Caro Leitor
Boatos infundados e informações sem base são frequentemente disseminados pela mídia, tanto no Brasil quanto no mundo. O início do ano traz consigo previsões apocalípticas, incluindo novas pandemias, governantes não concluindo seus mandatos, entre outros cenários desfavoráveis. Diversas ideologias apresentam narrativas conspiratórias, criando um mundo utópico apenas em suas mentes.
A equipe QWERTYING realiza pesquisas para apresentar a você, investidor, ativos de risco que têm potencial para proporcionar retornos positivos tanto no longo prazo (entre cinco e dez dias) quanto no curto prazo (até dois anos). Oportunidades sempre surgem, e o investidor institucional, mais bem informado, pode aproveitar esses momentos para lucrar. Enquanto isso, investidores individuais, muitas vezes sem tempo para acompanhar os ciclos do mercado, podem perder oportunidades de investir em ativos mais seguros e rentáveis. Portanto, é crucial seguir as recomendações de nossa equipe.
No decorrer de janeiro, nota-se que investidores institucionais nacionais, como bancos e fundos multimercados, retiraram aproximadamente R$ 2,3 bilhões da Bolsa de Valores de São Paulo, ao passo que investidores pessoa física aportaram R$ 1 bilhão, conforme dados do Itaú BBA.
Recentemente, o foco do mercado tem se deslocado para a possibilidade de cortes de juros ocorrerem em um ritmo mais lento do que inicialmente previsto. As expectativas que impulsionaram os preços entre novembro e dezembro estão passando por ajustes, indicando que os cortes de juros programados para este ano ocorrerão, mas de maneira mais gradual.
Enquanto a expectativa inicial de cortes de juros mais rápidos impulsionou os preços dos ativos de risco, a revisão dessa perspectiva pode resultar em ajustes nos valores. Atualmente, a previsão é de que os cortes de juros aconteçam, porém em um ritmo mais pausado do que inicialmente antecipado, o que pode ter implicações em diversos setores da economia.
Ao analisarmos o ano passado, 2023, observamos uma série de eventos impactantes tanto em âmbito nacional quanto global, exercendo influência significativa sobre a economia. Navegando entre ativos de risco, enfrentando desafios e celebrando momentos positivos, o mercado obteve um impulso considerável, preparando-se para entrar em 2024 com uma perspectiva mais otimista e fortalecida. Está pronto para explorar ativos subavaliados em termos de múltiplos, com as orientações cruciais fornecidas pela equipe “Qwertying”, que desempenhou um papel fundamental ao longo do ano, auxiliando os investidores na alocação de recursos e proporcionando resultados consistentes em operações de curto e longo prazo.
O ano de 2024 se delineia como um período caracterizado pela redução das taxas de juros globalmente, reconfigurando o cenário de ativos para proporcionar retornos sólidos aos investidores. Os cortes nas taxas de juros, tanto no Brasil quanto nos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, são eventos raros e positivos, indicando a possibilidade de o Ibovespa manter sua trajetória ascendente, potencialmente superando recordes e atingindo a estimativa de 142 mil pontos.
Com a flexibilização monetária e o ciclo de queda de juros tanto no Brasil quanto no exterior, os investimentos em renda fixa tornam-se menos atrativos em comparação com opções em renda variável, como ações.
No contexto nacional, o ano de 2024 estará fortemente ligado à política fiscal do governo Lula, que atingiu o recorde de US$ 98,8 bilhões em 2023, representando um aumento de 60,6% em relação ao ano anterior.
Nos Estados Unidos, ao longo de 2023, os bancos regionais enfrentaram desafios significativos que quase resultaram na quebra do sistema financeiro americano. Nesse cenário crítico, o Federal Reserve (FED) interveio, restaurando a estabilidade com dados extremamente positivos relacionados à inflação ao consumidor (CPI) e à inflação ao produtor (PPI). Surpreendentemente, os pedidos de auxílio-desemprego indicaram uma desaceleração na inflação americana, fortalecendo a perspectiva de que as taxas de juros não devem ultrapassar os 5% em um futuro próximo.
Recentemente, notamos uma ligeira queda nas taxas dos treasuries de dez anos nos EUA, diminuindo de 4,14% para 4,13% e perdendo destaque entre os investidores. Em resposta, os mercados acionários ao redor do mundo experimentaram uma recuperação notável, com destaque para o S&P500, que registrou crescimento nesse período. Apesar dos diversos desafios enfrentados, o Brasil voltou a atrair um expressivo interesse de investidores estrangeiros na B3, com um aporte de aproximadamente R$ 44,9 bilhões em 2023, o segundo maior volume da série histórica. Essa marca consolida o país como um destino atrativo para aplicações financeiras.
O cenário internacional favorável aos ativos de risco também está estimulando os investidores locais. Com investidores estrangeiros alocando recursos significativos globalmente, o Brasil ressurge como uma opção de investimento atrativa. O mercado já assimilou a dinâmica do governo Lula, e apesar de a transição de Bolsonaro ter sido desafiadora, a inflexão do ciclo já está em andamento. Após uma sequência de retiradas de investimentos, o país acumulou um retorno expressivo de aproximadamente R$ 45 bilhões em 2023, refletindo a busca por oportunidades promissoras.
O pacote de dados de atividade na China apresentou resultados mistos, alinhados com as tensões comerciais persistentes, relacionadas à desaceleração e reequilíbrio gradual dos fatores de crescimento. No quarto trimestre de 2023, o PIB chinês registrou um crescimento de 1,0% em comparação com o trimestre anterior, resultando em um PIB de 2023 de 5,2%, conforme o consenso. Esse desempenho evidencia uma expansão econômica contínua, reduzindo o risco de uma desaceleração mais acentuada, o que seria especialmente prejudicial para o mercado de commodities e teria impacto direto sobre o Brasil.
No cenário brasileiro, as projeções para o IPCA em 2023 foram ajustadas para cima, passando de 4,46% para 4,47%, enquanto a expectativa de inflação para 2024 registrou sua terceira semana consecutiva de aumento, diminuindo de 3,92% para 3,90%. Quanto à Taxa Selic, as projeções indicam 9,00% em 2024 e 8,50% em 2025.
Nossas recomendações semanais de operações “short” têm demonstrado frequentemente resultados positivos. Na última semana, o Ibovespa registrou uma pequena alta de 0,52%. Das cinco ações sugeridas pela equipe QWERTYING, apenas uma apresentou alta moderada (CSAN3 2,71%), enquanto quatro tiveram quedas (SIMH3 -4,96%, HYPE3 -4,43%, HAPV3 -2,24%, ARZZ3 -0,99%). Isso resultou em um saldo líquido negativo de -1,67%, comparado ao desempenho do Ibovespa, que teve uma alta de 0,52%. Diante disso, algumas das ações recomendadas na semana anterior serão repetidas.
Estamos atentos aos impactos da queda nos yields dos Treasuries, que, por enquanto, mostram-se favoráveis, enquanto a curva de juros encerrou mais uma vez em declínio em toda a sua estrutura a termo. Este artigo é especialmente relevante para investidores interessados em oportunidades na Bovespa. Através da análise semanal das “QWERTYING Dicas”, proporcionamos uma visão abrangente das ações com desempenho positivo e negativo desde janeiro de 2020, oferecendo uma base sólida para suas decisões de investimento.
Mantivemos uma perspectiva otimista em relação aos ativos brasileiros ao longo do tempo, o que nos levou a assumir riscos mais substanciais. Atualmente, com o índice Ibovespa fixado em 131 mil pontos, os investidores que optaram por seguir nossas orientações estão desfrutando de ganhos acumulados nos últimos meses, especialmente em operações “short” com uma duração de cinco dias.
A seguir, conduziremos uma análise detalhada de cinco ações atualmente subvalorizadas na Bovespa. Esses ativos apresentam um potencial considerável para se tornarem excelentes adições à sua carteira de investimentos, destacando-se pela capacidade de gerar lucros em um horizonte de até dois anos.
Análise detalhada de cinco ações com bom potencial de compra na Bovespa
Neste artigo, realizaremos uma análise minuciosa de cinco ações atualmente listadas na Bovespa, identificando uma tendência de desvalorização que pode atrair investidores em busca de oportunidades em empresas com potencial de recuperação. Vamos examinar o desempenho de cada empresa em diferentes intervalos de tempo, calculando a média mensal correspondente de perda.
1. Hapvida Saúde (HAPV3)
A Hapvida Saúde (HAPV3) sofreu uma desvalorização de 38% ao longo de quinze meses, resultando em uma média mensal de queda de 2,6%. Com expectativas de cortes mais expressivos nas taxas de juros, os investidores terão a oportunidade de aumentar sua exposição ao setor de saúde em suas carteiras. Apesar da complexidade da análise devido a diversos fatores econômicos, a Hapvida apresenta-se em uma faixa de preço atrativa, justificando nossa recomendação de compra.
2. Intelbras (INTB3)
A Intelbras (INTB3) enfrentou uma desvalorização significativa de 17% nos últimos oito meses, com uma média mensal de depreciação de 2,2%. Reconhecida como a principal fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica, painéis de sistemas solares e sistemas de comunicação, a Intelbras busca ampliar sua atuação, o que pode impulsionar sua recuperação. A exclusividade no mercado brasileiro para soluções de internet reforça a atratividade do ativo, respaldando nossa sugestão de compra.
3. Centauro Grupo SBF (SBFG3)
O Grupo SBF (SBFG3), associado à Centauro, enfrentou uma desvalorização considerável de 42% ao longo de vinte e quatro meses, exibindo uma média mensal de queda de 1,7%. Dado seu papel destacado no setor esportivo no Brasil, a Centauro tem o potencial de se recuperar à medida que supera os desafios, especialmente relacionados ao ajuste de estoques acumulados. Apesar do momento desafiador na bolsa, a atratividade do grupo pode proporcionar bons retornos, justificando nossa recomendação de compra.
4. Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner (LREN3) teve uma desvalorização de 64% ao longo de quarenta meses, com uma média de queda mensal de 1,6%. Considerando sua presença consolidada no mercado varejista de moda, a empresa pode se recuperar à medida que a confiança do consumidor aumenta. Apesar do período desafiador, a atratividade da Lojas Renner sugere um potencial de retorno, justificando nossa recomendação de compra.
5. Assaí (ASAI3)
A Sendas Distribuidora, operando como ASSAÍ, registrou uma desvalorização de 15% nos últimos onze meses, resultando em uma média mensal de queda de 1,3%. As ações desse grupo têm sido caracterizadas por alta volatilidade, em parte devido à sua alavancagem mais elevada e dúvidas quanto ao desempenho das lojas convertidas do Extra. Diante da possibilidade de queda nas taxas de juros domésticas e um processo iminente de desalavancagem, o grupo empresarial é negociado a 13 vezes seus lucros neste ano, a recomendação de COMPRA se destaca como uma sugestão atraente.
Cinco ações para considerar vender, dada sua valorização expressiva na Bovespa:
Se você é detentor de posições nos ativos mencionados a seguir, pode ser pertinente avaliar a oportunidade de realizar lucros por meio de vendas. Apresentamos agora cinco ações que experimentaram os mais significativos aumentos de valor no período, cuidadosamente selecionadas pela equipe da QWERTYING através da BOVESPA, nos últimos dois anos.
1. Petrobras (PETR4)
A Petrobras (PETR4) testemunhou um expressivo aumento de 57% em apenas oito meses, registrando uma média mensal de 7,2%. Diante desse crescimento substancial, é prudente considerar a oportunidade de vender e colher os lucros acumulados durante esse período.
2. Tegma (TGMA3)
Ao longo de dez meses, a Tegma (TGMA3) experimentou um notável crescimento de 40%, com um aumento médio mensal de 4,0%. Diante desse rápido aumento de valor, alguns investidores podem estar ponderando a possibilidade de realizar lucros e explorar outras oportunidades de investimento.
3. Petrorio (PRIOR3)
A Petrorio (PRIOR3) apresentou uma notável valorização de 36% em apenas nove meses, com um incremento médio mensal de 4,0%. Para aqueles que obtiveram ganhos substanciais em um período relativamente curto, pode ser sensato considerar a venda para assegurar os lucros conquistados.
4. Direcional Engenharia (DIRR3)
A Direcional Engenharia (DIRR3) registrou uma valorização de 40% em apenas onze meses, o que corresponde a um aumento médio de 3,7% por mês.
5. Equatorial (EQTL3)
A Equatorial Energia (EQTL3) teve um crescimento de 38% em doze meses, com um aumento médio de 2,9% por mês.
DICAS “QWERTYING” – 26/01/24 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “curto prazo”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo: | |||||
ATIVOS | Data | Preço de Entrada | Preço Justo | Potencial de valorização | |
1 | SIMH3 | 29/01/24 | 7,85 | 18,40 | 134,39% |
2 | HYPE3 | 29/01/24 | 31,08 | 41,10 | 32,24% |
3 | RENT3 | 29/01/24 | 56,24 | 73,00 | 29,80% |
4 | LREN3 | 29/01/24 | 15,78 | 19,00 | 20,41% |
5 | ASAI3 | 29/01/24 | 13,80 | 16,00 | 15,94% |
Conclusão
O dinâmico cenário do mercado financeiro exige constante adaptação, tornando essencial manter-se atualizado sobre novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias para navegar com sucesso nesse ambiente em evolução.
É crucial destacar que, ao analisar o desempenho passado das ações recomendadas desde janeiro de 2020, não há garantias de resultados futuros. O mercado de ações está sujeito a diversos fatores, incluindo eventos macroeconômicos, políticos e até mesmo situações imprevisíveis, como pandemias.
Ao ingressar no mercado de ações, é fundamental adotar uma abordagem informada, prudência e paciência. Sempre que possível, buscar orientação de um especialista financeiro para conselhos personalizados com base na situação financeira e objetivos de investimento é recomendável.
É importante observar que muitos ativos estão atualmente com preços atrativos. Para investidores dispostos a assumir riscos com fundos não necessários nos próximos um ou dois anos, o momento pode ser propício para compras. No entanto, uma abordagem paciente e monitoramento cuidadoso do desempenho desses ativos são imperativos, avaliando posteriormente se mantê-los na carteira de investimentos é a decisão mais apropriada ou se a venda é mais vantajosa.
É crucial reter a ideia de que as orientações fornecidas neste contexto são precisamente isso – orientações. Elas devem ser interpretadas como tal. O investimento no mercado financeiro inevitavelmente envolve riscos, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.
Lembre-se de que informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis, considerando uma variedade de opiniões.
Investir em ações na Bovespa ou no mercado global envolve riscos substanciais, podendo impactar a totalidade do capital investido. No entanto, também oferece a oportunidade de obter ganhos expressivos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela aliada à busca constante de conhecimento é a chave para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.
Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”
Intelbras (INTB3)
A trajetória da Intelbras teve início em 1976, em Santa Catarina, com um enfoque inicial na fabricação de centrais e dispositivos eletrônicos. Atualmente, de acordo com pronunciamento da própria empresa, a Intelbras é reconhecida como a principal fabricante nacional de câmeras, equipamentos de segurança eletrônica e sistemas de comunicação. Alega ter presença em 98% dos municípios com potencial de consumo eletrônico no Brasil, além de exportar para diversas nações. Sua extensa rede de distribuição abrange 370 distribuidores e quase 80 mil revendedores.
Hapvida Saúde (HAPV3)
O Grupo Hapvida controla o Hapvida Saúde, o maior operador de planos de saúde do norte e nordeste e o terceiro maior do País em número de beneficiários. Adotando um modelo verticalizado, com foco em inovação e tecnologia, concentra-se em medicina preventiva e odontologia. Com uma rede própria de atendimento, possui aproximadamente 26 hospitais e prontos-atendimentos, 75 clínicas e 84 laboratórios. Em 2019, realizou a aquisição do Grupo São Francisco, ampliando suas operações para o Sudeste, Centro-Oeste e Sul do País. Com essa transação, a Hapvida estabelece uma presença relevante nas principais regiões do Brasil. O controle acionário da Hapvida pertence à Ppar Pinheiro Participações S.A., detentora de mais de 77% das ações ordinárias (HAPV3) da controlada. A operadora de planos de saúde realizou seu IPO em 2018 e está no Novo Mercado da B3.
Desejamos a você ótimos negócios e sucesso em suas decisões de investimento!
EQUIPE QWERTYING, 26/01/24.