Caro Leitor
Preocupações recentes quanto à escalada dos yields treasuries, inflação robusta, déficit fiscal americano e outros fatores influenciadores têm impactado os ativos de risco no mercado financeiro. No entanto, a dinâmica mudou drasticamente com as atrocidades perpetradas pelos terroristas do Hamas contra o povo de Israel, criando riscos iminentes para toda a região do Oriente Médio, especialmente com a possibilidade de envolvimento do Irã no conflito.
O aumento das tensões no Oriente Médio levou a uma intensificação na compra de títulos do tesouro americano, temporariamente interrompendo a ascensão das taxas de juros globais. Paralelamente, os preços elevados do petróleo começaram a ameaçar a frágil recuperação da economia mundial.
Enquanto o mundo se prepara para enfrentar taxas de juros entre 4% e 7%, notamos um paradoxo: o conflito no Oriente Médio pode resultar na redução das taxas de juros, devido ao aumento na emissão de títulos da dívida americana em resposta à demanda por ativos soberanos. Essa dinâmica é crucial para entender o cenário futuro.
Além disso, as incertezas em torno do crescimento econômico chinês contribuíram para a turbulência nos mercados de ações, tanto a nível internacional quanto no Brasil. Essa incerteza exerce pressão na curva de juros nos Estados Unidos, fortalecendo o dólar e impactando ativos de risco, como ações.
Com a desaceleração dos dados de inflação na China, CPI permaneceu estável, contrariando as previsões de um aumento de 0,2% em relação ao mês anterior. Diante desse cenário, a China pode empreender esforços fiscais para economizar até 1 trilhão de Yuan eventualmente. Além disso, o saldo positivo de 77,7 bilhões de dólares na balança comercial reforça a perspectiva econômica do país.
As preocupações em relação ao petróleo aumentam devido ao confronto entre Hamas e Israel, com a OPEP operando para impulsionar os preços do barril, impactando as projeções de inflação nos Estados Unidos, nos mercados globais e domésticos. O controle da inflação, se mantido, pode abrir caminho para o crescimento de ações que estão atualmente com preços mais baixos. O mercado permanece atento à evolução dos preços do petróleo, aos estoques americanos e aos ajustes na economia dos EUA.
No cenário brasileiro, a ata do Copom refletiu o tom cauteloso da autoridade monetária, deixando de proporcionar o alívio esperado. Nossa projeção indica que a Taxa Selic para 2023 deverá estabilizar-se em 11,75%, descartando, por enquanto, uma trajetória mais assertiva em direção à taxa de 9% até o final de 2024. O IPCA-15, abaixo das expectativas, não trouxe tranquilidade aos investidores.
A tão aguardada Reforma Tributária (PEC-45/2019), atualmente em fase de revisão no Senado após alterações aprovadas na Câmara, possivelmente será votada apenas em novembro.
Declarações de renomadas autoridades e especialistas, como o ex-deputado federal João Dado, ressaltam que o formato das deliberações no Conselho Federativo determina a supremacia dos Estados das Regiões Nordeste e Norte. Isso configura um cenário concreto no qual essas regiões, menos densamente habitadas e com menor desenvolvimento econômico e social, conforme indicado em estudo elaborado pelos professores de Direito Constitucional e Tributário Ives Gandra Martins, Hamilton Dias de Souza, Humberto Ávila e Roque Carrazza, por meio de seus estados e municípios, serão encarregadas de ESTABELECER todas as normas infralegais, uniformizar a legislação e resolver questões tributárias tanto no âmbito contencioso quanto administrativo. Essa interpretação, embora superficial, está claramente delineada no Artigo 156-B da PEC-45/2019. A análise técnica sobre a situação atual das competências legislativas e administrativas, comparada com aquelas propostas pela PEC-45/2019, torna-se inescapável, incontornável, inexorável e terminante. Conclui-se que os estados e municípios PERDERÃO SUAS COMPETÊNCIAS LEGIFERANTES sobre o futuro IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
Até o momento, as recomendações semanais de operações “short” têm apresentado resultados positivos. Na última semana, o Ibovespa registrou um aumento de 1,39%, e duas das cinco ações recomendadas pela equipe QWERTYING tiveram desempenho notável (RRRP3 com 13,17% e MTRE3 com 3,75%), totalizando um ganho positivo de 5,13%. Apesar do aumento global dos yields treasuries, que sugeria uma pressão sobre os ativos de renda variável, a situação foi revertida pela guerra no Oriente Médio, influenciando a curva de juros. Com a taxa real de juros em 6% tanto aqui quanto no exterior, os investidores permanecem cautelosos, evitando ativos de risco em seus portfólios. É notável que todos os ativos listados em bolsa perderam considerável valor.
Se você está em busca de oportunidades de investimento na Bovespa, este artigo é especialmente relevante. Por meio de nossa análise semanal das “QWERTYING Dicas”, oferecemos uma visão abrangente das ações com desempenho positivo e negativo desde janeiro de 2020, proporcionando uma base sólida para suas decisões de investimento.
Ao longo do tempo, mantivemos uma postura otimista em relação aos ativos brasileiros, assumindo riscos mais substanciais. Com o índice Ibovespa atualmente em 116 mil pontos, investidores que seguiram nossas sugestões estão desfrutando de ganhos acumulados nos últimos meses em operações “short” com duração de cinco dias.
A seguir, conduziremos uma análise de cinco ações atualmente subestimadas na Bovespa. Esses ativos têm o potencial de ser excelentes adições à sua carteira de investimentos, com a capacidade de gerar lucros em um horizonte de até dois anos.
As cinco ações com bom potencial de compra na Bovespa
Neste artigo, conduziremos uma análise minuciosa de cinco ações atualmente cotadas na Bovespa, as quais indicam uma tendência de desvalorização. Esse cenário pode se revelar atrativo para investidores que procuram oportunidades em empresas com potencial de recuperação. Vamos examinar o desempenho de cada empresa em diferentes intervalos de tempo, calculando a média mensal correspondente de perda.
1. Intelbras (INTB3)
A Intelbras (INTB3) enfrentou uma desvalorização significativa de 36% nos últimos cinco meses, com uma média mensal de depreciação de 7,3%. Apesar da possível impacto da MP 1185, que pode aumentar sua carga tributária, o papel INTB3 ainda é considerado subvalorizado. A Intelbras é reconhecida como a maior fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica, painéis de sistemas solares e sistemas de comunicação.
2. Assaí (ASAI3)
A Sendas Distribuidora, operando como ASSAÍ, registrou uma desvalorização de 28% nos últimos oito meses, resultando em uma média mensal de queda de 3,5%. As ações desse grupo têm sido caracterizadas por alta volatilidade, em parte devido à sua alavancagem mais elevada (3,7xDL/Ebitda). Diante da possibilidade de mudanças nas taxas de juros domésticas e um processo iminente de desalavancagem, a recomendação de COMPRA se destaca como uma sugestão atraente.
3. Grupo Mateus (GMAT3)
O Grupo Mateus (GMAT3), sofre uma desvalorização considerável de 17% no curto prazo de cinco meses, exibindo uma média mensal de queda de 3,4%. Dado seu papel destacado no nicho atacarejo na região nordeste do Brasil, a rede tem o potencial de se recuperar à medida que os consumidores de baixa renda, percebem a queda da inflação e das taxas de juros.
4. Méliuz (CASH3)
A Méliuz, empresa mineira que opera programas de cashback, criada em 2011, enfrentou uma desvalorização significativa de 29% nos últimos nove meses, apresentando uma média mensal de queda de 3,3%. Contudo, à medida que a economia se estabiliza e o crédito no varejo aumenta, existe um potencial de recuperação em seu preço. Portanto, nossa recomendação é de COMPRA.
5. Centauro Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF (SBFG3), associado à Centauro, enfrentou uma desvalorização considerável de 68% ao longo de vinte e um meses, exibindo uma média mensal de queda de 3,3%. Dado seu papel destacado no setor esportivo no Brasil, a Centauro tem o potencial de se recuperar à medida que supera os desafios, especialmente relacionados ao ajuste de estoques acumulados em seus depósitos devido a apostas anteriores durante a última Copa do Mundo de Futebol. Assim, é possível vislumbrar a valorização à medida que a economia se estabiliza.
As cinco ações para vender, que estão bem valorizadas na Bovespa:
Por outro lado, caso você possua posições nos ativos listados a seguir, pode ser relevante ponderar a oportunidade de realizar lucros por meio de vendas. Apresentamos agora cinco ações que experimentaram os mais significativos aumentos de valor no período, selecionadas pela equipe da QWERTYING através da BOVESPA.
1. Petrobras (PETR4)
A Petrobras (PETR4) observou seu valor subir expressivos 43% em apenas cinco meses, registrando um aumento médio mensal de 8,6%. Diante desse crescimento substancial, é prudente considerar a oportunidade de vender e colher os lucros acumulados durante esse período.
2. Petrorio (PRIOR3)
A Petrorio (PRIOR3) apresentou uma notável valorização de 49% em apenas seis meses, com um incremento médio mensal de 8,1%. Para aqueles que obtiveram ganhos substanciais em um período relativamente curto, pode ser sensato considerar a venda para assegurar os lucros conquistados.
3. Tegma (TGMA3)
Ao longo de sete meses, a Tegma (TGMA3) experimentou um notável crescimento de 33%, com um aumento médio mensal de 4,6%. Diante desse rápido aumento de valor, alguns investidores podem estar ponderando a possibilidade de realizar lucros e explorar outras oportunidades de investimento.
4. SLC Agrícola (SLCE3)
A SLC Agrícola (SLCE3) valorizou-se em notáveis 125% em trinta e oito meses, apresentando um aumento médio de 3,1% por mês. Diante de um crescimento tão expressivo, é prudente considerar a venda para colher os ganhos obtidos nesse período.
5. Equatorial (EQTL3)
A Equatorial Energia (EQTL3) teve um crescimento de 20% em dez meses, com um aumento médio de 2,0% por mês.
DICAS “QWERTYING” – 13/10/23 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “curto prazo”, seguem abaixo | |||||
ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Justo | Potencial de valorização | |
1 | SIMH3 | 13/10/23 | 7,72 | 18,40 | 138,34% |
2 | GMAT3 | 13/10/23 | 6,20 | 11,00 | 77,42% |
3 | HYPE3 | 13/10/23 | 34,14 | 49,40 | 44,70% |
4 | INTB3 | 13/10/23 | 16,80 | 20,00 | 19,05% |
5 | CPLE6 | 13/10/23 | 8,33 | 9,00 | 8,04% |
Conclusão
O cenário do mercado financeiro está em constante transformação, sendo vital manter-se atualizado sobre novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias para navegar com sucesso nesse ambiente dinâmico.
Em relação às ações recomendadas desde janeiro de 2020, é fundamental ressaltar que o desempenho passado não garante resultados futuros. O mercado de ações está sujeito a uma gama de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, políticos e até mesmo situações imprevisíveis, como pandemias.
Ao ingressar no mercado de ações, prudência, paciência e uma abordagem informada são essenciais. Recomenda-se, sempre que possível, buscar a orientação de um especialista financeiro para obter conselhos personalizados com base em sua situação financeira e objetivos de investimento.
Entretanto, é relevante observar que muitos ativos estão atualmente com preços atrativos. Para investidores dispostos a assumir riscos com fundos que não serão necessários nos próximos um ou dois anos, o momento pode ser propício para realizar compras. Contudo, é imperativo adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se mantê-los na carteira de investimentos é a decisão mais apropriada ou se a venda é mais vantajosa.
É crucial reter a ideia de que as orientações fornecidas neste contexto são exatamente isso – orientações. Elas devem ser interpretadas como tal. O investimento no mercado financeiro inevitavelmente envolve riscos, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.
Lembre-se de que informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis, considerando uma variedade de opiniões.
Investir em ações na Bovespa ou no mercado global envolve riscos substanciais, podendo impactar a totalidade do capital investido. No entanto, também oferece a oportunidade de obter ganhos expressivos.
ESCOLHAS DA EQUIPE “CARTEIRA QWERTYING”
Intelbras (INTB3)
A história da Intelbras começou em 1976, em Santa Catarina, com foco inicial na produção de centrais e dispositivos eletrônicos. Atualmente, segundo declaração da própria empresa, a Intelbras é a principal fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica e sistemas de comunicação. Afirma estar presente em 98% dos municípios com potencial de consumo eletrônico no Brasil, além de exportar para diversas nações. Sua ampla rede de distribuição abrange 370 distribuidores e quase 80 mil revendedores.
Grupo Mateus (GMAT3)
O Grupo Mateus é o quarto maior atacarejo do País, com 137 lojas no Maranhão, Pará e Piauí. Ilson Mateus construiu a rede que hoje emprega mais de 20 mil pessoas do zero, começando com uma pequena mercearia. O negócio foi crescendo até atingir quase R$ 10 bilhões de faturamento, em 2019. Apesar da atuação regionalmente restrita, a companhia está atrás do Assaí (do GPA), Atacadão (do Carrefour) e do grupo chileno Censosud no nicho de atacarejos.
Antes de começar a trajetória de varejista, o fundador do Grupo atuou por cerca de um ano como garimpeiro. Depois de deixar o local sem encontrar ouro, ele começou outro negócio: a compra e venda de garrafas de vidro. Foi assim que ele chegou a Balsas, no sul do Maranhão, onde percebeu que havia demanda de migrantes do Rio Grande do Sul – que chegaram à área para plantar soja – por produtos básicos.
Desejamos a você ótimos negócios e sucesso em suas decisões de investimento!
EQUIPE QWERTYING, 13/10/23.