Caro Leitor,
Apresentamos os resultados de nossa carteira de swing trade referente à semana de 07 a 11 de julho de 2025. Em um cenário de volatilidade para os ativos brasileiros, nossa estratégia não demonstrou resiliência e eficácia, acompanhando a queda do benchmark do mercado.
No encerramento do pregão de 4 de julho de 2025, o Ibovespa, principal índice da B3, finalizou as negociações em 136.187 pontos, registrando uma expressiva desvalorização semanal de 3,59% — resultado que frustrou as expectativas do mercado.
Assim como no futebol, o mercado financeiro é repleto de reviravoltas emocionantes. No primeiro semestre de 2025, testemunhamos uma verdadeira quebra de paradigmas: favoritos tropeçaram enquanto “zebras” ganharam protagonismo. A bolsa brasileira conquistou recordes históricos, ao passo que o dólar perdeu força frente a diversas moedas emergentes, incluindo o nosso real.
“Nossa carteira estratégica de ativos voltada ao swing trade apresentou uma retração consolidada de 5,28%. Esse desempenho reflete o impacto significativo de fatores externos, especialmente a recente decisão do governo americano de aplicar uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, o que gerou forte instabilidade nos ativos do Ibovespa. Ainda assim, reforçamos a consistência de nossa metodologia de análise e seleção, que permanece preparada para identificar oportunidades mesmo em cenários adversos.”
Do portfólio composto por cinco ações cuidadosamente selecionadas, todas registraram retração.
SMFT3: 3,17%
IGTI11: 3,67%
INTB3: 5,56%
RENT3: 6,53%
NATU3: 6,85%
No geral, a carteira fechou a semana com um prejuízo de 5,28%. Diante do cenário complicado na geopolítica, os ativos do setor exportador foram os que mais sofreram o impacto da imposição de tarifa de 50% pelo governo americano, reforçando a importância de monitorar de perto as tendências do mercado.
No acumulado de 2025, nossas estratégias de swing trade proporcionaram um retorno de 19,62%, superando o Ibovespa, que acumula alta de 13,34% no mesmo período.
Continuamos comprometidos em identificar as melhores oportunidades do mercado, combinando análise técnica rigorosa e visão fundamentalista para maximizar seus resultados.
Demonstração Gráfica janeiro/25 a julho/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades
Resumo do Mercado – Até a última semana
Resumo da semana anterior:
Mercados globais avançam, mas Brasil enfrenta barreira tarifária dos EUA
Os contratos futuros das bolsas americanas apontam para uma abertura ligeiramente negativa na semana, mesmo após diversas praças internacionais registrarem ganhos. O Brasil, no entanto, ficou de fora desse movimento positivo: o país enfrenta agora tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. A decisão foi justificada pelo presidente Donald Trump, que citou o julgamento do ex-presidente brasileiro como um dos motivos para a retaliação.
Tensões comerciais entre EUA e Canadá derrubam mercados
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou as tensões comerciais com o Canadá ao anunciar um aumento nas tarifas sobre produtos canadenses. Em uma carta enviada a diversos países, Trump afirmou que, a partir de 1º de agosto, as tarifas aplicadas ao Canadá subirão de 25% para 35%, exceto para os produtos que seguem as regras do Acordo EUA-México-Canadá (USMCA).
A resposta do governo canadense foi firme e causou forte impacto nos mercados financeiros. Os principais índices de Wall Street fecharam em queda. O Dow Jones Industrial Average recuou 279 pontos, ou 0,6%, após perder mais de 300 pontos ao longo da sexta-feira. O S&P 500 caiu 0,3%, enquanto o Nasdaq teve queda de 0,2%.
Expansão econômica não tem prazo de validade, dizem analistas
Investidores costumam se preocupar com a longevidade dos ciclos econômicos, muitas vezes temendo que uma expansão prolongada sinalize um colapso iminente. Mas essa lógica, segundo economistas, não se sustenta. Ao contrário do que ocorre com as pessoas, ciclos de crescimento não envelhecem nem morrem por conta da idade.
Na história econômica americana, houve períodos de forte instabilidade e perdas financeiras profundas, como nas sucessivas crises entre os séculos XVIII e início do XX — as chamadas “pânicos financeiros” de 1785, 1792, 1837, 1873, 1893, entre outras datas marcantes. Hoje, no entanto, crises bancárias e recessões profundas tornaram-se muito mais raras.
Os EUA estão atravessando uma das maiores expansões econômicas de sua história. Antes da pandemia de Covid-19, o país já havia batido recordes. Segundo Jim Reid, chefe de pesquisa macroeconômica do Deutsche Bank, cinco dos sete ciclos mais longos ocorreram nos últimos 43 anos.
Essa mudança não é casual. Desde o controle da inflação e com o avanço da globalização, governos e bancos centrais passaram a ter mais ferramentas — e vontade política — para estimular a economia em momentos de fraqueza. Além disso, crises como as do passado ocorreram antes da criação do Federal Reserve e da adoção de mecanismos de proteção ao sistema financeiro, como o seguro de depósitos e o seguro-desemprego, que hoje funcionam como estabilizadores automáticos.
Ibovespa oscila e cai após declarações de Trump, em um cenário que lembra o temperamento de outro Donald
O Ibovespa começou a semana passada em baixa, após tocar pela primeira vez a marca histórica dos 141 mil pontos. A trajetória, no entanto, foi curta e terminou em queda, num típico movimento de “voo de galinha”. O recuo refletiu a piora no humor dos mercados internacionais diante de declarações controversas do presidente americano, Donald Trump, que voltou a criticar o Brasil e o bloco dos BRICS, reacendendo tensões comerciais. Trump sinalizou aplicar uma tarifa adicional de 10% sobre qualquer país que venha alinhar-se ao bloco.
Curiosamente, o comportamento do mandatário americano remete ao de seu xará mais famoso da ficção: o Pato Donald. Assim como o personagem da Disney, Trump é conhecido por seu temperamento explosivo, reações exageradas diante de contratempos e uma persistência obstinada — mesmo quando os resultados não são os esperados. No fundo, porém, tanto um quanto o outro demonstram lealdade e a intenção, ainda que confusa ou ruidosa, de proteger aquilo que consideram importante — seja o país, no caso do presidente, ou os amigos e familiares, no caso do personagem animado.
Vento hostil sopra de Washington e impõe tarifa de 50% sobre o Brasil, elevando tensão no comércio bilateral
De repente, o vento que sopra da Casa Branca em direção a Brasília trouxe nuvens densas, carregadas com uma tarifa de 50%, deixando o ambiente ainda mais sombrio para as exportações brasileiras. Em meio ao uivo do “lobo ruivo”, a relação comercial, que já enfrentava obstáculos, mergulha em um cenário tétrico.
Se exportar produtos brasileiros para os Estados Unidos já era uma tarefa complexa, agora, após essa nova caçada tarifária, resta ao mundo tentar reagrupar seus “lobos” e buscar novos caminhos no tabuleiro do comércio internacional.
Confira as orientações e saiba como investir com mais segurança.
Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3
Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da recente tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.
Natura Cosméticos S.A. (NATU3)
A Natura é uma das principais empresas brasileiras do setor de higiene e beleza, reconhecida pelo compromisso com práticas ambientais sustentáveis, valorizando matérias-primas naturais e incentivando o comércio justo com cooperativas da Amazônia. Após tentativas recentes de reestruturação – incluindo a nomeação de Fabio Barbosa como presidente da holding –, os resultados do quarto trimestre de 2024 não atenderam às expectativas. Agora, João Paulo Ferreira, CEO da marca, assume o comando do grupo na nova reorganização anunciada. Com desvalorização acumulada de 77% em 49 meses (equivalente a 1,6% de queda média mensal), NATU3 passa a ser negociada a um patamar bastante atrativo para novos aportes.
Cosan S.A. (CSAN3)
A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 67% em 55 meses (queda média de 1,2% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.
Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)
AZZA3 acumula uma baixa de 51% em 48 meses, com média de desvalorização mensal de 1,1%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.
Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 55% nos últimos 53 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 1,0%.
Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)
Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 56% em 55 meses (média de 1,0% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.
Agora, caso você possua posições nos ativos abaixo, é recomendável avaliar a realização de lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo uma reestruturação de portfólio. A equipe da QWERTYING, com base na análise da B3, selecionou cinco ações que entregaram retornos expressivos nos últimos quatro anos e meio:
Cury (CURY3)
A Cury é uma empresa subsidiária da Cyrela, especializada no desenvolvimento de empreendimentos residenciais voltados para o público de baixa renda. Fundada em 7 de maio de 1963, passou a se chamar Cury Construtora e Incorporadora em 2007, após a formação de uma joint venture entre a Cyrela e a Cury Empreendimentos. Esse ativo já acumula um retorno fabuloso de 292% no período de 48 meses, numa excelente média mensal de 6,1%.
Direcional Engenharia (DIRR3)
A Direcional apresentou uma valorização de 209% no período de 55 meses, mantendo uma média de 3,8% de alta mensal. A empresa se destaca no mercado da B3 pela excelente taxa de retorno sobre o capital investido, o que reforça a oportunidade para realização parcial de lucros após tamanha valorização.
PetroRio (PRIO3)
A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 55 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 187%, com média mensal de 3,4%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.
Caixa Seguridade (CXSE3)
Fundada em 2015 como subsidiária da Caixa Econômica Federal, a Caixa Seguridade opera em diversos ramos do setor de seguros, incluindo Habitacional, Prestamista, Vida e Residência. O ativo acumula alta de 106% em 49 meses, com retorno médio mensal de 2,2%. Esse forte desempenho sugere que o papel já atingiu maturidade para eventuais liquidações, especialmente para investidores interessados em rebalancear a carteira ou acessar recursos.
Eucatex (EUCA4)
Em 2024, a Eucatex apresentou um crescimento significativo em suas receitas líquidas, alcançando R$ 1.091 milhões, o que representa um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de tintas, pisos e portas, além de uma gestão estratégica eficiente e posicionamento nos pontos de venda. A Eucatex S/A registrou um crescimento notável de 109% em 48 meses, com uma média mensal de 2,3%. Entretanto, realizar lucros agora pode ser uma decisão sábia.
Operações “Swing Trade” Semanais.
ESCOLHAS “QWERTYING” – 11/07/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo: | |||||
ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Alvo | Potencial de valorização | |
1 | AZZA3 | 11/07/25 | 35,68 | 55,00 | 54,15% |
2 | CSAN3 | 11/07/25 | 6,38 | 18,50 | 189,97% |
3 | RADL3 | 11/07/25 | 13,77 | 17,00 | 23,46% |
4 | EUCA4 | 11/07/25 | 17,17 | 19,00 | 10,66% |
5 | PSSA3 | 11/07/25 | 52,35 | 58,00 | 10,79% |
Conclusão
No atual e dinâmico cenário financeiro, a adaptação contínua é fundamental para alcançar o sucesso. Acompanhando novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias, investidores podem navegar com mais eficácia através de um mercado em constante evolução.
É importante lembrar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2021 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.
Para ingressar no mercado de ações de maneira eficaz, é essencial adotar uma abordagem informada, cautelosa e paciente. Buscar orientação de um especialista em investimentos é recomendado para conselhos personalizados, com base na situação financeira individual e nos objetivos de investimento.
Atualmente, muitos ativos apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com capital que não precisará ser utilizado nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se a manutenção ou venda é mais vantajosa.
É fundamental entender que as informações fornecidas são meramente informativas e devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.
Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.
Investir em ações na Bovespa ou no mercado global implica riscos substanciais, mas também oferece a possibilidade de ganhos significativos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela, aliada à busca contínua por conhecimento, é essencial para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.
Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”
A seguir, apresentamos uma análise detalhada do panorama de várias empresas brasileiras, destacando como suas estratégias, aquisições e estruturas financeiras estão moldando suas perspectivas em um ambiente macroeconômico desafiador. Vamos examinar algumas das 40 empresas acompanhadas pela equipe QWERTYING:
Grupo SBF (SBFG3):
A operação com caixa líquido é um diferencial importante, especialmente em um cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso haja uma recuperação econômica, a SBFG, dona da Centauro, está bem posicionada para aproveitar o momento e acelerar o crescimento de receita no setor de varejo esportivo.
Cosan (CSN3):
Em fevereiro de 2025, a Cosan enfrentou um trimestre desafiador, reportando um prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões, incluindo R$ 4,7 bilhões em baixas contábeis relacionadas ao investimento na Vale e R$ 2,9 bilhões em provisão para imposto de renda diferido. A cobertura de juros foi de 1,1x nos últimos 12 meses, inferior ao 1,2x do trimestre anterior, devido a menor fluxo de dividendos e maiores custos de juros. Em março de 2025, as ações da Cosan (CSAN3) eram negociadas a R$ 7,76, refletindo uma desvalorização de 50,85% nos últimos 12 meses. Os indicadores financeiros mostravam um Dividend Yield de 5,81%, um índice P/L de -1,54 e um P/VP de 0,37. Atualmente, CSAN3 enfrenta desafios financeiros, com prejuízos significativos e alta alavancagem, mas seu preço descontado pode atrair investidores que acreditam em uma recuperação de longo prazo. (Infomoney).
Equipe QWERTYING, 11 de julho de 2025