As Melhores Oportunidades na Bovespa – Análise 4ª Semana de Julho 2025

Caro Leitor,

Apresentamos os resultados de nossa carteira de swing trade referente à semana de 14 a 18 de julho de 2025. Em um cenário de alta volatilidade para os ativos brasileiros, nossa estratégia enfrentou desafios significativos, acompanhando a tendência de baixa observada no benchmark do mercado.

No encerramento do pregão de 18 de julho de 2025, o Ibovespa, principal índice da B3, finalizou as negociações em 133.882 pontos, registrando uma desvalorização semanal de 1,69% — resultado que frustrou as expectativas dos investidores e analistas do mercado.

Nossa carteira estratégica de ativos voltada ao swing trade apresentou uma retração consolidada de 1,44%, demonstrando uma performance ligeiramente superior ao índice de referência. Esse desempenho reflete o impacto significativo de fatores externos, especialmente a recente decisão do governo americano de aplicar uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, medida que gerou forte instabilidade nos ativos que compõem o Ibovespa.

Apesar do cenário adverso, reforçamos a consistência de nossa metodologia de análise e seleção de ativos, que permanece estruturada para identificar oportunidades mesmo em períodos de maior turbulência. Nossa abordagem disciplinada e fundamentada continua sendo o alicerce para navegarmos por momentos de incerteza no mercado.

Do portfólio composto por cinco ações cuidadosamente selecionadas através de rigorosos critérios técnicos e fundamentalistas, duas conseguiram manter estabilidade sem apresentar retração significativa, evidenciando a diversificação estratégica de nossa carteira.


EUCA4: 0,06% alta

AZZA3: 0,03% positivo

Três ativos com resultados negativos:

PSSA3: 1,03%

RADL3: 1,74%

CSAN3: 6,58%

No geral, a carteira fechou a semana com um prejuízo de 1,44%. Diante do cenário complicado na geopolítica, os ativos do setor exportador foram os que mais sofreram o impacto da imposição de tarifa de 50% pelo governo americano, reforçando a importância de monitorar de perto as tendências do mercado.

No acumulado de 2025, nossas estratégias de swing trade proporcionaram um retorno de 18,18%, superando o Ibovespa, que acumula alta de 11,65% no mesmo período.

Continuamos comprometidos em identificar as melhores oportunidades do mercado, combinando análise técnica rigorosa e visão fundamentalista para maximizar seus resultados.

Demonstração Gráfica janeiro/25 a julho/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades

Resumo do Mercado – Até a última semana

Resumo da semana anterior:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parece disposto a qualquer coisa por alguns bilhões de dólares, e segue dominando a pauta econômica mundial com suas ameaças de aumentar tarifas sobre diversos países. Ele avança, recua, repete o ciclo, adiando as decisões em busca de vantagens em suas negociações, por meio desse jogo de cena.

Mercado: Netflix decepciona investidores; Fed sinaliza corte de juros; Chevron conclui aquisição bilionária

As ações da Netflix caíram 5% nesta sexta-feira, apesar de um bom resultado trimestral. A empresa superou as estimativas de receita e revisou para cima sua projeção anual, mas o mercado reagiu com cautela diante da alta de 36% acumulada em 2025, levantando dúvidas sobre uma possível valorização excessiva.

No setor de energia, a Chevron concluiu a compra da Hess por US$ 53 bilhões, após um tribunal rejeitar a tentativa da Exxon de impedir o negócio. Mesmo assim, as ações da Chevron caíram quase 1%, e as da Exxon recuaram 3,5%.

Na política monetária, Christopher Waller, membro do Fed e possível sucessor de Jerome Powell, defendeu um corte nos juros já no fim de julho, citando sinais de desaceleração econômica. A posição vai ao encontro dos apelos de Donald Trump por taxas mais baixas, embora Powell e outros dirigentes ainda aguardem mais dados sobre os impactos das tarifas.

O índice de sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, mostrou leve alta em julho, com queda na expectativa de inflação, mas o otimismo segue abaixo do observado no fim de 2024.

Os principais índices de ações fecharam perto da estabilidade: o S&P 500 e o Nasdaq tiveram variação mínima, e o Dow Jones caiu 142 pontos. Apesar da cautela, os três seguem próximos das máximas históricas, refletindo um cenário de incertezas moderadas.

Ibovespa recua com temor de tarifas; Brasil avalia resposta a Trump

Desde o anúncio da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, feito na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Ibovespa acumula queda de 2%, refletindo o nervosismo dos mercados. O governo brasileiro ainda avalia uma possível resposta antes de 1º de agosto, data prevista para a entrada em vigor da medida.

Analistas alertam que, caso o tarifaço se concretize, o superávit comercial do Brasil pode sofrer um impacto negativo de até US$ 7 bilhões em 2025.

Com esse cenário no radar, investidores têm buscado proteção em ações menos expostas à medida, reduzindo posição em grandes exportadoras como Gerdau, Vale, Petrobras, Weg e Suzano.

Vento hostil sopra de Washington e impõe tarifa de 50% sobre o Brasil, elevando tensão no comércio bilateral

De repente, o vento que sopra da Casa Branca em direção a Brasília trouxe nuvens densas, carregadas com uma tarifa de 50%, deixando o ambiente ainda mais sombrio para as exportações brasileiras. Em meio ao uivo do “lobo ruivo”, a relação comercial, que já enfrentava obstáculos, mergulha em um cenário tétrico.

Se exportar produtos brasileiros para os Estados Unidos já era uma tarefa complexa, agora, após essa nova caçada tarifária, resta ao mundo tentar reagrupar seus “lobos” e buscar novos caminhos no tabuleiro do comércio internacional.

Confira as orientações e saiba como investir com mais segurança.

Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3

Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da recente tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.

Cosan S.A. (CSAN3)

A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 70% em 55 meses (queda média de 1,3% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.

Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)

AZZA3 acumula uma baixa de 51% em 48 meses, com média de desvalorização mensal de 1,1%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.

Grupo SBF (SBFG3)

O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 55% nos últimos 53 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 1,0%.

Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)

Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 54% em 55 meses (média de 1,0% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.

Rede D’OR (RDOR3)

Fundado pelo cardiologista Jorge Moll Filho, a Rede D’Or é dona da maior rede independente de hospitais privados do Brasil, com 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranhão, Paraná e Ceará e no Distrito Federal. Diversos analistas e instituições financeiras, como XP Investimentos e Banco BBA, recomendam a compra da ação. O ativo registrou desvalorização de 47% nos últimos 49 meses (média de 1,0% ao mês).

Caso você já tenha exposição aos ativos listados a seguir, é aconselhável considerar a possibilidade de realizar parte dos lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo revisar a composição do seu portfólio. A equipe da QWERTYING, com base em dados da B3, identificou cinco ações que apresentaram desempenhos destacados nos últimos quatro anos e meio:

Direcional Engenharia (DIRR3)

A Direcional apresentou uma valorização de 203% no período de 55 meses, mantendo uma média de 3,7% de alta mensal. A empresa se destaca no mercado da B3 pela excelente taxa de retorno sobre o capital investido, o que reforça a oportunidade para realização parcial de lucros após tamanha valorização.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 55 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 191%, com média mensal de 3,5%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.

Moura Dubeux (MDNE3):

A Moura Dubeux Engenharia S.A. é uma construtora e incorporadora com atuação consolidada na região Nordeste do Brasil, onde opera há mais de três décadas. Com sede em Recife (PE), a empresa mantém presença estratégica nos estados de Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. O papel MDNE3 acumula uma valorização de 146% ao longo dos últimos 49 meses, o que representa uma taxa média de retorno mensal de aproximadamente 3,0%, evidenciando forte desempenho no período analisado.

Sanepar (SAPR11)

A Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar é responsável pela operação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 345 municípios do estado do Paraná, além da cidade de Porto União (SC) e outras 297 localidades de menor porte. Com investimentos relevantes, como os R$ 1 bilhão alocados em 2018, a empresa mantém um perfil robusto de expansão e modernização operacional. As ações SAPR11 acumularam uma valorização de 130% ao longo de 49 meses, refletindo um retorno médio mensal de 2,7%. Dado o desempenho expressivo no período, uma estratégia de realização parcial de lucros ou rebalanceamento da carteira pode ser considerada oportuna.

Eucatex (EUCA4)

Em 2024, a Eucatex apresentou um crescimento significativo em suas receitas líquidas, alcançando R$ 1.091 milhões, o que representa um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de tintas, pisos e portas, além de uma gestão estratégica eficiente e posicionamento nos pontos de venda. A Eucatex S/A registrou um crescimento notável de 92% em 48 meses, com uma média mensal de 1,9%. Entretanto, realizar lucros agora pode ser uma decisão sábia.

Operações “Swing Trade” Semanais.

ESCOLHAS “QWERTYING” – 18/07/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo:
ATIVOSDataPreço de EntradaPreço AlvoPotencial de valorização
1MDNE318/07/2521,1226,0023,11%
2CSAN318/07/255,9618,50210,40%
3B3SA318/07/2512,9716,0023,36%
4LREN318/07/2517,7320,0012,80%
5PETR418/07/2530,9946,0048,43%

Conclusão

No atual e dinâmico cenário financeiro, a adaptação contínua é fundamental para alcançar o sucesso. Acompanhando novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias, investidores podem navegar com mais eficácia através de um mercado em constante evolução.

É importante lembrar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2021 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.

Para ingressar no mercado de ações de maneira eficaz, é essencial adotar uma abordagem informada, cautelosa e paciente. Buscar orientação de um especialista em investimentos é recomendado para conselhos personalizados, com base na situação financeira individual e nos objetivos de investimento.

Atualmente, muitos ativos apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com capital que não precisará ser utilizado nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se a manutenção ou venda é mais vantajosa.

É fundamental entender que as informações fornecidas são meramente informativas e devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.

Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.

Investir em ações na Bovespa ou no mercado global implica riscos substanciais, mas também oferece a possibilidade de ganhos significativos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela, aliada à busca contínua por conhecimento, é essencial para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.

Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”

Empresas brasileiras enfrentam ambiente desafiador, mas algumas mostram sinais de resiliência

Em meio a um cenário macroeconômico pressionado por juros elevados, consumo retraído e incertezas fiscais, diversas empresas brasileiras vêm ajustando suas estratégias para manter a competitividade. A equipe da QWERTYING acompanha de perto o desempenho de 40 companhias listadas na B3 e destaca, a seguir, duas que merecem atenção: uma pelo bom posicionamento estratégico e outra pelos riscos e oportunidades de turnaround.

Grupo SBF (SBFG3):

Controladora da Centauro, a SBF se destaca por operar com caixa líquido, um diferencial relevante em tempos de crédito caro e demanda enfraquecida. Essa estrutura financeira confere à empresa maior capacidade de resistir à turbulência econômica e, caso o ambiente melhore, posiciona o grupo para capturar rapidamente ganhos em receita no setor de varejo esportivo.

Cosan (CSAN3):

A Cosan teve um início de ano difícil. Em fevereiro de 2025, reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no trimestre, impactado por baixas contábeis de R$ 4,7 bilhões relacionadas ao investimento na Vale, além de uma provisão de R$ 2,9 bilhões para imposto de renda diferido. A alavancagem da companhia aumentou: a cobertura de juros caiu para 1,1x, abaixo do 1,2x observado no trimestre anterior — reflexo de menores fluxos de dividendos e aumento dos custos financeiros. Em março, as ações da Cosan eram negociadas a R$ 7,76, acumulando uma queda de 50,85% em 12 meses. Os múltiplos reforçam o momento delicado: P/L negativo de -1,54, P/VP de 0,37 e Dividend Yield de 5,81%. Apesar das dificuldades, analistas apontam que o preço descontado pode atrair investidores dispostos a apostar em uma recuperação de longo prazo. (Fonte: InfoMoney)

Equipe QWERTYING, 18 de julho de 2025

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