As Melhores Oportunidades na Bovespa – Análise 5ª Semana de Julho 2025

Caro Leitor,

Apresentamos os resultados de nossa carteira de swing trade referente à semana de 21 a 25 de julho de 2025. Em um cenário de alta volatilidade para os ativos brasileiros, nossa estratégia enfrentou desafios significativos, acompanhando a tendência de estabilidade observada no benchmark do mercado.

No encerramento do pregão de 25 de julho de 2025, o Ibovespa, principal índice da B3, finalizou as negociações em 133.524 pontos, registrando uma valorização semanal de 0,11% — resultado que melhorou as expectativas dos investidores e analistas do mercado.

Nossa carteira estratégica de ativos voltada ao swing trade apresentou uma evolução consolidada de 0,44%, demonstrando uma performance ligeiramente superior ao índice de referência. A recente imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre determinados produtos brasileiros têm efeito ambíguo. Por um lado, eleva as incertezas no comércio bilateral; por outro, reforça a liquidez interna no mercado americano, mantendo sua capacidade de importação em segmentos estratégicos.

Apesar do cenário adverso, reforçamos a consistência de nossa metodologia de análise e seleção de ativos, que permanece estruturada para identificar oportunidades mesmo em períodos de maior turbulência. Nossa abordagem disciplinada e fundamentada continua sendo o alicerce para navegarmos por momentos de incerteza no mercado.

Do portfólio composto por cinco ações cuidadosamente selecionadas através de rigorosos critérios técnicos e fundamentalistas, quatro conseguiram avanços importantes, evidenciando a diversificação estratégica de nossa carteira.

MDNE3: 3,22% lucro

PETR4: 3,19% positivo

CSAN3: 1,01% retorno

B3SA3: 0,77% avanço

Apenas um ativo com resultado negativo:

LREN3: 5,70% prejuízo

No geral, a carteira fechou a semana com um avanço de 0,44%. Diante do cenário complicado na geopolítica, os ativos do setor exportador foram os que mais sofreram o impacto da imposição de tarifa de 50% pelo governo americano, reforçando a importância de monitorar de perto as tendências do mercado.

No acumulado de 2025, nossas estratégias de swing trade proporcionaram um retorno de 18,62%, superando o Ibovespa, que acumula alta de 11,69% no mesmo período.

Continuamos comprometidos em identificar as melhores oportunidades do mercado, combinando análise técnica rigorosa e visão fundamentalista para maximizar seus resultados.

Demonstração Gráfica janeiro/25 a julho/25

Desempenho do Ibovespa e Global em 2025: Desafios e Oportunidades

Resumo do Mercado—Até a última semana

Resumo da semana anterior:

Wall Street renova recordes em semana de avanços e incertezas políticas

Na última semana, os mercados acionários dos Estados Unidos encerraram em alta, com os principais índices renovando suas máximas históricas. O S&P 500 avançou 0,4% na sexta-feira (25) e fechou em nível recorde. O Nasdaq Composite também subiu, com leve ganho de 0,2%, atingindo seu maior fechamento da história. Já o Dow Jones Industrial Average teve valorização de 208 pontos.

Nos bastidores políticos, os mercados reagiram a novos sinais vindos da Casa Branca. Embora o presidente Donald Trump aparentemente tenha recuado na ideia de demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, a possibilidade ainda paira sobre os investidores. A percepção de instabilidade impulsionou o dólar, enquanto o ouro cedeu terreno, refletindo menor busca por ativos de proteção.

No front comercial, o cenário continua indefinido. Com o prazo de 1º de agosto se aproximando para um novo acordo tarifário, Trump afirmou que “não tivemos muita sorte com o Canadá”, mas sinalizou avanços nas tratativas com a União Europeia. Uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está prevista para domingo, na Escócia.

Enquanto isso, a Volkswagen busca seu próprio caminho para aliviar o impacto das tarifas comerciais. A montadora estima perdas de US$ 1,5 bilhão em função das tarifas, mas seu CEO afirmou que a empresa busca um acordo que envolva investimentos nos EUA. As ações da companhia subiram cerca de 3% na sessão.

Entre os destaques corporativos, a Deckers Outdoor liderou os ganhos no S&P 500. A fabricante de calçados reportou resultados trimestrais acima das expectativas, impulsionada pelas marcas Hoka e Ugg. Os papéis da empresa saltaram mais de 11%.

Na direção oposta, a Charter Communications registrou forte queda de mais de 18% após divulgar resultados abaixo do esperado. A companhia, que atua no setor de TV a cabo e internet, decepcionou com crescimento modesto de receita e lucros aquém do projetado.

Ibovespa se aproxima de novo ciclo de valorização, apesar de cenário volátil

A expectativa entre gestores e analistas é de que a Bolsa brasileira esteja prestes a iniciar um novo ciclo de valorização dos ativos. Embora o ambiente prometa ser marcado por elevada volatilidade, o potencial de ganhos é significativo — especialmente para estratégias bem calibradas de médio e longo prazo.

A recente imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre determinados produtos brasileiros tem efeito ambíguo. Por um lado, eleva as incertezas no comércio bilateral; por outro, reforça a liquidez interna no mercado americano, mantendo sua capacidade de importação em segmentos estratégicos. “Os EUA sabem que, sem capital disponível, muitas de suas empresas poderiam enfrentar insolvência. Isso os força a manter relações comerciais minimamente funcionais com países como o Brasil”, aponta um gestor de renda variável.

Neste contexto, o Brasil tende a se beneficiar de fluxos externos seletivos, especialmente em setores com cadeias menos expostas às barreiras tarifárias e com fundamentos sólidos. O discurso da sustentabilidade econômica ganha força, e ativos brasileiros descontados podem ser reprecificados à medida que o mercado se ajusta a essa nova equação de risco e retorno.

Com esse cenário no radar, investidores têm buscado proteção em ações menos expostas à medida, reduzindo posição em grandes exportadoras como Gerdau, Vale, Petrobras, Weg e Suzano.

Confira as orientações e saiba como investir com mais segurança.

Análise Detalhada: Cinco Ações com Potencial de Recuperação na B3

Neste artigo, destacamos cinco ações listadas na B3 (Bovespa) – integrantes do universo de quarenta empresas monitoradas pela equipe QWERTYING – que, apesar da recente tendência de desvalorização, despertam o interesse de investidores em busca de oportunidades em companhias com potencial de recuperação. A análise considera o desempenho desses papéis desde 2021, com foco na média mensal de desvalorização.

Cosan S.A. (CSAN3)

A Cosan é líder em segmentos estratégicos no Brasil, sendo o maior produtor mundial de etanol e cana-de-açúcar, referência na distribuição de combustíveis, gás natural e lubrificantes, além de operar a maior malha ferroviária da América Latina. Após recuar 69% em 55 meses (queda média de 1,3% ao mês), o ativo reúne fundamentos sólidos para quem busca exposição ao setor de infraestrutura e energia.

Arezzo & Grupo Soma (AZZA3)

AZZA3 acumula uma baixa de 50% em 48 meses, com média de desvalorização mensal de 1,1%. Trata-se de um player consolidado no varejo de moda nacional, com potencial de recuperação atrelado à retomada do consumo. Apesar dos desafios enfrentados recentemente, o papel se destaca como uma opção interessante para investidores com perfil de médio/longo prazo, justificando nossa recomendação de compra.

Grupo SBF (SBFG3)

O Grupo SBF – controlador da Centauro – opera com caixa líquido, diferencial importante diante do cenário de juros elevados e retração do consumo. Caso ocorra melhora nas condições macroeconômicas, a companhia está bem posicionada para acelerar o crescimento de receitas no varejo esportivo. SBFG3 registrou desvalorização de 54% nos últimos 55 meses, correspondendo a uma média mensal de queda de 1,0%.

Companhia Energética do Ceará (Coelce – COCE5)

Sob gestão da Enel, a Coelce é referência na distribuição de energia elétrica no Ceará, mantendo resiliência operacional mesmo diante das adversidades recentes. As ações apresentaram desvalorização de 54% em 55 meses (média de 1,0% ao mês), mas a empresa segue distribuindo dividendos de forma consistente — em 2024, pagou R$ 0,99 por ação, proporcionando Dividend Yield de 4,11%. Essa regularidade reforça a indicação de compra do ativo para investidores em busca de renda passiva e potencial de valorização.

Rede D’OR (RDOR3)

Fundado pelo cardiologista Jorge Moll Filho, a Rede D’Or é dona da maior rede independente de hospitais privados do Brasil, com 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranhão, Paraná e Ceará e no Distrito Federal. Diversos analistas e instituições financeiras, como XP Investimentos e Banco BBA, recomendam a compra da ação. O ativo registrou desvalorização de 47% nos últimos 49 meses (média de 1,0% ao mês).

Caso você já tenha exposição aos ativos listados a seguir, é aconselhável considerar a possibilidade de realizar parte dos lucros por meio de vendas parciais ou até mesmo revisar a composição do seu portfólio. A equipe da QWERTYING, com base em dados da B3, identificou cinco ações que apresentaram desempenhos destacados nos últimos quatro anos e meio:

Direcional Engenharia (DIRR3)

A Direcional apresentou uma valorização de 187% no período de 55 meses, mantendo uma média de 3,4% de alta mensal. A empresa se destaca no mercado da B3 pela excelente taxa de retorno sobre o capital investido, o que reforça a oportunidade para realização parcial de lucros após tamanha valorização.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio, que realizou aquisições estratégicas dos campos de Pelegrino e Tubarão Martelo mesmo com o barril de petróleo abaixo dos US$ 70, destaca-se por um modelo de negócios eficiente e geração constante de caixa — fatores que garantem sua resiliência no setor de exploração de petróleo, inclusive em ambientes de preços baixos. Ao longo dos últimos 55 meses, PRIO3 acumulou uma valorização de 181%, com média mensal de 3,3%. Para quem já acompanhou essa jornada de valorização, o momento é favorável para considerar a realização de lucros.

Moura Dubeux (MDNE3):

A Moura Dubeux Engenharia S.A. é uma construtora e incorporadora com atuação consolidada na região Nordeste do Brasil, onde opera há mais de três décadas. Com sede em Recife (PE), a empresa mantém presença estratégica nos estados de Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. O papel MDNE3 acumula uma valorização de 154% ao longo dos últimos 49 meses, o que representa uma taxa média de retorno mensal de aproximadamente 3,1%, evidenciando forte desempenho no período analisado.

Sanepar (SAPR11)

A Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar é responsável pela operação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 345 municípios do estado do Paraná, além da cidade de Porto União (SC) e outras 297 localidades de menor porte. Com investimentos relevantes, como os R$ 1 bilhão alocados em 2018, a empresa mantém um perfil robusto de expansão e modernização operacional. As ações SAPR11 acumularam uma valorização de 122% ao longo de 49 meses, refletindo um retorno médio mensal de 2,5%. Dado o desempenho expressivo no período, uma estratégia de realização parcial de lucros ou rebalanceamento da carteira pode ser considerada oportuna.

Eucatex (EUCA4)

Em 2024, a Eucatex apresentou um crescimento significativo em suas receitas líquidas, alcançando R$ 1.091 milhões, o que representa um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de tintas, pisos e portas, além de uma gestão estratégica eficiente e posicionamento nos pontos de venda. A Eucatex S/A registrou um crescimento notável de 92% em 48 meses, com uma média mensal de 1,9%. Entretanto, realizar lucros agora pode ser uma decisão sábia.

Operações “Swing Trade” Semanais.

ESCOLHAS “QWERTYING” – 25/07/25 – recomendações e oportunidades para comprar na segunda-feira e vender na sexta-feira “swing trade”, alocação de 20% do valor total disponível em cada um dos ativos que seguem abaixo:
ATIVOSDataPreço de EntradaPreço AlvoPotencial de valorização
1GGBR425/07/2515,1123,2052,22%
2LREN325/07/2516,7220,0019,62%
3DIRR325/07/2538,2050,0030,89%
4CYRE325/07/2525,2737,0046,42%
5SMFT325/07/2520,9432,0052,82%

Conclusão

No atual e dinâmico cenário financeiro, a adaptação contínua é fundamental para alcançar o sucesso. Acompanhando novas tendências, instrumentos financeiros e estratégias, investidores podem navegar com mais eficácia através de um mercado em constante evolução.

É importante lembrar que o desempenho passado das ações na carteira QWERTYING desde janeiro de 2021 não garante resultados futuros. O mercado de ações é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo eventos macroeconômicos, geopolíticos e situações imprevisíveis, como pandemias e desastres naturais.

Para ingressar no mercado de ações de maneira eficaz, é essencial adotar uma abordagem informada, cautelosa e paciente. Buscar orientação de um especialista em investimentos é recomendado para conselhos personalizados, com base na situação financeira individual e nos objetivos de investimento.

Atualmente, muitos ativos apresentam preços atrativos, oferecendo oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos com capital que não precisará ser utilizado nos próximos um ou dois anos. No entanto, é crucial adotar uma abordagem paciente e monitorar de perto o desempenho desses ativos, avaliando posteriormente se a manutenção ou venda é mais vantajosa.

É fundamental entender que as informações fornecidas são meramente informativas e devem ser interpretadas como tal. Investir no mercado financeiro envolve riscos inerentes, e buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão é altamente recomendado.

Lembre-se de que as informações financeiras são tão voláteis quanto as nuvens no céu, podendo mudar rapidamente. Portanto, manter-se atualizado com notícias e atualizações é crucial. É prudente buscar informações em fontes confiáveis e considerar uma variedade de opiniões.

Investir em ações na Bovespa ou no mercado global implica riscos substanciais, mas também oferece a possibilidade de ganhos significativos. Em um ambiente financeiro dinâmico, a cautela, aliada à busca contínua por conhecimento, é essencial para tomar decisões informadas e bem-sucedidas.

Escolhas da Equipe “Carteira QWERTYING”

Empresas brasileiras enfrentam ambiente desafiador, mas algumas mostram sinais de resiliência

Em meio a um cenário macroeconômico pressionado por juros elevados, consumo retraído e incertezas fiscais, diversas empresas brasileiras vêm ajustando suas estratégias para manter a competitividade. A equipe da QWERTYING acompanha de perto o desempenho de 40 companhias listadas na B3 e destaca, a seguir, duas que merecem atenção: uma pelo bom posicionamento estratégico e outra pelos riscos e oportunidades de turnaround.

Motiva (MOTV3):

“O que explica a forte performance da Motiva neste ano? Não pode ser só juros.” Essa foi uma das perguntas mais frequentes em nosso recente roadshow no Rio. Apesar de reconhecer que a maioria dos investidores sempre tratou a tese da Motiva (antiga CCR) como um proxy de juros – ou seja, uma tese correlacionada à curva de juros –, acreditamos que hoje o mercado está cético demais quanto à capacidade da companhia de gerar alpha adicional à tendência dos juros (que, claro, ajuda bastante).

Cosan (CSAN3):

A Cosan teve um início de ano difícil. Em fevereiro de 2025, reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no trimestre, impactado por baixas contábeis de R$ 4,7 bilhões relacionadas ao investimento na Vale, além de uma provisão de R$ 2,9 bilhões para imposto de renda diferido. A alavancagem da companhia aumentou: a cobertura de juros caiu para 1,1x, abaixo do 1,2x observado no trimestre anterior — reflexo de menores fluxos de dividendos e aumento dos custos financeiros. Em março, as ações da Cosan eram negociadas a R$ 7,76, acumulando uma queda de 50,85% em 12 meses. Os múltiplos reforçam o momento delicado: P/L negativo de -1,54, P/VP de 0,37 e Dividend Yield de 5,81%. Apesar das dificuldades, analistas apontam que o preço descontado pode atrair investidores dispostos a apostar em uma recuperação de longo prazo. (Fonte: InfoMoney)

Equipe QWERTYING, 25 de julho de 2025

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