Caro Leitor
No encerramento do pregão do dia 25 de abril de 2025, o Ibovespa — principal índice da B3 — finalizou as negociações em 134.739 pontos, acumulando uma valorização semanal de 3,93%. Entre os dias 22 e 25 de abril, a carteira de swing trade da QWERTYING também registrou desempenho positivo. Das cinco ações selecionadas para o período, duas se destacaram pelo bom resultado:
- ALUP11: alta de 4,99%
- AMER3: crescimento de 1,03%
Por outro lado, três ações apresentaram desempenho negativo:
- ALPK3: queda de 0,35%
- PETR4: recuo de 1,07%
- RADL3: desvalorização de 2,85%
No cômputo geral, a carteira fechou a semana com um modesto crescimento de 0,56%. Apesar do cenário desafiador, ALUP11 figurou como principal destaque, entregando um retorno de 4,99% na semana — fato que reforça a importância de acompanhar de perto as tendências do mercado.
Na recomendação de carteira para o longo prazo, merece menção especial o desempenho expressivo de AZZA3, que avançou 10%. Isso demonstra que, mesmo em períodos turbulentos, surgem oportunidades relevantes para investidores atentos e bem-informados.
No acumulado de 2025, as estratégias de swing trade da QWERTYING vêm proporcionando um retorno positivo de 10,68%, acompanhando de perto o Ibovespa, que apresenta alta de 11,46% no mesmo intervalo.
Demonstração Gráfica janeiro/25 a abril/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades
Resumo do Mercado – Até a última semana
A semana anterior foi marcada pela ausência de avanços concretos na guerra comercial, mesmo diante de diversas declarações contraditórias vindas da Casa Branca e de autoridades chinesas. Em mais de uma ocasião, Pequim refutou publicamente as afirmações de Donald Trump acerca de um suposto progresso nas negociações — segundo autoridades chinesas, sequer existem tratativas em andamento. A incerteza persiste como fator de instabilidade, mas, por ora, o cenário mais negativo permanece sob controle, salvo alguma nova “surpresa” que o governo americano possa anunciar ao completar 100 dias de mandato nesta semana.
Nos Estados Unidos, as ações encerraram a semana em alta, impulsionadas principalmente pelo setor de tecnologia, com o Nasdaq avançando mais de 1% e o Dow Jones e o S&P 500 registrando ganhos expressivos. Donald Trump, porém, arrefeceu o otimismo sobre a guerra comercial ao afirmar que uma nova suspensão de tarifas será improvável sem concessões “substanciais” por parte da China.
O sentimento do consumidor recuou 8% em abril, de acordo com a Universidade de Michigan. No mercado corporativo, a Alphabet (Google) reportou forte crescimento de lucros e aumento de investimentos em inteligência artificial, enquanto a Nvidia também apresentou desempenho notável. Por outro lado, as ações da Intel recuaram quase 7%, refletindo desafios sob a nova liderança da companhia.
No Brasil, os ativos, especialmente o real e as ações, mostraram desempenho positivo na última semana. O país segue se beneficiando do ambiente externo, com expectativas de corte de juros nos EUA favorecendo mercados emergentes e contribuindo para o alívio na curva doméstica de juros — já se prevê uma Selic abaixo de 13% em 2026. O IPCA-15 divulgado nesta segunda-feira aponta desaceleração na inflação mensal, mas revela alta acumulada em 12 meses, tendência que pode se intensificar nos próximos meses devido ao aumento de estímulos à economia, tornando o cenário mais desafiador para o Banco Central brasileiro. Apesar da queda global das commodities e do dólar mais fraco ajudarem, não são suficientes para sanar os desequilíbrios fiscais internos.
No contexto internacional, a China sinalizou adoção de medidas para minimizar tensões com os EUA, colaborando para o otimismo global, embora isso não tenha evitado a queda das ADRs da Vale, após um balanço abaixo do esperado. No cenário doméstico, o foco se volta à arrecadação federal, mas o maior desafio segue sendo o avanço descontrolado dos gastos públicos. A ministra Simone Tebet já alerta para a necessidade de um ajuste fiscal sério a partir de 2027. Enquanto isso, o governo Lula tenta desviar a atenção de impasses políticos — como novos escândalos no INSS e a tentativa de anistiar envolvidos no 8 de janeiro — apostando em pautas como a antecipação da reforma do Imposto de Renda e a PEC da Segurança.
Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3
Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da recente tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.
Natura Cosméticos S.A. (NTCO3)
A Natura é uma das principais empresas brasileiras do setor de higiene e beleza, reconhecida pelo compromisso com práticas ambientais sustentáveis, valorizando matérias-primas naturais e incentivando o comércio justo com cooperativas da Amazônia. Após tentativas recentes de reestruturação – incluindo a nomeação de Fabio Barbosa como presidente da holding –, os resultados do quarto trimestre de 2024 não atenderam às expectativas. Agora, João Paulo Ferreira, CEO da marca, assume o comando do grupo na nova reorganização anunciada. Com desvalorização acumulada de 78% em 46 meses (equivalente a 1,7% de queda média mensal), NTCO3 passa a ser negociada a um patamar bastante atrativo para novos aportes.
Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)
AZZA3 acumula uma baixa de 65% em 52 meses, com média de desvalorização mensal de 1,3%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.
Cosan S.A. (CSAN3)
A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 61% em 52 meses (queda média de 1,2% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.
Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 58% nos últimos 50 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 1,2%.
Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)
Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 58% em 51 meses (média de 1,1% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.
Agora, caso você possua posições nos ativos abaixo, é recomendável avaliar a realização de lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo uma reestruturação de portfólio. A equipe da QWERTYING, com base na análise da B3, selecionou cinco ações que entregaram retornos expressivos nos últimos quatro anos e meio:
Sabesp (SBSP3)
A Sabesp registrou uma valorização de 172% em 52 meses, com um crescimento médio de 3,3% ao mês. Diante desse expressivo desempenho, este pode ser um momento estratégico para capitalizar os ganhos acumulados. Vale ressaltar que a iminente privatização da companhia traz riscos, já que, historicamente, processos dessa natureza tendem a beneficiar majoritariamente os novos controladores, o que pode impactar negativamente o valor para os acionistas atuais.
Direcional Engenharia (DIRR3)
A Direcional apresentou uma valorização de 170% no período de 52 meses, mantendo uma média de 3,3% de alta mensal. A empresa se destaca no mercado da B3 pela excelente taxa de retorno sobre o capital investido, o que reforça a oportunidade para realização parcial de lucros após tamanha valorização.
Caixa Seguridade (CXSE3)
Fundada em 2015 como subsidiária da Caixa Econômica Federal, a Caixa Seguridade opera em diversos ramos do setor de seguros, incluindo Habitacional, Prestamista, Vida e Residência. O ativo acumula alta de 131% em 46 meses, com retorno médio mensal de 2,9%. Esse forte desempenho sugere que o papel já atingiu maturidade para eventuais liquidações, especialmente para investidores interessados em rebalancear a carteira ou acessar recursos.
Marcopolo (POMO4)
Reconhecida como uma das principais fabricantes nacionais de ônibus e micro-ônibus, com atuação em vários segmentos do transporte, a Marcopolo mantém desempenho sólido mesmo em cenários desafiadores. Suas ações cresceram 136% em 52 meses, consequência de ganhos operacionais consistentes e recuperação de mercados estratégicos como o de carrocerias de aço. Trata-se de uma oportunidade interessante para materializar ganhos após a forte valorização.
PetroRio (PRIO3)
A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 52 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 134%, com média mensal de 2,6%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.
Operações “Swing Trade” Semanais.
ESCOLHAS “QWERTYING” – 25/04/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo: | |||||
ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Alvo | Potencial de valorização | |
1 | RADL3 | 28/04/25 | 20,10 | 24,00 | 19,40% |
2 | PRNR3 | 28/04/25 | 17,17 | 22,10 | 28,71% |
3 | SUZB3 | 28/04/25 | 51,28 | 92,00 | 79,41% |
4 | PETR4 | 28/04/25 | 30,52 | 46,00 | 50,72% |
5 | SLCE3 | 28/04/25 | 20,01 | 20,10 | 0,45% |
Conclusão
No atual e dinâmico cenário financeiro, a adaptação contínua é fundamental para alcançar o sucesso. Acompanhando novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias, investidores podem navegar com mais eficácia através de um mercado em constante evolução.
É importante lembrar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2021 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.
Para ingressar no mercado de ações de maneira eficaz, é essencial adotar uma abordagem informada, cautelosa e paciente. Buscar orientação de um especialista em investimentos é recomendado para conselhos personalizados, com base na situação financeira individual e nos objetivos de investimento.
Atualmente, muitos ativos apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com capital que não precisará ser utilizado nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se a manutenção ou venda é mais vantajosa.
É fundamental entender que as informações fornecidas são meramente informativas e devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.
Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.
Investir em ações na Bovespa ou no mercado global implica riscos substanciais, mas também oferece a possibilidade de ganhos significativos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela, aliada à busca contínua por conhecimento, é essencial para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.
Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”
A seguir, apresentamos uma análise detalhada do panorama de várias empresas brasileiras, destacando como suas estratégias, aquisições e estruturas financeiras estão moldando suas perspectivas em um ambiente macroeconômico desafiador. Vamos examinar algumas das 40 empresas acompanhadas pela equipe QWERTYING:
Grupo SBF (SBFG3):
A operação com caixa líquido é um diferencial importante, especialmente em um cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso haja uma recuperação econômica, a SBFG, dona da Centauro, está bem posicionada para aproveitar o momento e acelerar o crescimento de receita no setor de varejo esportivo.
Cosan (CSN3):
Em fevereiro de 2025, a Cosan enfrentou um trimestre desafiador, reportando um prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões, incluindo R$ 4,7 bilhões em baixas contábeis relacionadas ao investimento na Vale e R$ 2,9 bilhões em provisão para imposto de renda diferido. A cobertura de juros foi de 1,1x nos últimos 12 meses, inferior ao 1,2x do trimestre anterior, devido a menor fluxo de dividendos e maiores custos de juros. Em março de 2025, as ações da Cosan (CSAN3) eram negociadas a R$ 7,76, refletindo uma desvalorização de 50,85% nos últimos 12 meses. Os indicadores financeiros mostravam um Dividend Yield de 5,81%, um índice P/L de -1,54 e um P/VP de 0,37. Atualmente, CSAN3 enfrenta desafios financeiros, com prejuízos significativos e alta alavancagem, mas seu preço descontado pode atrair investidores que acreditam em uma recuperação de longo prazo. (Infomoney).
Equipe QWERTYING, 25 de abril de 2025