferreira, CEO da marca, assume o comando do grupo na nova reorganização anunciada. Com desvalorização acumulada de 79% em 47 meses (equivalente a 1,7% de queda média mensal), NTCO3 passa a ser negociada a um patamar bastante atrativo para novos aportes.

Cosan S.A. (CSAN3)

A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 60% em 53 meses (queda média de 1,1% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.

Grupo SBF (SBFG3)

O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 57% nos últimos 51 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 1,1%.

Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)

Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 57% em 52 meses (média de 1,1% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.

Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)

AZZA3 acumula uma baixa de 47% em 46 meses, com média de desvalorização mensal de 1,0%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.

Agora, caso você possua posições nos ativos abaixo, é recomendável avaliar a realização de lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo uma reestruturação de portfólio. A equipe da QWERTYING, com base na análise da B3, selecionou cinco ações que entregaram retornos expressivos nos últimos quatro anos e meio:

Cury (CURY3)

A Cury é uma empresa subsidiária da Cyrela, especializada no desenvolvimento de empreendimentos residenciais voltados para o público de baixa renda. Fundada em 7 de maio de 1963, passou a se chamar Cury Construtora e Incorporadora em 2007, após a formação de uma joint venture entre a Cyrela e a Cury Empreendimentos. Esse ativo já acumula um retorno de 297% no período de 46 meses, numa excelente média mensal de 6,5%.

Direcional Engenharia (DIRR3)

A Direcional apresentou uma valorização de 181% no período de 53 meses, mantendo uma média de 3,4% de alta mensal. A empresa se destaca no mercado da B3 pela excelente taxa de retorno sobre o capital investido, o que reforça a oportunidade para realização parcial de lucros após tamanha valorização.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 53 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 146%, com média mensal de 2,8%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.

Caixa Seguridade (CXSE3)

Fundada em 2015 como subsidiária da Caixa Econômica Federal, a Caixa Seguridade opera em diversos ramos do setor de seguros, incluindo Habitacional, Prestamista, Vida e Residência. O ativo acumula alta de 108% em 47 meses, com retorno médio mensal de 2,3%. Esse forte desempenho sugere que o papel já atingiu maturidade para eventuais liquidações, especialmente para investidores interessados em rebalancear a carteira ou acessar recursos.

Banco do Brasil (BBAS3)

Se você acredita nas perspectivas de crescimento contínuo do Banco do Brasil e tem um portfólio diversificado, manter um investimento parcial pode ser vantajoso. Entretanto, realizar lucros e procurar novas oportunidades também pode ser uma decisão sábia. O Banco do Brasil registrou um crescimento notável de 122% em 53 meses, com uma média mensal de 2,3%.

Operações “Swing Trade” Semanais.

ESCOLHAS “QWERTYING” – 09/05/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo:
ATIVOSDataPreço de EntradaPreço AlvoPotencial de valorização
1RADL312/05/2515,5024,0054,84%
2BRFS312/05/2519,2029,2052,08%
3SMFT312/05/2522,2626,0016,80%
4WEGE312/05/2541,7962,0048,36%
5SLCE312/05/2518,9119,101,00%

Conclusão

No atual e dinâmico cenário financeiro, a adaptação contínua é fundamental para alcançar o sucesso. Acompanhando novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias, investidores podem navegar com mais eficácia através de um mercado em constante evolução.

É importante lembrar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2021 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.

Para ingressar no mercado de ações de maneira eficaz, é essencial adotar uma abordagem informada, cautelosa e paciente. Buscar orientação de um especialista em investimentos é recomendado para conselhos personalizados, com base na situação financeira individual e nos objetivos de investimento.

Atualmente, muitos ativos apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com capital que não precisará ser utilizado nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se a manutenção ou venda é mais vantajosa.

É fundamental entender que as informações fornecidas são meramente informativas e devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.

Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.

Investir em ações na Bovespa ou no mercado global implica riscos substanciais, mas também oferece a possibilidade de ganhos significativos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela, aliada à busca contínua por conhecimento, é essencial para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.

Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”

A seguir, apresentamos uma análise detalhada do panorama de várias empresas brasileiras, destacando como suas estratégias, aquisições e estruturas financeiras estão moldando suas perspectivas em um ambiente macroeconômico desafiador. Vamos examinar algumas das 40 empresas acompanhadas pela equipe QWERTYING:

Grupo SBF (SBFG3):

A operação com caixa líquido é um diferencial importante, especialmente em um cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso haja uma recuperação econômica, a SBFG, dona da Centauro, está bem posicionada para aproveitar o momento e acelerar o crescimento de receita no setor de varejo esportivo.

Cosan (CSN3):

Em fevereiro de 2025, a Cosan enfrentou um trimestre desafiador, reportando um prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões, incluindo R$ 4,7 bilhões em baixas contábeis relacionadas ao investimento na Vale e R$ 2,9 bilhões em provisão para imposto de renda diferido. A cobertura de juros foi de 1,1x nos últimos 12 meses, inferior ao 1,2x do trimestre anterior, devido a menor fluxo de dividendos e maiores custos de juros. Em março de 2025, as ações da Cosan (CSAN3) eram negociadas a R$ 7,76, refletindo uma desvalorização de 50,85% nos últimos 12 meses. Os indicadores financeiros mostravam um Dividend Yield de 5,81%, um índice P/L de -1,54 e um P/VP de 0,37. Atualmente, CSAN3 enfrenta desafios financeiros, com prejuízos significativos e alta alavancagem, mas seu preço descontado pode atrair investidores que acreditam em uma recuperação de longo prazo. (Infomoney).

Equipe QWERTYING, 09 de maio de 2025

ARTIGOS RELACIONADOS:

Autor:

Assine A Nossa Newsletter

Informe o seu nome e email